sábado, 21 junho , 2025
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Sem tempo para a educação

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Algumas semanas atrás, duas notícias divulgadas pela imprensa local e estadual nos chamou a atenção enquanto educadores. Uma delas referente ao resultado do Exame Nacional do Ensino Médio publicado pelo MEC, que não causou surpresa alguma, isto porque vivenciamos o dia-a-dia das escolas públicas estaduais.

baixo nível na avaliação dos alunos das escolas estaduais no Enem é o resultado de um conjunto de situações que são ignoradas pelos gestores públicos. Podemos até listar algumas: salas de aula superlotadas, escolas sucateadas e com a estrutura física decadente quando não caindo; professores com jornada de trabalho de até 60 horas semanais; um grande número de professores doentes, devido ao desgaste físico e ou emocional; escolas funcionando em salão de baile; a ausência de projetos de formação continuada para os professores e muito mais.

Temos certeza que os que comandam as ações em nome do governo vão discordar, mas lançamos aqui um desafio. Voltem às escolas, ou mais precisamente, às salas de aula. É muito fácil criar projetos para outros executarem sem se preocupar com as situações acima citadas. Ou então buscar mudanças na lei precarizando ainda mais as condições de trabalho dos professores. Se saíssem de seus gabinetes e procurassem conhecer melhor a realidade das escolas, ouvir aqueles que sãos os responsáveis pelo processo ensinoaprendizagem poderíamos ter um resultado melhor nas avaliações as quais os alunos são submetidos. Aí então estaríamos iniciando a democratização na educação pública.

A outra notícia, por coincidência no mesmo dia, e nos causou um enorme espanto, foi a vinda do secretário da educação a Tubarão e, pasmem os senhores, não para verificar a situação das escolas ou ouvir os profissionais da educação, mas sim para distribuir dicionários aos alunos de duas escolas estaduais. E é bom lembrar que uma delas é recém construída, como dizemos, novinha em folha. As escolas públicas estaduais (em nossa cidade, são 25 escolas) sempre receberam livros didáticos pelo correio, isto quer dizer que o ato foi apenas simbólico.

Nos causou surpresa a visita do secretário, já que o mesmo não tem tempo para receber os representantes da categoria para discussão dos problemas da educação e possíveis soluções, por exemplo, a implementação do piso salarial nacional, aprovado em junho de 2008. Não tem tempo para verificar in loco a infraestrutura das escolas, tais como: General Osvaldo Pinto da Veiga e São João Batista, em Capivari de Baixo; Célia Coelho Cruz, Alda Hülse e Gallotti, em Tubarão; Osni Pereira, em Jaguaruna; e outras mais.

Mas estas preocupações e angústias são prerrogativas de quem realmente faz a educação acontecer, ou seja, os trabalhadores em educação.
Finalmente, deixamos um alerta para toda comunidade escolar. Novas eleições estão aí e os candidatos já começam a se organizar e aparecer. Para isso, eles têm muito tempo. E nós já conhecemos os discursos. A mudança está em nossas mãos!

Abuso sexual no Vale: Em cinco meses, 25 casos registrados

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Maycon Vianna
Braço do Norte

O aumento dos casos de violência sexual em Braço do Norte tem preocupado o Conselho Tutelar, os policiais civis, as famílias e as autoridades da cidade. Só nos primeiros cinco meses deste ano, foram constatados 25 casos de abuso sexual em crianças e adolescentes do município. Os números são assustadores se comparados com os do ano passado, quando, no total, foram registrados 32 casos de janeiro a dezembro de 2008.

”É difícil a semana que não temos nenhum caso ou nenhuma denúncia. Os 25 casos confirmados foram encaminhados para a perícia técnica no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Tubarão”, lamenta a presidenta do Conselho Tutetar de Braço do Norte, Kassiana da Silva Elias.

A maioria dos casos de violência sexual ocorre no convívio familiar. “Os casos são relacionados aos próprios pais e outros familiares que frequentam a casa das vítimas e até mesmo a mãe ou amiga que abusam ou agenciam a criança e o adolescente”, observa a conselheira tutelar de Braço do Norte, Adriana Vicente.
Segundo confirma do delegado de Polícia Civil da cidade, Bruno Vaz Marinho, a violência sexual não se restringe há apenas um tipo de classe social. “Ricos, pobres, enfim, são casos que envolvem todas as classes sociais. Infelizmente, temos que ter um acompanhamento frequente e constante para evitarmos que os números aumentem. As campanhas de prevenção são sempre bem-vindas”, diz o delegado.

