quinta-feira, 7 agosto , 2025
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Campeonato Catarinens: Bugrão é o novo reforço do CFZ Imbituba

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Rafael Andrade
Imbituba

O atacante Edson Bugrão, ex-jogador do Hercílio Luz, é o novo contratado do CFZ Imbituba. O anúncio foi feito ontem, pelo presidente do clube, Roberto Rodrigues, o Robertinho. O elenco passa por uma reformulação.

Durante a semana, houve rumores de que o Águia do Litoral, único representante da Amurel na Divisão Principal do Campeonato Catarinense de 2010, poderia desistir da competição por falta de patrocinadores. “A nossa folha mensal ficará na média de R$ 100 mil. Os patrocinadores da Divisão Especial foram mantidos, porém, não é o suficiente. Mas, amanhã (hoje), teremos novas notícias sobre apoiadores para o campeonato”, explica Robertinho.

Houve um decréscimo durante esta semana em relação ao reaproveitamento de jogadores da competição anterior. Antes, 80% do plantel seria reaproveitado para o Catarinão. Agora, este número é de 60%. “Já estamos em busca de novos atletas. Além de Bugrão, outros nomes já são estudados pela diretoria e comissão técnica”, relata Robertinho.
A equipe segue sob comando de Joceli dos Santos, campeão da Divisão Especial pelo CFZ Imbituba este ano e pelo Atlético Cidade Azul em 2007.

A torcida do Águia do Litoral também prepara a sua participação no campeonato. “O apoio vai ser ainda maior na Divisão Principal do Campeonato Catarinense. Vamos estrear a camisa nova da torcida organizada e acompanhar o clube também em partidas longe do Estádio Emília Rodrigues”, garante o diretor da torcida organizada do clube, Rudnei Machado.

Presídio Regional: Diretor pede pra sair

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Rafael Andrade
Tubarão

O diretor do Presídio Regional de Tubarão, Ricardo Welausen, oficializou seu pedido para deixar a gerência da instituição prisional junto ao Departamento de Administração Penal (Deap).
“Já fui até Florianópolis e conversei com o diretor do Deap (Nilson Júlio da Silva). Estou no comando do presídio porque a necessidade pede. Ele já procura outra pessoa para me substituir. Porém, com os recessos de fim de ano, acredito que só em janeiro eu consiga sair”, explica Ricardo.

Ele assumiu a coordenação do presídio no sábado passado, após o afastamento do ex-diretor, Fabrício Buss de Medeiros, que é investigado por ter autorizado o uso indevido do carro oficial da instituição.
“Já dei minha contribuição nos cinco anos que comandei o presídio. Há muitos agentes competentes em Tubarão que podem assumir o cargo e fazer um trabalho melhor que o meu”, acredita Ricardo.

Agente de Tubarão continua detida

A agente penitenciária de Tubarão e as oito pessoas detidas em uma casa de prostituição de Gravatal, continuam presos no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. O grupo é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas.
Na quarta-feira, 50 policiais e 12 delegados da região deflagraram a operação Quinta Coluna. Segundo a Polícia Civil, os acusados são suspeitos de integrar uma das principais quadrilhas de tráfico de drogas que agia entre Imbituba e Passo de Torres.

“Todos os detidos já foram ouvidos e a investigação segue. Pode haver outros envolvidos”, resume o delegado responsável pelo caso, Ulysses Gabriel, da Central de Polícia civil de Criciúma. Sete dos nove integrantes da quadrilha foram detidos na casa de prostituição.

Um casal, proprietários do lugar – eles também foram presos -, pode ser transferido ao Presídio Regional de Tubarão ainda hoje. A agente penitenciária detida na operação Quinta Coluna não é a mesma servidora apreendida há uma semana, no caso de Imbituba, quando o carro oficial do Presídio de Tubarão foi utilizado para levar dois detentos à praia do Rosa para buscar um computador para a instituição.

