terça-feira, 5 agosto , 2025
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Tentativa de homicídio: Enteado atira contra o padrasto

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Tubarão

Um jovem de 18 anos tentou matar o seu padrasto, de 45 anos, ontem, às 16 horas, na avenida Marcolino Martins Cabral, próximo à Apae, bairro Passagem, em Tubarão. O enteado disparou três vezes contra o carro que a vítima dirigia.

Ele utilizou um revólver calibre 38, com numeração raspada. As balas atingiram o parabrisa, a porta esquerda do veículo e o braço esquerdo do homem. O projétil passou de raspão no braço e alojou-se no teto do veículo. O socorro e a Polícia Militar (PM) foram acionados por moradores da região que presenciaram o crime. A vítima foi encaminhada ao Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão. Ele foi medicado e seguida liberado.

A PM conseguiu deter o suspeito nas proximidades e o conduziu à Central de Polícia Civil. O delegado Genuíno Eugênio Martins ouviu os envolvidos e lavrou flagrante ao jovem por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada. Após os depoimentos, o padrasto foi liberado e o jovem encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.

A mãe do rapaz encontrou o marido e, mesmo baleado, o ameaçou, na frente da Central de Polícia. “Meu filho não vai ficar preso por muito tempo. Sei que você já comprou uma arma, mas estamos de olho em você”, avisou a mulher, em tom de ameaça.

Investigação: Agentes prisionais são presos na praia

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Rafael Andrade
Imbituba

Dois agentes prisionais do Presídio Regional de Tubarão, dois traficantes de alta periculosidade, a esposa de um traficante e o filho dele foram detidos ontem, às 21 horas, na praia do Rosa, em Imbituba.
De acordo com informações da Polícia Civil, há três semanas, o grupo era investigado por tráfico de drogas, associação ao tráfico e facilitação a detentos, além da utilização de veículos públicos para fins criminosos. “Estávamos na ‘cola’ deles e efetuamos o flagrante assim que surgiu a oportunidade certa”, informa um investigador de Imbituba.

Os traficantes cumprem pena na instituição criminal de Tubarão. Segundo a polícia, no início da noite de ontem, como em outras noites, os detentos teriam sido retirados da ala de regime fechado do presídio e chamados apara dar uma ‘volta’. Um carro oficial do presídio saiu com quatro pessoas e foi em direção a um bar, em Imbituba. O grupo teria tomado cerveja e ‘brindado’ o comércio de entorpecentes.

Minutos depois, os agentes e os traficantes deixaram o local acompanhados da mulher de um dos traficantes e de uma criança. Logo depois, ainda nas proximidades do bar, eles foram parados e surpreendidos pela polícia. No carro, havia latas de cervejas, conforme os policiais. Eles foram encaminhados à Delegacia de Imbituba, onde foi registrado o flagrante. A mulher e o menor foram liberados em seguida. Os demais depoimentos só terminaram durante a madrugada de hoje.

Alguns membros da corregedoria do Departamento de Administração Prisional (Deap) foram avisados da conduta criminosa dos agentes e deslocaram-se para Imbituba. O caso segue sob investigação. Até o fechamento desta edição, os agentes e detentos continuavam detidos na delegacia.

‘Maracanã de tubaronenses’: Paixão de ser flamenguista

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Rafael Andrade
Tubarão

Entre os 90 mil torcedores flamenguistas que prestigiaram a conquista do hexacampeonato, último domingo, no Maracanã, pelo menos 300 deles eram de Tubarão. O amor ao clube e ao futebol levou os fanáticos ao Rio de Janeiro para acompanhar a vitória sobre o Grêmio, por 2 a 1, decretando o título à equipe da Gávea.

O prefeito Manoel Bertoncini foi a presença mais ilustre da Cidade Azul. Manoel levou o filho Igor Bertoncini. O secretário de comunicação social da prefeitura, Anselmo de Bona Mello, também marcou presença junto com o ‘seu garoto’ fanático pelo flamengo, Anselmo de Bona Mello Filho. O advogado José Augusto Ribeiro Mendes também viajou ao Rio de Janeiro, acompanhado de seu filho, João Pedro Ribeiro Mendes.

Este grupo deixou o Rio com o ‘sorriso na orelha’. “Foi um jogo espetacular. Não há palavras para descrever a emoção sentida no Maracanã lotado de rubronegros”, salienta José Augusto. Anselmo Filho reforça que uma conquista desta magnitude fica memorizada para sempre, em todos os detalhes. “A sincronia nas vozes da torcida é espetacular”, destaca.