O abuso geralmente ocorre
na casa da vítima

Os casos de abuso sexual em Braço do Norte, geralmente, ocorrem dentro da própria casa da vítima. A criança evita denunciar este tipo de agressão por medo de ser ameaçada de morte. “As denúncias partem de vizinhos, amigos, ou de pessoas mais próximas às famílias. Os agressores são pessoas perigosas que podem até matar”, constata o delegado da Polícia Civil de Braço do Norte, Bruno Vaz Marinho.
O preconceito também atrapalha o atendimento do Conselho Tutetar e as investigações dos policiais civis.

“As pessoas se negam a falar com a gente. Ou quando chegamos na casa e vamos contar para a família, eles negam-se a acreditar. É importante para nós e para a criança que a família dê total apoio neste momento”, analisa a presidenta do Conselho Tutelar de Braço do Norte, Kassiana da Silva Elias.

Os conselheiros tutelares promovem, na tarde desta segunda-feira, a divulgação da campanha de prevenção contra o abuso sexual na cidade. Adesivos e panfletos serão espalhados nas escolas e repartições públicas. A intenção é diminuir o índice de violência sexual contra os menores de Braço do Norte.

Caso Campeiro: Já são 28 ações contra a empresa

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Amanda Menger
Tubarão

Desde o dia 2 de abril, o Fórum de Tubarão é o destino de muitos advogados e produtores de arroz da região sul do Brasil. Eles querem da justiça, a garantia de que receberão pelo produto fornecido à Campeiro Produtos Alimentícios. Ao todo, já são 28 ações e, nos próximos dias, o número deve aumentar. O rizicultor Alfredo Lemos Filho, de Tijucas, ingressará com um processo nos próximos dias.
“Contratei um advogado e já entreguei a ele a documentação e logo deve ajuizar a ação. Espero com isso receber o dinheiro referente ao que produto que plantei, colhi e entreguei à Campeiro. Tenho dívidas para pagar e duas parcelas do contrato de venda do arroz com eles já venceu e até agora não recebi nenhum centavo”, afirma Alfredo.

O produtor vendeu 38 mil sacas de arroz à empresa, o que renderia algo em torno de R$ 1,4 milhão. Contudo, até agora, ele recebeu apenas R$ 70 mil, valor correspondente a um adiantamento dado em fevereiro, quando o contrato de venda da produção foi assinado.

O advogado de Alfredo, Roni Hort, de Brusque, ajuizará uma ação de arresto. “Como ele é produtor rural, há contratos e notas de produtor e de recebimento. Alfredo foi até a empresa para pedir as duplicatas rurais e, nos próximos dias, vou a Tubarão para ingressar com a ação dele e de outros três produtores que procuraram o meu escritório. Temos cautela no levantamento dos dados para que não haja problemas para que ele receba o que lhe é de direito”, conta o advogado.

Segundo Roni, como Alfredo é produtor rural, há um decreto lei de 1967 que dá prioridade aos agricultores no recebimento de dívidas. “Isso, claro, após a finalização da parte trabalhista, que tem a preferência. Os bancos analisam se é possível prorrogar o prazo de pagamento das dívidas ou reparcelar. Ainda não tivemos resposta sobre esta parte”, afirma o advogado.

Procurador da república faz
alerta para os produtores:
“Paguem créditos só em juízo”

Cerca de 59 produtores que fizeram empréstimos com a Campeiro Produtos Alimentícios com recursos oriundos de Empréstimos do Governo Federal (EGF) começaram a receber ligações telefônicas cobrando os valores devidos. O rizicultor Alfredo Lemos Filho, de Tijucas, também recebeu um destes telefonemas.
“A pessoa disse que ligava em nome do ex-administrador da Campeiro, Alexandre Augusto Pereira Tavares, e que era para depositar o valor em uma conta que eles iriam indicar”, conta o produtor.

O procurador da república em Tubarão, Celso Três, afirma que os produtores só devem fazer o depósito em juízo. “O dinheiro que era emprestado está no nome da Campeiro, então, quem tem débitos deve procurar a justiça para que o depósito seja em juízo. Assim, mais tarde há como provar que eles foram pagos. Além disso, tem a questão do juro. A taxa cobrada é superior à cobrada pelo governo federal à empresa, então recomendo que os produtores renegociem esse juro e só depositem o valor que pegaram emprestado”, explica Celso.