Estatísticas: Setor de serviços destaca-se em 2009

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Andréa Raupp Alves
Tubarão

A expectativa otimista tornou-se realidade: os números de novas vagas de empregos em Tubarão, entre janeiro e novembro deste ano, chegou a 2.903. Desse total, o setor de serviços foi o destaque. Empregou 1.093 pessoas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Talita Bruno Teixeira Scarduelli, 26 anos, virou estatística. Ela trabalha como monitora de vigilância eletrônica, em Tubarão, há três meses. “Deixei o meu currículo lá e eles me chamaram. Fiquei muito feliz, pois esse emprego é melhor do que eu tinha anteriormente, e tenho chances de crescer profissional e financeiramente”, explica.
A monitora é casada e as despesas de casa são divididas entre ela e o marido. “O salário é bom e o período de trabalho também, pois meu turno é das 6 às 18 horas e trabalho 12 horas e folgo 36”, informa.

Empregos
Para se ter uma ideia, só no mês de novembro, o setor de serviços gerou 262 novos empregos, enquanto o comércio (segundo colocado do mês) ficou com 203. De janeiro a novembro, esses números pulam, respectivamente, para 1.093 e 519.

O secretário de indústria e comércio da prefeitura de Tubarão, Estener Soratto da Silva Júnior, explica que a cidade está se tornando um polo regional do setor de prestação de serviços, com destaque para saúde e mão-de-obra. “Outro fator que contribuiu muito para esse aumento é a conscientização dos profissionais liberais, que começaram a abrir os olhos e se registrarem legalmente. Além disso, os índices do Imposto Sobre Serviços (ISS) consequentemente aumentaram”, destaca.

Entenda os números anuais

Nos dados do Caged, o setor que menos cresceu em Tubarão neste ano foi o agropecuário, onde foram empregadas 34 pessoas, porém, 37 se desligaram do trabalho. Na sequência, em ordem crescente, vem serviço de indústria e utilidade pública, com quatro novos empregados na área; extrativa mineral, com sete; construção civil, com 299; administração pública finalizou o ano, em 440; comércio, com 519; indústria de transformação chegou a 544; e, por fim, serviços, com 1093. Chegando ao total de 2.903.

Em Laguna, os números mudam e os setores também. Na cidade, a área que mais empregou no ano foi a agropecuária: 77 novos empregos. Em segundo lugar, fica a indústria de transformação, com 25; a construção civil empregou 24 pessoas; o comércio, 17; extrativa mineral e serviço indústria de utilidade pública empataram com 2 novos empregos; e, por último, está o setor de administração pública, que ficou no negativo (um empregado desligado).

Na cidade de Imbituba, o destaque foi a construção civil, com 143 novas vagas. Em seguida vem administração pública, com 50; o comércio empregou 42; extrativa mineral com 13; agropecuária com dez; indústria de transformação com oito pessoas; e os serviços com menos 19 e serviço indústria de utilidade pública com menos 21 empregados.

Desempenho mensal

No mês de novembro, a cidade de Tubarão registrou aumento no setor de serviços (262), enquanto o comércio (destaque em outubro) fechou o período com 263 novos empregos. O setor que menos cresceu foi a agropecuária, onde três foram contratados e sete desligados das suas atividades.
Na cidade de Anita, o setor de serviços aumentou com a contratação de 35 pessoas; já na outra ponta, ficou a agropecuária, com menos 35. Em Imbituba, foram criados 26 novos empregos no setor de serviços, mas em indústria de formação fechou o mês em seis negativo.

Pura emoção: Chega Papai Noel

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Tubarão

Os vagões da Ferrovia Tereza Cristina (FTC) que habitualmente transportam carvão mineral, ganharam um colorido todo especial nesta semana. Brinquedos e balas lotaram a composição ferroviária. Tudo foi encomendado ao Bom Velhinho por milhares de crianças que moram ao longo da linha férrea. Há 13 anos Noel dá uma folga para as renas e visita as família de trem. A composição passou por Tubarão, Jaguaruna, Laguna e Imbituba.

Nos locais pré-determinados para as paradas e entregas dos brinquedos, o apito do Trem de Natal da FTC anunciava a chegada do maior símbolo do Natal. Crianças, adultos e idosos aguardam ansiosos por Noel. Em cada lugar ele entregou balas e presentes. Recebeu, como recompensa, muitos abraços e sorrisos.