Três ônibus lotados de tubaronenses apaixonados pela equipe de maior torcida do Brasil saíram de Tubarão ainda no sábado. “Avistamos algumas pessoas de Tubarão na sala de troféus do estádio. Conhecemos alguns e trocamos palpites sobre o jogo”, relata o secretário, e destaca que dezenas de pessoas foram em comitiva de carros e outras de avião. “Já participei de outras decisões. Estive presente na final entre Flamengo e Santos, no dia 29 de maio de 1983, também no Maracanã. Na época, a torcida rubronegra registrou o recorde de público do campeonato brasileiro. Foram 165 mil torcedores inflamados pelo Mengão”, recorda Anselmo.

Bronzeamento artificial: Justiça Federal nega a liberação de câmara

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Tubarão

A justiça federal negou um pedido de liminar para suspender a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no mês passado, que impede o uso de equipamentos de bronzeamento artificial com finalidade estética. A decisão é da juíza Rosimar Terezinha Kolm, da primeira vara federal de Blumenau, no norte do estado, e foi proferida ontem em ação da proprietária de uma clínica que oferecia o serviço.

Segundo a magistrada, a resolução da agência, cujo texto é embasado no risco de câncer causado pela exposição aos raios ultravioleta, visa proteger a saúde pública e não fere o direito à liberdade ou o princípio da proporcionalidade.
A clínica argumentou que a proibição de uso da câmara resultou em prejuízos em função da diminuição da clientela. Para a magistrada, a alegação “não serve para amparar a pretensão, porque prejuízos são decorrentes da atividade empresarial”.
A decisão é a primeira no estado. A clínica poderá recorrer em instância superior, neste caso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Desde novembro, a Vigilância Sanitária dos municípios faz a fiscalização quanto ao cumprimento da norma.

Em Tubarão, Braço do Norte, Imbituba, Laguna, Criciúma e Araranguá, equipamentos foram lacrados em clínicas estéticas e salões de beleza. A partir de agora, as câmaras de bronzeamento artificial poderão ser utilizadas apenas em consultórios médicos e odontológicos.

“O bronzeado é um alerta da pele”, orienta dermatologista

Verão. Estação mais quente do ano. É tempo de relaxar, mas também de adotar medidas ainda mais rigorosas quanto à proteção solar. O sol é necessário, mas em excesso e sem os devidos cuidados pode tornar-se o vilão do ano todo.
“O ideal é escolher o filtro solar que protegem contra os raios UVA e UVB, informação que deve constar no rótulo”, ensina a dermatologista Mariane Corrêa (foto), da Clínica Pró-Vida.

Segundo a médica, o filtro solar com fator de proteção (FPS) 30 difere pouco do 60. A proteção oferecida pelo FPS maior não é o dobro do FPS menor. Os filtros com fator acima de 30 devem ser utilizados por pessoas que tenham doenças de pele como, por exemplo, o lupus.
“As pessoas não devem expor-se ao sol das 10 às 16 horas. Neste intervalo de tempo, os raios UVB atingem com maior intensidade a superfície terrestre. Mesmo com proteção solar, as pessoas devem evitar este horário”, ressalta.

A reaplicação do filtro solar deve ser feita a cada duas horas. Crianças com menos de seis meses não devem usar o protetor solar, nem mesmo o infantil. Isso porque o produto é feito para crianças acima desta idade. “No caso de haver certa exposição, os pais devem preferir roupas as quais a trama do tecido é mais fechada. Hoje, já existem roupas e acessórios com protetor solar no tecido”, explica Mariane.
Para aqueles que adoram ficar com “a cor do verão”, a dermatologista faz uma importante observação. “O bronzeado já é um alerta dado por nossa pele de que ela já sofre as consequências da exposição ao sol”, pontua.

Você sabia?
• Cinco queimaduras de praia, na infância, contribuem significativamente para o desenvolvimento de um câncer de pele na idade adulta.
• Reaplicar mesmo aqueles filtros em que, no rótulo, destaca-se ser à prova d’água. Com os banhos e o suor, a proteção fica reduzida.
• O filtro solar deve ser utilizado durante todo o ano. Mesmo para quem trabalha em ambientes fechados e em dias nublados, a regra também vale. O ideal é aplicar o filtro 30 minutos antes da exposição ao sol.

Padre Raimundo Ghizoni: “Teve momentos que fiquei balançado sim”

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Zahyra Mattar
Tubarão

Notisul – Com quantos anos o senhor sentiu que tinha a vocação sacerdotal?
Padre Raimundo
– Acho que aos pouquinhos Deus foi plantando esta sementinha no meu coração. Começou desde criança. Quando completei 11 anos, manifestei à mãe que queria ser padre. Adorada ver o padre da cidade, na época o saudoso padre Geraldo Spettmann, trabalhar e achava lindo. No ano seguinte, quando eu iria concluir o ensino complementar, manifestei a mesma vontade para as irmãs também (padre Raimundo estudou no Colégio São José). Elas não acreditaram e diziam: “Raimundinho vai ficar no seminário um ou dois meses e volta”. No fim das contas, fui para o seminário e completo neste dia 4 (sexta-feira) 60 anos de sacerdócio. As irmãs se enganaram redondamente, graças a Deus.