Segundo o procurador, deve demorar mais algumas semanas para que seja ajuizada uma nova ação contra o ex-administrador. “Vamos pedir o sequestro de bens, mas precisamos de dados da Receita Federal que ainda não chegaram. Vou solicitar que a Receita averigue as informações dadas na declaração de renda, porque há dados desencontrados”, afirma Três. O advogado de Alexandre tem até quinta-feira para apresentar a defesa prévia à justiça da 1ª Vara Criminal Federal de Florianópolis.

Cronologia do caso
• Em fevereiro, o governo do Paraná anunciou a instalação da Campeiro no estado vizinho. A direção da empresa negou a transferência. Em 17 de março, os empregados foram dispensados e, no dia 6 de abril, as demissões foram confirmadas.
• O ex-proprietário da empresa, Max Nunes, garante que vendeu a Campeiro com uma dívida de R$ 7 milhões. O grupo A. Nunes vendeu a empresa por R$ 8,2 milhões. Devido a uma cláusula do contrato de venda, o valor devido seria depositado por Alexandre Augusto Pereira Tavares, ex-administrador, em juízo, o que não ocorreu e o valor deixou de ser pago. Depois que a conta foi bloqueada judicialmente, em março deste ano, o saldo era de R$ 813,00.

• O ex-administrador é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de praticar crime de estelionato em empréstimos com o governo federal (EGFs) no valor de R$ 20 milhões. Na denúncia, o procurador da república Celso Três afirma que, em 2007 e 2008, Alexandre firmou contratos de empréstimos, dando como garantia os mesmos grãos e alienando outros. Além dos EGFs, outras operações bancárias, igualmente lastreadas em dinheiro público da União, tiveram garantia defraudada.

• Alexandre também é acusado de lesar os sócios da Campeiro, fraudar instituições financeiras, os créditos dos produtores, suprimir emprego dos trabalhadores e praticar agiotagem por meio de ‘caixa dois’.
• O procurador solicitou a prisão preventiva de Alexandre, no dia 15 de abril. A juíza federal de Tubarão, Gysele Maria Segala da Cruz declinou a competência, por entender que a 1ª Vara Criminal de Florianópolis estaria mais capacitada para analisar casos de crimes contra o sistema financeiro.

• No dia 5 de maio, a juíza substituta da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal, de Florianópolis, Ana Cristina Krämer, negou o pedido de prisão preventiva. Ela entendeu que Alexandre não foi citado e que, por ter endereço fixo, deveria primeiro ser intimado. Ela também negou a apreensão do passaporte de Alexandre (que tem dupla cidadania Brasil/Estados Unidos). No dia 7 de maio, o mandado de citação foi expedido, mas não chegou a ser cumprido, porque Alexandre apresentou-se voluntariamente na última segunda-feira, dia 11.

“A Celesc é o filé mignon, enquanto nós a carne de pescoço”

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Bertoldo Weber
Gravatal

Notisul – O senhor continua o mesmo entusiasta de sempre quanto ao cooperativismo?
Comelli
– Para mim, o cooperativismo deveria ser matéria de sala de aula. Tenho orgulho de pertencer a uma organização que está em 110 países no mundo. No Brasil, temos oito mil cooperativas. Em Santa Catarina, são 273 empresas neste sistema e nos mais diversos ramos de atuação. Muitos nem lembram que quando estão em frente à TV ou debaixo do chuveiro quentinho, que existe uma cooperativa trabalhando para que este cidadão desfrute destes benefícios. Em Gravatal, a Cergral é responsável pela iluminação pública de quase 100% do município. E tudo feito com qualidade.

Notisul – Como foi o começo das cooperativas de eletrificação na região?
Comelli
– Árduo. Como não tínhamos energia, os próprios governos da época – caso de Celso Ramos, que apoiou muito a formação de cooperativas – tinham um só objetivo: levar energia elétrica ao homem do campo e socializar estes serviços. A Cergral nasceu na década de 60 e, por 25 anos, a energia chegou com sucesso, mas sem o preocupação com melhorias e qualidade. O pensamento era a queda da energia. Deixar o consumidor sem luz era “proibido”. Não importava muito como isso seria feito.