Para que tudo saísse direitinho, dezenas de ajudas auxiliaram Papai Noel. Os preparativos começaram cedo. As crianças foram cadastradas e receberam tickets para serem trocados pelos presentes. Além disso, mais de 350 quilos de balas foram embalados por colaboradores voluntários da FTC. Os trabalhadores também auxiliaram na aquisição e no direcionamento dos brinquedos.

A gerente do departamento de gestão de pessoas da ferrovia, Eliane Maria Fernandes de Souza, destaca que todo o empenho vale a pena. “Perceber que fizemos a diferença no Natal de milhares de famílias é uma emoção única, inexplicável. Ganhar o sorriso, o abraço sincero de uma criança ou as lágrimas de gratidão de uma mãe é o melhor presente que poderíamos receber. Além disso, a lição que temos é inestimável: é muito simples fazer muito pelo próximo”, expressão Eliane, emocionada.

Feira de cães: O caminho para a adoção

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Carolina Carradore
Tubarão

Adotar um cachorro de rua não é apenas um gesto de solidariedade, mas também de cidadania. Amanhã, a ONG Movimenta-Cão, de Tubarão, promove a 2ª Feira de Adoção. Sob o tema Neste Natal dê um presente que ninguém pode comprar: um amigo, a meta é “usar” os cãezinhos como presente do Papai Noel. O evento ocorre em frente à Casa da Cidadania, das 9 às 17horas.

A estimativa do presidente da Movimenta-Cão, Francisco Beltrame, é colocar para adoção cerca de 40 cachorros, provenientes não somente das cuidadoras cadastradas na ONG, mas também de pessoas que se disponibilizam a cuidar temporariamente.
Boa parte dos caninos já está castrada, vacinada e desverminada. Todo esse cuidado é feito através de um convênio realizado entre a Ong e prefeitura de Tubarão. O recurso é destinado às cuidadoras. Atualmente, são 350 animais sob os cuidados de três mulheres.

Na feira, haverá também vendas de camisetas e dicas de adoação responsável. “Para levar um animal, é preciso receber instruções da ONG, apresentar carteira de identidade, comprovante de residência e assinar um termo de adoção. É preciso ressaltar que o animal precisa de atenção e ser bem tratado”, lembra Beltrame.

Amor incondicional

Desde a infância, a aposentada Maria Amélia Calvacante, 61 anos, dedica-se aos animais. Até ontem, ela acolhia 48 cachorros na sua casa, no bairro Andrino, em Tubarão. Como cuidadora de cães, recebe ração não somente da prefeitura, mas dos “amigos secretos”, como ela intitula as pessoas que a ajudam a cuidar de seus estimados caninos.

“De vez em quando encontro ração no portão ou motoboys vem entregar em casa, mas nunca sei quem manda”, diz dona Maria Amélia com a expressão mista de indagação e surpresa. Para a feira de adoção de amanhã, Maria Amélia deixará para a adoção quatro cachorros castrados.

Susto: Vice-prefeito de Sangão é assaltado

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Sangão

O vice-prefeito de Sangão, Castilho Silvano Vieira (PDT), e dois empresários de Morro Grande foram assaltados às 23 horas desta quarta-feira. Dois homens armados abordaram o grupo e anunciaram o roubo. A dupla levou um Corola prata, placas MGS-7778, de Sangão, de um dos empresários, uma quantia em dinheiro ainda não revelada e talões de cheques.

A Polícia Militar de Sangão realizou rondas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso agora é investigado pela Polícia Civil do município. A incidência de furtos e roubos cresce na região. Este é o quarto assalto a mão armada em um mês, em Sangão.

Há duas semanas, sete homens encapuzados renderam o filho do prefeito de Sangão, Antônio Mauro Eduardo (PP), na casa da família. O jovem Ricardo Antônio Eduardo, 17, foi baleado no peito, próximo ao coração. O caso também segue em investigação. Até o momento ninguém foi detido.
Ricardo Antônio recebeu alta do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão, dois dias após o crime e recupera-se bem em casa.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
O encontro entre Sol e Lua caracteriza a fase lunar nova, momento apropriado para dar início a novos objetivos e aspirações. Que se referem a expandir o seu mundo, desenvolvendo novos ideais, sonhos, princípios.