Notisul – O senhor nunca sentiu vontade de largar a batina e formar uma família ou até mesmo seguir outra profissão?
Padre Raimundo
– Vou ser bem franco: eu fui para o seminário de Azambuja com 12 anos. Naquele tempo, íamos para lá e tinha o chamado internato. Então, a gente ficava lá o ano todo. Só voltava para casa nas férias. Fui e chorei muito de saudades da minha família. Sabe como são os italianos da época: família enorme, comilança de domingo. Éramos felizes e muito apegados uns aos outros. Mas, com o tempo, a saudades foi passando. Tive ótimos professores e amigos. A cada ano, sentia que Deus me empurrava para a vida sacerdotal. Teve momentos que fiquei balançado, sim. Cheguei a pensar em voltar. Anos depois, recebi a batina e me preparei para ingressar na filosofia. Foi quando me mandaram para Mariana, em Minas Gerais. Eu e minha malinha. Sozinho, nunca tinha viajado assim. Depois, fui para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde fiz a faculdade de teologia e, nesta mudança, balancei. Eu tinha 21 anos e sentia vontade de ser mais independente. Tinha decidido: não queria mais ser padre. Dois grandes amigos seminaristas ficaram perplexos e disseram que antes eu deveria conversar com o padre Luiz Müller, o diretor vocacional. Ele era uma figura. Olhou para mim e disse: “Ô Ghizoni, tu podes dar um bom pai de família ou um bom padre. Pronto, podes escolher, as duas coisas são boas para ti”. Eu respondi: “Certo. Escolho ser padre então. Já estou aqui mesmo (risos)”. A partir daí, nunca mais tive nenhuma dúvida quando ao sacerdócio.

Notisul – E como foi a ordenação?
Padre Raimundo
– Passei os quatro anos da faculdade e depois me ordenei padre, em 4 de dezembro de 1949, em Florianópolis, na Catedral Metropolitana. Foi uma das maiores emoções da minha vida. Chorei de emoção. Quatro dias depois, cheguei em Tubarão para rezar minha primeira missa na igreja Nossa Senhora da Piedade. Na época, não tinha a catedral. Minha família morava ali onde hoje é a Ases e, antes de eu vir para a igreja, meus pais me levaram para o oratório da casa e me deram a bênção. Foi um momento de muita emoção (o padre Ghizoni emociona-se neste momento e algumas lágrimas rolam. Ele continua, com a voz embargada). Foi um momento muito bonito, e muito real.

Notisul – O senhor foi literalmente o mestre de obras na construção da Catedral. Como foi?
Padre Raimundo
– O meu trabalho principal é o apostólico, o sacerdotal. Passei por São Ludgero, Araranguá, Criciúma e somente depois é que vim para Tubarão, em 1955, quando se criou a Diocese de Tubarão. Naquele ano, tinha somente a igrejinha velha e antiga de Nossa Senhora da Piedade, a Casa Paroquial, o edifício Dom Joaquim e as capelas de Mato Alto, Madre, Congonhas, São Martinho e Rio do Pouso. Fui chamado de Criciúma para cá pelo padre Monsenhor Bernardo Peters, que era o vigário geral, e pelo Dom Anselmo Pietrulha, o primeiro bispo de Tubarão, e fiquei como vigário paroquial. Quando chegaram os padres Urbano Mendes e Osni Rosembrock formamos um trio e começamos a trabalhar. Reunimos o pessoal mais graduado da cidade e formamos uma comissão para alavancar a Diocese de Tubarão. E foi daí que surgiu a ideia de construir a Catedral. E adivinha quem apontaram para ficar à frente da obra? Eu mesmo.

Notisul – E como foi que o senhor fez?
Padre Raimundo
– Na época, eu era o pároco da Catedral. Entrei no lugar do Monsenhor Peters, oito anos após minha chegada a Tubarão, em 1963. Organizei uma equipe de construção para ajudar. Naquele tempo, não tinha esta organização de hoje. O padre era um faz tudo. Qualquer coisa que a comunidade precisa sempre tinha um padre no meio (risos). Sabia que não estava sozinho. Começamos a construção da catedral em 1965. Isto porque a parte arquitetônica demorou muito. O trabalho real começou no dia 15 de agosto de 1965. Fizemos uma missa especial do lançamento da pedra fundamental. Ela está assentada bem na frente da Catedral até hoje. Nunca tive dificuldade grande na construção da Catedral. Fizemos rifas e eu buscava nas lojas e nas casas as contribuições. Teve um ano que fizemos uma rifa de 27 Fuscas. Era o carro da moda. Acho que nunca circulou tanto Fusca por Tubarão (risos). Quando faltava alguma coisa, eu subia a serra com o seu Alfredo Moreira Maia, meu ajudante especial, e pedia tábuas. Tinha parentes por lá. Família italiana é bom por causa disso. Sempre tem um primo, um tio em algum lugar (risos). Ia com o caminhão vazio e voltava com o caminhão cheio. No dia 4 de dezembro de 1971, cinco anos e meio depois do início da obra, a Catedral era inaugurada.