Notisul – Em que condições você assumiu a Cergral em 1994?
Comelli
– Cheguei em 1994. A situação não era ruim, mas faltava investimento. E, como eletricitário, eu sabia de cor e salteado todas as dificuldades da cooperativa e as expectativas futuras do setor e iniciei um projeto de reformas. Quando retornei ao cargo, em 2000, já vim pensando na desburocratização do sistema elétrico nacional e nas dificuldades para fazer as reformas. Chegar até aqui foi um trabalho difícil, de muita persistência.

Notisul – Como ficou a cooperativa após a regulamentação da Aneel? Os associados continuam donos da empresa?
Comelli
– Sim, a diferença é que os associados têm este status de dono somente até o fim do contrato que foi assinado pela permissionária (no caso, a Cergral) com a União. Depois deste prazo, o patrimônio será do governo federal. Porém, durante o tempo em que este contrato vigorar, a União devolverá todo o patrimônio para os sócios em forma de desconto nas tarifas. A luta agora é para que este contrato seja por tempo indeterminado.

Notisul – Não ficou desvantajoso trabalhar no sistema de cooperativa desta forma?
Comelli
– Sim e não. A luta não terminou. Muita água vai passar por debaixo da ponte. O sistema de cooperativa, na maioria das vezes, é sempre o mais certo e seguro. No nosso caso, por exemplo, o sistema não é tributado. O consumidor é beneficiado porque não precisamos pagar o PIS e a Cofins. Estas duas taxas juntas já somam 7% no valor da energia.

Notisul – Então, a recente queda no preço da energia elétrica em praticamente todas as cooperativas é reflexo desta regulamentação?
Comelli
– Também. Na realidade, a regulamentação envolve uma série de restrições, digamos assim, impostas às cooperativas. A redução no valor é por conta da regulamentação, mas também porque deixamos de fornecer alguns serviços, antes inclusos na fatura. Com um exemplo, fica mais fácil: quando o consumidor pedia uma ligação de energia, fazíamos todo o serviço e o valor era diluído nas faturas. Agora, para prestarmos este mesmo serviço, o consumir precisa emitir uma autorização por escrito. A cobrança é feita em uma agência financeira (como um banco) e não mais paga na cooperativa.

Notisul – O senhor concorda com a regulamentação?
Comelli
– Estou contente, em partes, com este processo. Observo que há alguns ajustes que devemos fazer, especialmente no que diz respeito à cultura das pessoas. Hoje, ninguém vive se não souber o mínimo, inclusive sobre novas tecnologias. Tudo é muito dinâmico, é preciso investir mais neste mote. É o que começamos a fazer nos últimos três anos. Mesmo assim, há dificuldades. Não é fácil mandar Comelli ir fazer aulas de computação (risos). Imagine isso para um colaborar que está há anos na mesma função. Mas vamos superar este obstáculo também.

Notisul – Quando termina este processo de regulamentação das cooperativas?
Comelli
– Das 22 cooperativas do país, apenas 12 foram regulamentadas e já cobram as tarifas equalizadas pela Aneel. Na região, a cooperativa de Anitápolis, por exemplo, já está dentro das novas regras, como a de Gravatal. Em São Ludgero, na Cegero, o processo ainda não foi feito. A Aneel não encontrou parâmetros para regulamentar a Cegero. É uma exceção em Santa Catarina, onde pouquíssimas empresas consomem a maior quantidade de energia. A cooperativa consegue dar enormes benefícios aos consumidores. Diferente de nós e na Cerbranorte, de Braço do Norte, por exemplo. Uma tentativa do governo federal é a criação de empresas de referências para fazer a regulamentação individualmente em casos como o de São Ludgero.

Notisul – Fica claro que a regulamentação diminui os “poderes” das cooperativas. Como fazer frente a gigantes como a Celesc, em Santa Catarina, por exemplo?
Comelli
– Vamos continuar mostrando através de documentos, debates, análises técnicas que temos um espaço importante e não é igual à Celesc. Nós somos 22 cooperativas, somos a carne do pescoço. A Celesc é o filé mignon. Isso é simples se falarmos em números: a Celesc possui 50 consumidores por quilômetro de rede, nós temos oito usuários por quilômetro de rede. É lógico que nosso mercado é muito pior, nossa estrutura é menor e seremos engolidos pela burocracia. Ainda assim, temos um papel importante e fundamental no desenvolvimento da região onde atuamos. É este reconhecimento que queremos. Somos tão empresa quanto a Celesc, só que de porte menor.