Touro ( 20/04 a 20/05)
Uma tendência que se mostra ao longo dos últimos dias ganha força agora e refere-se à ampliação de horizontes emocionais e materiais. Importante fase para negócios e perceber as mudanças que lhe seriam positivas.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
É no confronto com pensamentos diferentes dos seus que se cria o campo para a expansão. Pois se você ficar estreito apenas à sua visão, como poderá crescer? Nos relacionamentos, você vislumbra novas possibilidades.

Câncer (22/06 a 22/07)
A conjunção astrológica entre Sol e Lua indica a fase lunar nova, momento que ativa o início de um ciclo e que se refere aos conhecimentos, viagens, trabalho, saúde e a tudo que leve à expansão e progresso. É hora de viver na prática o que você almeja.

Leão (23/07 a 22/08)
O Sol, regente leonino, está próximo da Lua, simbolizando o casamento simbólico entre consciente e inconsciente e que motiva a começar um novo ciclo. Ele se manifestará na vida afetiva, na criatividade, na expressão do que é mais grandioso em você. Siga a sua luz, brilhe, leonino.

Virgem (23/08 a 22/09)
A lição do atual período compreende integrar as forças instintivas e a sabedoria adquirida com as experiências. E tudo isso servirá a uma espécie de libertação.

Libra (23/09 a 22/10)
Aprender, comunicar, contatar, expandir, intuir são os aspectos enaltecidos e que auxiliam a lidar com os desafios que a passagem de Saturno em seu signo traz. É tempo de seguir a visão interior, aquele alento otimista que diz que pode confiar em si e no que vislumbra, libriano.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Uma nova fase financeira pode ter início agora, já que a Lua nova estimula uma outra forma de lidar com o dinheiro, de administrar recursos e de expressar talentos.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Em seu signo, ocorre o encontro anual entre Sol e Lua, que retrata a fase lunar nova, momento de renovação de energias. Você agora se sente mais confiante para dar os passos que significarão a nova vida que almeja.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Hora de contemplar, de olhar para dentro, de se resguardar e de fazer um balanço dos acontecimentos e de sua atitude diante deles. Este pode parecer um tempo de espera, mas é quando as sementes se lançam em terreno fértil.

Aquário (20/01 a 18/02)
Renovação nos objetivos e planos faz parte do atual momento. Sintonia com pessoas de mente vanguardista e atitudes revolucionárias. Momento em que a liberdade é preceito fundamental.

Peixes (19/02 a 20/03)
Agora, com a Lua nova é que as possibilidades recentemente mostradas encontram força e oportunidade para se desenvolverem. É hora de se expandir, de buscar o crescimento pessoal e profissional. Conhecimentos são a chave do sucesso. Progresso em seu caminho.

O milagre do capeta

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Para que uma pessoa seja considerada oficialmente santa pelo Vaticano, o beato deve fazer um milagre. Madre Paulina foi considerada santa por um milagre a ela atribuído que teria ocorrido em Imbituba, cidade catarinense. Quando uma cura é constatada, mas não explicada pela medicina, ela é chamada pelos católicos de milagre. A medicina a chama de cura sem explicação, segundo a lógica da medicina. E os católicos chamam isso de milagre.

No Vaticano, ao contrário do que alguns desavisados possam pensar, há muito ceticismo, pouca propensão ao reconhecimento de milagres. A igreja católica do Vaticano, ao contrário de alguns católicos credulões, não é de ficar vendo milagre onde muitos o veem. Conheci um padre espanhol que ajudava o então cardeal Ratzinger, hoje Bento 16, na congregação para a doutrina da fé, ex-santo ofício. Ele até ria da quantidade de aparições atribuídas a Nossa Senhora anualmente pelo mundo. “Coisa de gente enlouquecida”, dizia o simpático sacerdote carmelitano.

A igreja católica reconhece a existência de milagres, curas sem explicação, mas é bastante cauta nisso. Em Lourdes, na França, há uma comissão composta por médicos leigos que analisam os supostos milagres atribuídos a Nossa Senhora. O que seria um milagre, uma cura sem explicação? Uma intervenção direta de Deus. Para os católicos, Deus age sempre, pelas mãos dos bons médicos. Graça e trabalho humano caminham juntos. Milagre é uma ação direta em benefício de uma pessoa.