Notisul – Como foi para o senhor ver a cidade crescer?
Padre Raimundo
– Lembro muito bem quando cheguei em Tubarão para trabalhar como padre, em 1955. A cidade não tinha 35 mil habitantes. Hoje tem 100 (mil). A transformação, nestes 60 anos, é visível. Na década de 50, isto aqui era um vasto campo de pasto. Hoje, uma cidade enorme. A margem esquerda, lembro, não tinha quase nada. Duas ou três famílias moravam lá. Hoje, parecem duas cidade ligadas pelas pontes. Do lado de cá (margem direita), era mais habitado, especialmente nos arredores do Morro da Capela (hoje, Morro da Catedral). Tubarão mudou. E mudou radicalmente.

Notisul – E as pessoas, padre? Elas também mudaram muito na sua opinião?
Padre Raimundo
– Tínhamos um povo muito mais unido, muito mais fraterno, muito mais irmão. Havia praticamente dois partidos políticos, a UDN e o MDB. E o pessoal se entendia e se ajudava. Na construção da Catedral, por exemplo, nunca senti alguma diferença porque era de um partido ou de outro. Hoje, como tudo é diferente! A cidade está retalhada por partidos políticos que não pensam mais no coletivo. Estes partidos acreditam que, por serem estruturados, têm o poder de governar a cidade só para si, quando na realidade não é isso que tem que ocorrer. O partido político é só uma organização para se chegar ao poder. Depois disso, todas as siglas precisam entender que a cidade é uma só e deve-se trabalhar para o povo. E hoje não vejo mais isso. Eu e ninguém mais. Infelizmente, as autoridades sobem e obedecem somente as siglas partidárias e não a interesse do povo que governam. É triste.

Notisul – Quais as principais mudanças que o senhor observou na igreja nestes 60 anos?
Padre Raimundo
– Assim como a cidade e as pessoas mudaram, a igreja também…

Notisul – O senhor chegou a rezar missa em latim, padre?
Padre Raimundo
– Ô. E muito. Rezei em latim e virado de costas para o povo. A liturgia tem um esquema a ser seguido, um ritual que não muda muito, mas permite que sejam feitas alterações em diversas partes da missa. Seja mais simples ou mais solenes. Avalio que estas mudanças, principalmente o fato da missa ser feita em português, foram muito boas. O povo passou a participar mais. Antes, em latim, as pessoas apenas costumavam-se a ouvir palavras incompreensíveis e misteriosas. Ninguém entendia. Mas que é bonita uma missa em latim, ah é!

Notisul – O senhor já passou por alguma situação pitoresca nestes 60 anos de sacerdócio?
Padre Raimundo
– Ixi, muitas. Quando eu comecei, o padre era um faz tudo na cidade. Qualquer coisa que ocorria diziam: ‘chama o padre’ (risos). Quando eu comecei a trabalhar como padre, o caminho que percorria entre a matriz e as capelas era no lombo do cavalo. Uma vez, eu estava subindo a região da serrinha, ali para frente do Rio do Pouso. Eu e o cavalinho. De repente, vi uma caninana enorme, de mais de dois metros de comprimento. Eu iria levar a comunhão para um doente e cheguei lá tremendo. Sempre fui um cavaleiro atrapalhado (risos). Teve uma vez também, em Araranguá, que eu ia rezar a missa em uma capela afastada. Eu não conhecia o caminho. Disseram-me que não tinha problema. Era só embarcar na charrete que o cavalo sabia onde ficava a capela (risos). Mandaram eu atravessar a balsa e deixar o cavalinho me levar. Eu fui né! E não é que o cavalinho sabia mesmo o caminho!? Tinha mais sabedoria e juízo do que o cavaleiro (risos).