Notisul – O senhor acaba de dizer que está em desvantagem. Qual a carta na manga para ficar mais competitivo?
Comelli
– Não vamos entregar os pontos. Somos pequenos hoje, mas temos oportunidade de ficarmos maiores. Como fazer isso? A resposta é a seguinte: de Tubarão até a região de Braço do Norte, são seis cooperativas. A sugestão é unir todas. Isto nos abriria possibilidades inimagináveis.

Notisul – Mas, se a solução parece ser tão simples, porque não foi colocada em prática ainda?
Comelli
– Não é tão simples. A maior dificuldade está nas questões políticas de cada município. Este obstáculo precisa ser superado. Quando e se um dia esta proposta começar a ser debatida, haverá dificuldade política. Mas ainda sou pelo velho ditado popular: quando não é possível pelo amor, faz-se com a dor.

Notisul – Quantos consumidores são atendidos pela cooperativa de Gravatal?
Comelli
– Desde 1961, quando a Cergral nasceu, conquistamos 6,070 associados. Mas, consumidores mesmos são 4,330. Os demais são sócios que saíram da cidade ou que faleceram.

Notisul – Quanto há de lucro e de despesas?
Comelli
– Nosso faturamento anual é R$ 5, 6 milhões. No ano passado, por exemplo, a sobra foi de R$ 207 mil. Este valor baixo tem uma explicação: não visamos lucro, por isso, não sobra muito em caixa. A meta é levar o benefício da energia elétrica, mas sem onerar absurdamente o bolso do nosso consumidor. Esta sobra anual fica no caixa da cooperativa e são os sócios que decidem, em uma assembleia geral, o que fazer com o recurso. Na maioria das vezes, é investido tudo na melhoria da rede.

Notisul – E a inadimplência? É como na Celesc, por exemplo?
Comelli
– A cultura do cooperativismo não é de colocar a faca no pescoço. Ao longo do tempo, cada empresa desta modalidade criou os seus próprios critérios de gerenciamento. Tínhamos um limite de dois meses de prazo para o pagamento da fatura de energia elétrica. Agora, com a regulamentação, o critério mudou. Hoje, o consumidor da Cergral e de qualquer outra cooperativa já regulamentada tem dez dias de prazo para pagar a fatura. Caso isso não ocorra, são 15 dias de tolerância. Passado este tempo, o consumidor é notificado sobre o possível corte de energia. Estas mudanças não são compreendidas pelos cooperados. Principalmente porque, antes, o cidadão tinha dois meses para se organizar financeiramente e quitar a dívida.

Notisul – A regulamentação continuará a permitir investimentos com recursos próprios, como ocorre hoje?
Comelli
– Aqui em Gravatal, quem fez a cooperativa crescer foi o dinheiro dos sócios. Nunca recebemos dinheiro do governo. E, se nunca veio, por que agora, com a regulamentação, teríamos que ceder tudo? Não é bem assim, chegar de uma hora para outra e impor condições fora da realidade. Vamos fazer o possível para continuar a crescer.

Notisul – Quais as necessidades da Cergral para o futuro?
Comelli
– Com o avanço tecnológico, não podemos mais nos permitir dormir de touca. Ou nos transformamos em uma empresa profissional e competitiva, ou seremos extintos do mercado. Para podermos continuar, precisamos avançar tecnológica e profissionalmente. Fazer com que nosso crescimento reflita no desenvolvimento do município como um todo. E, para que isto ocorra, há necessidade de recursos. Energia elétrica é algo que não tem fim e as necessidades mudam com constância. É preciso planejar a curto, médio e longo prazo. O desafio é grande, mas não impossível. Já passamos por coisas muito piores e somos capazes de superar mais essa.

Notisul – E qual o planejamento da cooperativa para este ano?
Comelli
– Desde 2000, trabalhamos na implementação de um projeto que diz respeito à qualidade da energia elétrica disponibilizada para nossos consumidores. Hoje, temos 90% de nossas redes já colocadas nas laterais das estradas, uma cobertura muito boa de iluminação pública, salvo alguns locais. Além disso, conseguimos garantir qualidade para nosso consumidor e estamos preocupados com o futuro. Os avanços tecnológicos foram muitos. É praticamente impossível desligarmos a energia durante o dia. Seja o consumidor em casa, sejamos nós para fazer alguma manutenção ou melhoria. O mundo não vive mais sem energia. É neste ponto que entra a competitividade e o profissionalismo. E somente conseguimos isso com consenso entre os sócios. O cooperativismo precisa ser visto neste momento como uma mola mestra para o desenvolvimento. Quando não existir mais esta visão, não haverá mais possibilidade de qualquer cooperativa existir.

