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O triathlon vem registrando crescimento expressivo no Brasil. Um levantamento da plataforma Ticket Sports (2023) mostra que 62,4% dos triatletas começaram a praticar recentemente, indicando que o esporte conquista cada vez mais adeptos.
Por unir natação, ciclismo e corrida, o triathlon melhora a capacidade cardiorrespiratória, auxilia na prevenção de doenças crônicas — como diabetes e hipertensão — e promove bem-estar físico e mental.
De acordo com dados da Semrush, as buscas por “triathlon” na internet cresceram 82% em um ano, reforçando o interesse dos brasileiros pelo esporte.
Benefícios do esporte
A combinação de três modalidades traz ganhos físicos amplos.
A natação melhora a força do tronco e a capacidade pulmonar, o ciclismo fortalece pernas e quadris, e a corrida eleva o gasto calórico e a resistência cardiovascular.
“O triathlon é um dos esportes mais completos que existem. Trabalha corpo e mente de forma integrada, promovendo melhora cardiovascular, aumento de força e equilíbrio emocional. Além dos ganhos físicos, desenvolve disciplina, foco e autoconfiança”, explica Guilherme Manocchio, head coach da equipe Manocchio.
Preparação para iniciantes
Diferente do que muitos imaginam, o triathlon é acessível a praticantes de todos os níveis.
“O mais importante é começar no próprio ritmo, com orientação adequada. O rendimento surge naturalmente com o tempo”, orienta Manocchio.
Antes de iniciar, é essencial:
Fazer avaliação médica e física;
Contar com equipe ou treinador especializado;
Manter alimentação equilibrada, sono de qualidade e constância nos treinos.
“Além dos treinos de corrida, natação e ciclismo, é importante incluir musculação para resistência, exercícios funcionais e fortalecimento do core”, explica Zair Cândido, coordenador da UPX Sports.
Segundo ele, a fase inicial deve priorizar a adaptação do corpo, a construção da base aeróbica e o fortalecimento muscular, não a performance imediata.
Cuidados para não sobrecarregar o corpo
Os chamados brick sessions — treinos combinados que simulam transições entre modalidades — ajudam a preparar o corpo para o esforço contínuo.
“Por exemplo: pedalar 20 km e correr 5 km em seguida. Isso condiciona o corpo para a mudança de estímulo”, orienta Cândido.
Ele também reforça a importância da recuperação ativa: atividades leves, como nadar após o ciclismo, reduzem o impacto e mantêm o desempenho sem sobrecarga.
O descanso adequado é indispensável. Sem ele, há risco de elevação do cortisol, hormônio relacionado ao estresse e à fadiga. “O descanso é parte essencial do treino. É nesse momento que ocorre a regeneração muscular e o corpo consolida o progresso”, explica Cândido.
Frequência indicada
De acordo com os especialistas, a frequência ideal é de seis dias de treino por semana, com um dia reservado ao descanso.
Sugestão de rotina semanal:
Natação: 2 a 3 vezes
Ciclismo: 2 vezes
Corrida: 2 a 3 vezes
O acompanhamento profissional é o que garante o equilíbrio entre volume, intensidade e recuperação, prevenindo lesões e promovendo evolução constante.