Notisul – Hoje, as missas são mais ‘agitadas’, os padres tornaram-se quase celebridades. Como o senhor vê esta renovação?
Padre Raimundo
– Admiro muito a liturgia da igreja. Com esta renovação, surgiram mesmo estas missas mais movimentadas, e acho muito bonito. Já participei de missas mais ritualísticas e de outras mais movimentadas. Acho que, se estiver dentro do esquema da igreja, cabem os dois gostos. Mais do que a movimentação da missa, é a participação do povo. Gosto de ver as pessoas cantando, dando as mãos. Aprovo muito esta renovação porque é uma maneira de levar a palavra do Senhor de uma maneira que toca o coração da pessoa. Acho bonito os padres que têm o dom de cantar, de movimentar a população. Só não concordo com estas missas-shows. O padre é um instrumento para levar a palavra de Deus e deve colocar-se no seu lugar. O padre deve apresentar Jesus Cristo ao povo e não a si mesmo. Na nossa região, caminhamos certo. Os padres, especialmente os mais jovem, fazem missas mais movimentadas, mas com muita responsabilidade e integridade.

Notisul – O senhor prefere a igreja como ela era antes, um pouco mais ritualística, ou a de hoje?
Padre Raimundo
– A igreja vai se adaptando conforme as necessidades do povo. Hoje, não podemos mais pensar em uma igreja onde o padre ande de batina ou reze a missa de costas e em latim.

Notisul – O senhor usou a batina por muito tempo?
Padre Raimundo
– Alguns anos sim. Era quente. Depois, veio a licença para usar o clegimam, que é o terno simples com aquela golinha de plástico branco. Agora, o padre veste-se como o povo, o que acho mais correto. Afinal, o padre está no meio do povo, para o povo e vestido como o povo. Não precisa uma veste espetacular para diferenciar: “Olhem, ali está o padre”.

Notisul – Na sua opinião, o conservadorismo da igreja católica é o principal motivo para a perda de tantos fiéis?
Padre Raimundo
– A igreja é conservadora somente no seguinte aspecto: ela guarda a verdade recebida de Deus através da sagrada escritura e da tradição. Então, a igreja conserva esta verdade. Neste sentido, admito que a igreja seja conservadora. Agora, no sentido pejorativo, não. Porque a igreja é muito para frente, está e caminha com a sociedade. A igreja adapta-se às épocas, apenas isso. Na África, por exemplo, o esquema da missa é o mesmo, mas eles cantam, dançam. A igreja absorveu a cultura do povo para poder evangelizar. E isso não tem nada de conversadorismo. Se fosse, não haveria esta adaptação. O que afasta o povo da igreja não é a liturgia, é a falta de educação religiosa. Os pais educam mais seus filhos somente nos valores terrenos. Os filhos não são nem convidados para irem em uma missa. Os pais estão caindo em um erro tão fatal que daqui a 15, 20 anos chorarão amargamente porque seus filhos não terão mais princípios morais comuns, eles serão individualistas. Hoje, o jovem valoriza somente a balada. Que erro. A igreja está de portas abertas, aqui será sempre valorizado, porque são os jovens que darão continuidade. O culpado não é o jovem, mas a má educação de pais e algumas escolas.

Notisul – Alguma pista do novo bispo?
Padre Raimundo
– Só Deus sabe! Lembro de todos os bispos que passaram por aqui e pela minha vida. Aqui em Tubarão, passaram três, mas para mim foram cinco. Primeiro teve o bispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira, que era o arcebispo metropolitano de Florinópolis. Ele era muito fino, era tratado como um príncipe da igreja. Uma maravilha de pessoa. Depois, teve o Dom Anselmo Pietrulha, o primeiro bispo de Tubarão. Era um ser amigo, tomava caipirinha com a gente. Era um figuraça. Depois, o terceiro foi o Dom Osório Beber. Ele foi missionário aqui na região. Em seguida veio o Dom Hilário Moser, que foi o segundo bispo de Tubarão, que cuidou mais das vocações e do seminário. O quinto bispo da minha vida e o terceiro de Tubarão foi Dom Jacinto Bergmann. Quem virá agora é um enigma. Mas torcemos que venha logo, porque uma Diocese sem bispo é ruim.

Perfil
Padre Raimundo Ghizoni, 84 anos, completou, nesta sexta-feira, 60 anos de sacerdócio. Caçula de uma família muito numerosa, padre Raimundo diz que tem duas cidades-mães: Braço do Norte, onde nasceu, em 13 de agosto de 1925, e Tubarão, onde reside até hoje, desde os dois meses de idade. Lúcido, de uma educação e gentileza quase extintas nos dias de hoje, padre Raimundo emociona-se quando lembra da família, especialmente dos pais. “Eu me sinto feliz. Cumpri minha missão, a estou cumprindo, mas ainda não a terminei. Sei que ainda tenho coisas para fazer. Sonho com uma igreja mais participativa, uma sociedade mais fraterna. Onde possamos sair à noite sem ter medo. Mas este sonho não pode ser só meu, deve ser de todos. Quando muitas pessoas têm o mesmo sonho, ele passa a se tornar realidade”, ensina. Padre Raimundo é o fundador da Aproet, instituição que mantém quatro centros de educação infantil e vários grupos de idosos, e ocupa a cadeira 22 na Academia Tubaronense e Letras (Acatul).