E o capeta, onde entra nesse contraponto? Ora, nos evangelhos há relatos sobre conflitos entre Jesus e o capeta, ou os capetas, espécie de quadrilha infernal. Em Roma, certa vez, entrevistei para uma revista mexicana, com a qual colaborei como jornalista freelance, um sacerdote exorcista. Padre Gabriele Amorth fazia exorcismos das 9 às 17 horas, diariamente, na diocese de Roma. Um homem bem humorado.

As entrevistas que fiz com políticos tiveram pouca audiência, mas a com o exorcista foi um sucesso. Outras revistas a compraram, até nos EUA. “O diabo não é ateu. Tem fé, muita fé”, dizia o sacerdote, explicando que não basta acreditar em Deus (“até o diabo acredita em Deus”), é preciso “confiar no amor de Deus, entregando-se a ele”.

Percebendo a falta de explicação científica para o fenômeno do menino baiano de dois anos, com mais de quarenta agulhas pelo corpo, lembrei do exorcista romano. Assim como existem milagres de Deus, benéficos para as pessoas, devem existir, também, milagres do capeta, maléficos para as pessoas, como introduzir quarenta agulhas no corpo de uma criancinha. Os católicos não acreditam no demônio, no sentido de prestar-lhe devoção. Sabem, também, que 99% dos fenômenos atribuídos ao capeta são apropriação indébita. Sobra 1% de espaço para os milagres do capeta, dentre eles, quem sabe, encher de agulhas o corpo de uma criancinha. Enquanto a ciência (medicina e polícia, investigação policial) não me livrar desta dúvida, vou ficar pensando no meu amigo Gabriele Amorth, o exorcista. Ao menos isso é mais racional do que crer na eca natalina do Papai Noel.

“O que o aluno sabe ao sair da escola?”

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Amanda Menger
Tubarão

Notisul – Depois de 40 anos em sala de aula, como o senhor observa a educação?
Wilson
– Observo uma grande mudança. A educação tem avanços e alguns estrangulamentos. Tem avanços à medida que novas tecnologias são incorporadas, que professores aperfeiçoam-se, buscam titulação e, com isso, desenvolvem teorias e tentam aplicá-las à prática, avaliar melhor e conduzir melhor o processo de aprendizagem. Tem gargalos, sim, e observamos isso na comparação de resultados. Um deles é o Pisa, programa internacional de avaliação de estudantes, do qual o Brasil participou em todas as edições desde 1997 (ocorre a cada três anos). É um teste aplicado com jovens de 15 anos e não é baseado em memória, e sim em aplicação de conhecimentos. Os resultados são comparados entre os países que participam. O Brasil não se sai bem nestes testes, já melhorou, mas ainda está longe do ideal. Este é apenas um parâmetro. O que o jovem que passou pela escola sabe? Como ele lê um livro, um jornal? Ele sabe fazer cálculos? Sabe calcular juros? Como ele escreve? Nós percebemos de um modo geral que a escrita apresenta problemas na estrutura frasal, de clareza de ideias, de grafia. Se o jovem passou oito, dez anos na escola, supõe-se que ele soubesse se expressar melhor em sua língua. Outro ponto que mudou muito e os professores queixam-se bastante é das atitudes.

Notisul – Como assim?
Wilson
– Nós migramos de uma sociedade em que havia hierarquia. Havia respeito aos mais velhos, às autoridades constituídas, e o professor em sala de aula era uma autoridade, os alunos o respeitavam. O professor dava orientações, cobrava e o aluno respeitava isso. Hoje, se vê casos de alunos que não respeitam o professor, não o consideram autoridade, o rejeitam e quando não o agridem. Vejo que essa é uma mudança para pior. A prática da profissão piorou bastante. E para isso não se vê uma solução a curto prazo. É preciso uma reeducação de valores. Uma conjugação de esforços entre a escola e a família. Não basta só a escola querer educar se a família não der limites, não der os princípios fundamentais.