Notisul – A sua diretoria é composta por vários representantes partidários. Isso facilita ou dificulta?
Comelli
– Aqui, praticamos a política cooperativista. É muito diferente da política partidária. Entendemos que, quanto mais há política partidária dentro das cooperativas, maiores são prejuízos. Em Gravatal, dentro da cooperativa, pratica-se o cooperativismo e eu já tive a oportunidade de dizer à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) que não existe cooperativa do PMDB, PSDB, PP, PT e qualquer outro partido. Existem cooperativas de pessoas.

Notisul – Por falar em política, o senhor já foi candidato a vereador, a vice e ainda a prefeito. Como foi esta experiência?
Comelli
– Em 1988, fui candidato a vereador, disputei vaga com 59 candidatos. Fiz 354 votos, algo expressivo para a época. Cheguei a pensar em desistir do cargo. Fiquei afastado por seis meses, mas resolvi terminar o mandato. Em 1992, disputei, pelo Partido Progressista (PP), a eleição como candidato a prefeito e não me elegi. Também fui o candidato a vice do Edivam Bez de Oliveira (PMDB), em 1996. Perdemos nas urnas naquele ano. Depois, nunca mais concorri para nada, somente na cooperativa. O meio político é complicado de lidar. Há questões que travam o desenvolvimento saudável da cidade. É triste, mas uma grande verdade.

Hercílio Luz: Time visa melhorar a parte física

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Maycon Vianna
Tubarão

Depois da apresentação do elenco principal do Hercílio Luz, na noite de quarta-feira, os jogadores voltaram aos treinamentos na tarde de ontem. O técnico Grizzo comandou um treino tático em um campo reduzido no gramado do Estádio Anibal Costa. “O tempo de avaliação dos atletas já passou. Agora, temos que nos concentrar em dar um padrão tático para a equipe para as primeiras partidas da Divisão Especial”, destaca o treinador.

Uma das novidades do time é a volta aos treinamentos do habilidoso Rodrigo Silva. Ele estava contundido desde o amistoso contra o Colégio Brasil, na semana passada, quando levou um pisão no pé.
O jogador correu em volta do gramado e afirmou estar recuperado da lesão que o incomodou por cerca de dez dias.

O preparador físico Adilson Fauth (foto) garante que o grupo está com o condicionamento quase próximo do ideal para a estreia no estadual. “Temos um trabalho físico feito diariamente em dois períodos. Agora, é preparar os atletas para o amistoso contra o Criciúma, segunda-feira”, revela o preparador.
Grizzo deve manter o esquema 3-6-1 do último amistoso. O atacante Édson Bugrão, que jogava na China, é o homem gol dos hercilistas. “Ainda aguardamos da chegada do Richard, mas parece que houve alguns problemas e talvez ele não venha mais. Aqui temos um grupo e todos estão capacitados para vestir a camisa da equipe titular do Hercílio Luz”, ressalta Grizzo.

Feto é encontrado carbonizado

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Amanda Menger
Cap. de Baixo

A chuva e o vento frio levaram o funcionário público da prefeitura de Capivari de Baixo Geraldo Francisco da Rocha, o Baiano, a voltar mais cedo para casa ontem e encontrar algo que chocaria a região. Por volta das 9 horas, ele foi colher quiabo e outras verduras que planta em um terreno perto de sua casa, na rua João Ernesto Ramos, no centro de Capivari. Embaixo de algumas madeiras, havia uma sacola. Ao abrir o saco, o susto:

“Eu fiquei pensando se o que estava vendo era real, que dentro da sacola tinha um feto humano. Chamei uma das meninas que trabalham na Casan (o escritório fica em frente ao terreno). Uma delas foi olhar e constatou que era, de fato, um feto humano. Logo em seguida, as polícias Militar e a Civil chegaram junto com o pessoal do Instituto Médico Legal (IML) e levaram o feto. Era um menino”, conta Baiano.