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Momento positivo para iniciativas que tragam crescimento. Estão favorecidas viagens, cursos, concursos e também a compreensão do sentido dos acontecimentos. Mas atenção com questões delicadas que envolvem hierarquia.

Touro ( 20/04 a 20/05)
Tendência à dificuldade de harmonizar o desejo por expansão com as demandas práticas ou emocionais que solicitam sua atenção. Visão da grandiosidade de uma meta, mas deve estar ciente do trabalho envolvido para que ela se realize.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Mercúrio está em contato com Plutão e Saturno indicando que você deve pensar e agir com cautela, mas que isso não signifique medo ou simples repetição de padrões passados.

Câncer (22/06 a 22/07)
Assuntos delicados devem ser conversados nos relacionamentos. Isso pode ser muito interessante para o amadurecimento e aprofundamento da relação. Pode tocar em temas tabus e também em questões que visam longo prazo.

Leão (23/07 a 22/08)
Hoje tenha prudência, o que é diferente de ser medroso. Cautela pode ser importante em negócios ou questões que envolvem trabalho. Certas preocupações relativas à saúde ou bem-estar podem levá-lo a tomar atitudes no sentido de ter mais qualidade de vida.

Virgem (23/08 a 22/09)
O desafio representado nos posicionamentos astrológicos indicam que você almeja aliar teoria e prática, desejo de expansão com os passos necessários para que ela ocorra. De um lado, pragmatismo e de outro anseio de acreditar e de voar mais alto.

Libra (23/09 a 22/10)
Hoje você tende a estar mais pensativo, introspectivo. É preciso avaliar certas coisas com calma. Há oportunidades de expansão, mas há também o árduo caminho para realizar o que tem em mente.

Escorpião (23/10 a 21/11)
A proximidade de Plutão com Mercúrio sinaliza que você se dá conta de aspectos anteriormente inconscientes e precisa quebrar com velhas barreiras, obstáculos que foram criados na mente, mas se cristalizaram na realidade.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Reflexões sobre trabalho, sobre a utilidade do que você faz e necessidade de aprimoramento. Tem planos grandiosos, visões de um futuro mais amplo.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Saturno desafia Mercúrio e Plutão, mostrando questões importantes que devem ser tratadas nos relacionamentos e no trabalho. Hierarquia, autoridade, poder, esses temas são questionados.

Aquário (20/01 a 18/02)
Você tende hoje a estar preocupado com algumas questões de ordem prática, material ou mesmo de saúde. Talvez antigos excessos cobrem o seu preço. É preciso, portanto, agir com uma saudável cautela.

Peixes (19/02 a 20/03)
A Lua está no signo de Virgem, que representa a energia complementar de Peixes e traz a necessidade de olhar para as relações com discernimento, mas evitando a cobrança excessiva ou a crítica que inibe.

Resposta à opinião do leitor Evaldo Ávila

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Sr. Evaldo, venho acompanhando o caso desta fosfateira desde março deste ano, quando veio à tona. Pelo que pude perceber, o projeto era para sair do papel sem o nosso conhecimento, bem escondido mesmo, uma verdadeira arapuca para a nossa região. Posso dizer-lhe que eu também questionei o meu amigo Fernando de Carvalho, da EcoTV, quando ele me falou que isso seria uma bomba. Ao pesquisar sobre a Bunge, eu vi que ela iria estourar nas mãos dos nossos filhos e netos, aí a ficha caiu…

Pelo que eu pude entender através da seu artigo no Notisul, na página 13 do último dia 5, o senhor é contrário aos embargos impostos pela ação civil pública (nº 2009. 72.00.006092-4). Esse é um direito seu, não tenha dúvidas disso, porem, achei ridícula a sua sugestão ao final da matéria, as garotas que você se refere são mulheres com opinião formada, conheci algumas delas, e posso dizer que são as garotas mais bem informadas que eu conheço, uma arquiteta, uma escritora, professoras da Ufsc e Unesc, agricultoras de orgânicos, entre outras…

Para finalizar, vou deixar alguns link’s para você informar-se o quanto ingênua são as nossas faixas (http://projeto-reciclar.blogspot.com/2009/11/comite-do-rio-tubarao-se-manifesta.html; http://projeto-reciclar.blogspot.com/2009/11/fostateira-de-anitapolis-sc-na-imprensa.html)…
Desculpe se as minhas expressões foram rudes, não é nada pessoal, também estou expressando a minha opinião.