Notisul – O senhor falou sobre as dificuldades que os jovens têm hoje de ‘ler’ o mundo, mesmo passando pela escola. Onde está o problema?
Wilson
– É uma boa pergunta e uma resposta difícil. Em primeiro lugar, a com a tecnologia, os instrumentos apelam mais para o lazer do que para o dever. O tempo que se dedicava no passado à leitura, hoje, dedica-se ao lazer mais superficial, a consultar a internet. Mas é navegar na superfície, sem profundidade. Lê-se duas, três telas, não mais do que isso. A informação fica na aparência. A leitura exigiria mais tempo e isso não ocorre hoje. Jovens de outras gerações tinham na leitura um passatempo, não tinham internet, nem televisão. A leitura era um bom passatempo e um meio instrutivo e formador. Hoje, somos mais levados à superficialidade. Como mudar isso? Não é fácil. As mudanças não vêm e voltam. Elas vêm e vão adiante, como novas ondas. É preciso resgatar valores fundamentais.

Notisul – O senhor tem participado de diversos congressos, no Brasil e no exterior. Com a globalização, as angústias também se globalizaram?
Wilson
– Tenho assessorado o governo do estado em alguns projetos de interesse da secretaria de educação e convivido com palestrantes de outros pontos do mundo. Depois de alguns dias, parte-se para conversar entre as pessoas e muitos falam de suas preocupações, desejos, conquistas, aflições. E me chama muito a atenção em como o homem é parecido. Eram profissionais da Austrália, da Suíça, da Noruega, Finlândia, França, Hong Kong, México, Inglaterra, Canadá e as pessoas são muito preocupadas com a família, com a correria da vida moderna, com o estresse, com as novas tecnologias e com a educação. A queixa é universal. A Finlândia tem se saído muito bem no Pisa, então, todos querem ir para lá saber como eles atuam.

Notisul – E como eles atuam?
Wilson
– Não há nenhum segredo. A educação para ter resultado precisa de bons professores, bem remunerados; ter boas escolas, bem equipadas; um bom planejamento de ensino e executar; ter ordem, disciplina, cobrança. E aí os jovens naturalmente são bem educados. Deixar à vontade de cada um mostrou-se infrutífero. Agora, só ter o desejo de ter uma educação boa, sem investir nela, efetivamente não dá. O professor que receba dois, três salários mínimos jamais terá condições de ter uma boa formação, um bom equipamento. Escolas caindo aos pedaços, chovendo dentro, crianças amontoadas em galpões, não tem um ambiente propício, não há uma sala de aula confortável, de silêncio. Fazer discurso sobre educação é muito fácil, mas praticar efetivamente a educação como prioridade e traduzir esta prioridade em investimentos concretos, tanto na formação docente, oferta de infraestrutura, de ensino para o estudante, para o estudante que esteja bem alimentado, bem transportado e bons métodos de ensino. Para isso, o professor precisa estar atualizado, instrumentalizado e satisfeito com a sua profissão.

Notisul – O professor também precisa ser avaliado? A estabilidade às vezes é um problema?
Wilson
– A estabilidade é uma questão muito controversa. O professor que é aplicado, bom, não precisa de uma proteção, ele garante-se pela sua capacidade, pelo seu empenho, pelo seu esforço. Aí está a garantia de trabalho. A avaliação deve ser constante, nós sempre somos avaliados, em tudo, em nossa aparência, em nossa profissão. Professor deve ser, assim como qualquer outro trabalhador, avaliado, assim como ele avalia os alunos. Por que não premiar o professor que os alunos têm bons resultados? Já há algumas experiências no Brasil, algumas muito positivas em São Paulo.

Notisul – Sei que o senhor tem um interesse bastante grande pelas novas tecnologias. Como isso surgiu na sua vida?
Wilson
– Sempre fui curioso. O menino pobre que saiu da roça foi estudar porque era curioso (risos). Aquilo veio desde a infância. Quando surgiram as tecnologias digitais, sobretudo a internet, eu fui muito feliz, porque fui desafiado a coordenar a equipe que ia implantar a informatização da Unisul. Ou seja, íamos trocar as máquinas de escrever por computadores, de forma gradativa. Isso foi em 1988/1989. Ainda não tinha internet disponível na época, tanto é que, alguns anos depois, nós tivemos acesso à rede Bitnet, que nem se fala mais nisso hoje. Era um fiozinho que ligávamos no computador, de tela verdinha (risos) e levava a manhã inteira para carregar um programa (risos). A Unisul foi evoluindo e nós pegamos uma boa assessoria para montar a internet, e o backbone – a espinha dorsal de fibra ótica – implantada na época, está até hoje. O que mudou foi a ponta. Nós começamos com grandes computadores e hoje é rede de micros e vemos que a tecnologia de computadores pequenos tomou conta. Para isso, foi preciso pesquisar, conversar com muitas pessoas e aprendi muito. No começo, havia muita resistência.

Notisul – E qual era o medo das pessoas?
Wilson
– Um era o medo pessoal. Estavam acostumados com a máquina de escrever, eu bato e fica aqui. E, se faz no computador, não sei o que ocorrerá depois. Outro medo era de segurança: vou bater as notas e aí todos vão ver? Vamos passar a parte financeira para a internet? Aliás, esta foi uma resistência imensa, porque achavam que ficaria público, e as pessoas poderiam alterar, dar baixa em suas mensalidades sem pagar, iriam alterar as notas (risos). Hoje, tem as ameaças virtuais, as invasões de hackers. E o terceiro medo era o da mudança mesmo. Mas isso foi superado. O uso do computador, da internet, não é mais questionado. Pode se questionar métodos, equipamentos, softwares, mas a internet e a informática tomaram conta do mundo. Ela tem pontos positivos e negativos. Entre os positivos, está o acesso à informação, por exemplo, das contas públicas. Acredito que, com a informação disponível, o controle sobre aquilo que gasta com o dinheiro de todos nós é maior.

Notisul – E os pontos negativos?
Wilson
– O fato negativo é os maus elementos que se aproveitam da tecnologia para enganar, para mandar mensagens falsas ou maliciosas para captar informações pessoais, ou denegrir a imagem. Mas, a par disso, tem um dado muito positivo, e a tecnologia evolui, dos grandes computadores, hoje aos portáteis. Eu estou vendo agora (ele mostra um IPhone) o site do Notisul e posso ler o que foi publicado lá, na palma da mão. Assim posso ler o New York Times, e outros jornais do mundo inteiro.

Notisul – É assim que o senhor informa-se hoje?
Wilson
– Eu uso esse de mão quando estou em viagem ou estou esperando alguma coisa. Tem os jornais, os livros, chamados e-books. Raramente vou a banco, faço todas as minhas transações financeiras pela internet, não vejo grandes problemas se você tiver cuidados básicos. Consultar sempre a sua conta, seu cartão de crédito. Precisa ter cuidados, é como praticar sexo sem proteção. Expor-se tem risco. A grande vantagem da internet é ter acesso à informação.

Notisul – E o professor diante de tudo isso?
Wilson
– O meio não faz a mudança. O que faz a mudança é a essência, são os valores, a prática. Teve muita gente que achava que o retroprojetor, o projetor de slides, o projetor multimídia seria a solução e já estamos passando por isso. A utilização da tecnologia deve ser instrumental. Qualquer assunto o aluno encontra na internet. Qual é a função do professor? É orientar, mostrar qual o peixe deve ser pescado neste mar de informações que é a internet. O professor deve estar informado, saber pesquisar, para depois orientar. É possível usar este material para interessar os alunos, tornar as aulas mais dinâmicas, atrativas. Ainda assim, tem o conteúdo a ser trabalhado, mas estará melhor ilustrado, mais palpável, mais próximo do aluno. E isso em todas as disciplinas.

Filosofia em vídeo

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Sócrates, Aristóteles, Platão… Estes são alguns dos nomes mais conhecidos da filosofia. A disciplina é vista muitas vezes como algo chato e monótono. E mudar esta visão foi um dos objetivos de um trabalho realizado pelo professor Giovani Silveira. Ele propôs para os alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Jovem que fizessem vídeos de até cinco minutos sobre a ética. Além da avaliação em sala de aula, foi promovido um concurso de vídeo amador. Os estudantes fizeram a inscrição e os melhores em cada turno foram premiados na semana passada.

“Fizemos este projeto no ano passado com foco na propaganda eleitoral. Este ano, foi sobre a ética. A intenção é fazer o jovem pensar sobre o assunto e relacionar com questões do dia-a-dia. Teve vídeos ótimos, com mensagens fortes. Pena que nem todos participaram da mostra competitiva, mas acredito que, no próximo ano, mais alunos participarão”, avalia Giovani.