Filosofia em vídeo

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Sócrates, Aristóteles, Platão… Estes são alguns dos nomes mais conhecidos da filosofia. A disciplina é vista muitas vezes como algo chato e monótono. E mudar esta visão foi um dos objetivos de um trabalho realizado pelo professor Giovani Silveira. Ele propôs para os alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Jovem que fizessem vídeos de até cinco minutos sobre a ética. Além da avaliação em sala de aula, foi promovido um concurso de vídeo amador. Os estudantes fizeram a inscrição e os melhores em cada turno foram premiados na semana passada.

“Fizemos este projeto no ano passado com foco na propaganda eleitoral. Este ano, foi sobre a ética. A intenção é fazer o jovem pensar sobre o assunto e relacionar com questões do dia-a-dia. Teve vídeos ótimos, com mensagens fortes. Pena que nem todos participaram da mostra competitiva, mas acredito que, no próximo ano, mais alunos participarão”, avalia Giovani.

O resultado motivou tanto a direção da escola, que para o próximo ano, serão comprados equipamentos para gravar e editar o material. “Eles já fizeram trabalhos maravilhosos com câmeras de celular e fotográficas. Isso prova a capacidade e a criatividade deles. Queremos dar mais suporte em 2010. E também juntaremos todos os vídeos para formar um documento único e inscrever em competições nacionais”, revela a supervisora Silvana Nogueira.
As equipes vencedoras do concurso receberam prêmiações em dinheiro. O julgamento dos trabalhos ficou por conta das responsáveis pelo Notisul Escola.

Um e-mail…
“É muito importante e interessante a integração do Notisul com os colégios. Essa prática estimula professores e alunos a trabalharem com mais empenho. A iniciativa de levar o jornal para a sala de aula fez a diferença neste último ano, transformou muitos ‘ledores’ em leitores assíduos do jornal. Parabéns! Que essa iniciativa perdure e se aperfeiçoe ainda mais”.
Anice Gomes, aluna do 4º ano de magistério do Colégio Dr. Otto Feuerschuette, de Capivari de Baixo.

… Milhões de
agradecimentos!

“Oi, Aniece. Tudo bem!? Obrigada por ter nos escrito. O reconhecimento do nosso trabalho é sempre um incentivo para continuarmos a fazer sempre mais e melhor. Ao mesmo tempo que agradecemos, também elogiamos a todos que participaram do projeto. Nada teria sido feito se os principais ‘personagens’, as escolas, não estivessem comprometidas. Para o próximo ano, o Notisul Escola voltará cheio de novidades. Ainda melhor! Um grande abraço e maravilhosas férias”.
Amanda, Pri e Zah – equipe do Notisul Escola.

Construindo história

A sociedade atual foi o foco de um trabalho proposto pelo professor de sociologia Santos Crozeta de Sociologia, da Escola Dite Freitas, a Escola Jovem de Tubarão, aos alunos das 1as séries do ensino médio. A ideia foi produzir textos com os conteúdos abordados no 4º bimestre: símbolos, transcendência e crenças populares.
No papel, conteúdos fantásticos foram desenvolvidos pelos alunos, que abordaram assuntos de suas próprias comunidades. “Foi percebido, no desenrolar do projeto, o empenho e a vontade dos alunos em mudar a sociedade. Através de situações fictícias, eles trouxeram, de uma maneira ou outra, a verdadeira realidade”, avalia o professor Santos.
Confira a seguir algumas das histórias escritas pelos alunos:

• O Mistério das Congonhas – a equipe procurou desvendar assassinatos até então nunca esclarecidos pela polícia.
• Metavoia – os alunos abordaram problemas familiares e escolares através de uma banda batizada de Metavoia, uma música de estrutura religiosa que traz a reflexão das próprias atitudes.
• Deu a Louca Nos Contos de Fada – aborda questões como bulimia, anorexia, drinknorexia.
• Recomeçar – conta a história de Peter, um garoto que não gostava de estudar e envolveu-se no mundo das drogas.
• Lesbianismo – versa a história daquelas que têm coragem e vencem o preconceito.

Até breve!

Acabou e já estamos com saudades. Desde julho, um trio de repórteres do Notisul empenhou-se ao máximo para contribuir com a educação nos municípios em que o jornal circula. Depois de quase seis meses ‘perturbando’ os professores das seis escolas participantes (desculpem, mestres, mas foi preciso), percebemos que ganhamos mais do que contribuímos. O aprendizado foi enorme. Para nós, valeu a pena!
Apesar de o trabalho normal do jornalista não ser dos mais fáceis – é uma correria o dia todo -, vir para o Notisul e dedicar tempo para fazer, toda semana, a página do projeto Notisul Escola foi um privilégio e não um trabalho extra.
No próximo ano, voltamos com a corda toda e esperamos que vocês também voltem com a mesma empolgação que nos contagiou. Agradecemos a todos que participaram, aos professores, diretores e orientadores, que se esforçaram muito para colaborar com o sucesso do Notisul Escola.

Um abraço, maravilhosas férias e até 2010!

Amanda, Pri e Zah

SCs 438 e 443: Obras só com novo projeto

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Amanda Menger
Tubarão

Quem trafega pelas rodovias SC-438, entre Gravatal e Tubarão, e pela SC-443, que liga Sangão à BR-101, sabe que o estado de conservação das estradas é ruim. Em alguns trechos, há verdadeiras ‘panelas’, além da sinalização precária, praticamente apagada em outros pontos.

A secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão já solicitou ao Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) a repavimentação das duas rodovias. Pelos projetos, para recuperar a SC-438, são necessários R$ 900 mil e, para a SC-443, R$ 400 mil. Em abril, o presidente do Deinfra, Romualdo França, disse, em entrevista ao Notisul, que as obras não seriam executadas este ano porque não estavam previstas no orçamento. Ontem, lideranças políticas e empresariais da região estiveram reunidas com Romualdo e o secretário estadual de infraestrutura, Mauro Mariani, para reivindicar as duas obras.

“Será feito um novo levantamento das condições das duas estradas. É necessário saber a quantidade de veículos que passam por dia, por exemplo. Os técnicos do Deinfra já virão para a região na próxima semana. Há um comprometimento de fazer as melhorias em 2010”, afirma o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Jairo Cascaes (DEM), que participou do encontro.

Orçamento estadual será votado terça-feira

A receita orçamentária do governo do estado para 2010 é de R$ 13,4 bilhões e gastos estimados em R$ 11,5 bilhões. A Lei Orçamentária Anual (LOA) 2010 será votada na próxima terça-feira, na assembleia legislativa, em Florianópolis. A reunião entre os integrantes do Conselho Político Empresarial para o Desenvolvimento Regional e os parlamentares do sul, marcada para ontem, na capital, foi cancelada por falta de quórum. A intenção era cobrar dos deputados estaduais emendas destinando recursos para a região.

“Enviaremos uma carta aos parlamentares lembrando-os das prioridades da região e pedindo empenho na votação de terça-feira”, revela o presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Eduardo Nunes e presidente do conselho.
O orçamento prevê R$ 8,5 milhões para a secretaria de desenvolvimento regional em Braço do Norte; R$ 12,3 milhões para a SDR em Laguna, e R$ 14,4 milhões para Tubarão. Os recursos serão utilizados para manter a regional e para investimentos nas áreas de assistência social, educação, cultura, direitos da cidadania, transportes (manutenção de rodovias) e deporto e lazer. Além disso, há rubricas de R$ 15 mil para a pavimentação asfáltica entre Orleans e Pedras Grandes; R$ 50 mil para investimentos em segurança pública; R$ 30 mil para Arena Multiuso de Tubarão e R$ 500 mil para rodovia Interpraias, por exemplo.

Para o deputado estadual Joares Ponticelli (PP), no que depender da oposição, serão apresentados destaques em plenário. “Porém, só temos 13 deputados e a base governista é maioria. Infelizmente, do jeito que está, o orçamento mais uma vez será uma peça de ficção”, dispara Joares.

Confecção: Trabalhadoras entrarão na justiça hoje

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Tubarão

As cerca das 30 trabalhadoras de uma confecção de jeans de Capivari de Baixo entrarão na justiça hoje. Ao chegarem para trabalhar, quinta-feira passada, às 7h30min, elas encontraram a fábrica fechada e todas as máquinas tinham sido levadas, inclusive os dois equipamentos que pertenciam à locatária da sala. Ontem, o empresário entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário de Tubarão e Região (Sintraves), para fazer um acordo.

“Ele disse que levou as máquinas porque tinha recebido ameaças de que outras pessoas pegariam os equipamentos. Ele tem intenção de fazer um acordo e pagar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o INSS que foi descontado das trabalhadoras e não foi depositado, assim como os outros direitos trabalhistas”, relata o presidente do Sintraves, Carlos Zamparetti. O empresário ficou de repassar o local onde estão as máquinas e o não o fez. Os equipamentos poderão ser penhorados.

“Desde o início, a confecção apresentou problemas. Era o salário que atrasava, horas-extras que eram pagas pela metade, o FGTS e o INSS que não foram depositados e agora tudo desaparece, da noite para o dia”, conta a costureira Glaucemere da Silva.
Algumas das trabalhadoras já conseguiram outros empregos. “Uma empresa de Tubarão quer contratá-las a partir do dia 2 de janeiro. Os contatos serão intermediados pelo sindicato”, conta Zamparetti, sem relevar o nome da empresa.

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