O resultado motivou tanto a direção da escola, que para o próximo ano, serão comprados equipamentos para gravar e editar o material. “Eles já fizeram trabalhos maravilhosos com câmeras de celular e fotográficas. Isso prova a capacidade e a criatividade deles. Queremos dar mais suporte em 2010. E também juntaremos todos os vídeos para formar um documento único e inscrever em competições nacionais”, revela a supervisora Silvana Nogueira.
As equipes vencedoras do concurso receberam prêmiações em dinheiro. O julgamento dos trabalhos ficou por conta das responsáveis pelo Notisul Escola.

Um e-mail…
“É muito importante e interessante a integração do Notisul com os colégios. Essa prática estimula professores e alunos a trabalharem com mais empenho. A iniciativa de levar o jornal para a sala de aula fez a diferença neste último ano, transformou muitos ‘ledores’ em leitores assíduos do jornal. Parabéns! Que essa iniciativa perdure e se aperfeiçoe ainda mais”.
Anice Gomes, aluna do 4º ano de magistério do Colégio Dr. Otto Feuerschuette, de Capivari de Baixo.

… Milhões de
agradecimentos!
“Oi, Aniece. Tudo bem!? Obrigada por ter nos escrito. O reconhecimento do nosso trabalho é sempre um incentivo para continuarmos a fazer sempre mais e melhor. Ao mesmo tempo que agradecemos, também elogiamos a todos que participaram do projeto. Nada teria sido feito se os principais ‘personagens’, as escolas, não estivessem comprometidas. Para o próximo ano, o Notisul Escola voltará cheio de novidades. Ainda melhor! Um grande abraço e maravilhosas férias”.
Amanda, Pri e Zah – equipe do Notisul Escola.

Construindo história

A sociedade atual foi o foco de um trabalho proposto pelo professor de sociologia Santos Crozeta de Sociologia, da Escola Dite Freitas, a Escola Jovem de Tubarão, aos alunos das 1as séries do ensino médio. A ideia foi produzir textos com os conteúdos abordados no 4º bimestre: símbolos, transcendência e crenças populares.
No papel, conteúdos fantásticos foram desenvolvidos pelos alunos, que abordaram assuntos de suas próprias comunidades. “Foi percebido, no desenrolar do projeto, o empenho e a vontade dos alunos em mudar a sociedade. Através de situações fictícias, eles trouxeram, de uma maneira ou outra, a verdadeira realidade”, avalia o professor Santos.
Confira a seguir algumas das histórias escritas pelos alunos:

• O Mistério das Congonhas – a equipe procurou desvendar assassinatos até então nunca esclarecidos pela polícia.
• Metavoia – os alunos abordaram problemas familiares e escolares através de uma banda batizada de Metavoia, uma música de estrutura religiosa que traz a reflexão das próprias atitudes.
• Deu a Louca Nos Contos de Fada – aborda questões como bulimia, anorexia, drinknorexia.
• Recomeçar – conta a história de Peter, um garoto que não gostava de estudar e envolveu-se no mundo das drogas.
• Lesbianismo – versa a história daquelas que têm coragem e vencem o preconceito.

Até breve!

Acabou e já estamos com saudades. Desde julho, um trio de repórteres do Notisul empenhou-se ao máximo para contribuir com a educação nos municípios em que o jornal circula. Depois de quase seis meses ‘perturbando’ os professores das seis escolas participantes (desculpem, mestres, mas foi preciso), percebemos que ganhamos mais do que contribuímos. O aprendizado foi enorme. Para nós, valeu a pena!
Apesar de o trabalho normal do jornalista não ser dos mais fáceis – é uma correria o dia todo -, vir para o Notisul e dedicar tempo para fazer, toda semana, a página do projeto Notisul Escola foi um privilégio e não um trabalho extra.
No próximo ano, voltamos com a corda toda e esperamos que vocês também voltem com a mesma empolgação que nos contagiou. Agradecemos a todos que participaram, aos professores, diretores e orientadores, que se esforçaram muito para colaborar com o sucesso do Notisul Escola.

Um abraço, maravilhosas férias e até 2010!

Amanda, Pri e Zah

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