Segundo o funcionário público, é comum as pessoas jogarem sacolas com lixo no terreno. “Sou curioso e sempre recolho o lixo que jogam aqui. Mas, geralmente, quando vou colher os produtos, vou primeiro no fundo do terreno e hoje (ontem) não, parecia que tinha algo que me guiava para a pilha de madeiras. Não foi agradável, mas tem que encarar a situação”, relata o funcionário público.

No fundo do terreno, havia marcas de fogueira. “Tinha uma caixa de sapatos, de papelão, um pouco queimada. Deve ter sido ali que tentaram queimar o corpo, mas o feto não queimou todo, foi mais na cabeça. Dentro da caixa, ainda estava a placenta e muito sangue. Talvez tenham desistido de queimar e colocaram o corpo na sacola”, supõe Baiano.

Um dos funcionários da Casan disse ter visto uma mulher na tarde de quarta-feira dentro do terreno. “Na hora, ele não deu bola, pensou que fosse a minha esposa ou outra vizinha. Hoje (ontem), é que ligou os fatos, pode ser que não tenha nada a ver também”, diz Baiano.

Laudo do IGP indica um aborto

O feto encontrado ontem pela manhã em Capivari de Baixo era mesmo de um menino, com sete meses de gestação. As informações fazem parte do laudo da necropsia realizado ainda ontem, pelo médico Volnei David Pereira, do Instituto Geral de Perícias (IGP). O exame constatou ainda que o feto nasceu morto. Somente as costas não foram queimadas.

O resultado da perícia norteará os trabalhos da Polícia Civil de Capivari de Baixo. O delegado responsável pelo caso, Daniel Garcia, trabalhava até ontem, antes do laudo ser concluído, com duas linhas. “Se a criança tivesse nascido viva, poderia indicar um parto induzido ou prematuro seguido por infanticídio, ou seja, a morte da criança. Como nasceu morto, isso indica que foi um aborto, o que muda a nossa forma de agir”, explica o delegado.

Ainda ontem, o delegado recebeu a lista com as gestantes que são acompanhadas em postos de saúde do município e de Tubarão. “Pode ser também que seja uma mulher que tenha escondido a gravidez. Vamos retomar as investigações amanhã (hoje), seguindo esta linha do aborto”, afirma Daniel.

A legislação brasileira prevê que o aborto só pode ser realizado em três situações: gestação causada por estupro; feto anencéfalos; e casos em que a continuidade da gravidez indique risco à vida da mãe. Em outros casos, o aborto é crime com punição de um a três anos de detenção para a mãe e de um a quatro anos para quem auxilia na interrupção da gravidez.

Crimes com crianças chocam opinião pública

O caso do feto de sete meses encontrado em Capivari de Baixo deixou os moradores da cidade chocados. O funcionário público Geraldo Francisco da Rocha, o Baiano, que encontrou a sacola com o menino, ficou impressionado. “Em 58 anos de vida, nunca vi nada igual, nem gostaria de ter visto também. É muito triste”, desabafa.

Para o médico psiquiatra Braúlio Escobar, de Tubarão, é difícil analisar uma situação desta. “É muito difícil fazer qualquer avaliação sem conhecer o contexto todo, não sabemos o que de fato houve, se a mãe foi obrigada, qual o histórico psiquiátrico dela. As investigações da polícia é que poderão esclarecer os detalhes”, afirma. Segundo ele, o crime causa impacto por envolver crianças. “Pelos valores da nossa sociedade, a criança tem que ser protegida e, quando ocorre uma agressão, ficamos chocados, a nossa reação é repudiar estes atos violentos”, diz o psiquiatra.

De acordo com Braúlio, o fato de cometer um crime como assassinato pode indicar que há algo errado. “Há casos que são puramente criminosos ou em decorrência de alguma doença psíquica anterior. Há estudos que mostram que uma a cada cinco mulheres grávidas apresenta quadros de depressão pós-parto, porque a oscilação hormonal é muito grande. Esse desequilíbrio hormonal pode causar alucinações e a mãe pode ver a criança como um problema, uma ameaça, e pode tentar agredir ou abandonar o filho. Já abortos, podem ser consequência de pressões sociais, como uma gravidez indesejada, ou outras particularidades que dependem do contexto”, explica Braúlio.

Paredão dos Correios: Empresa fará a obra em 2010

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Zahyra Mattar
Tubarão

A comitiva tubaronense que esteve na audiência com a direção dos Correios em Florianópolis trouxe uma ótima notícia: a empresa garantiu que removerá o paredão de pedras da avenida Marcolino Martins Cabral. “Os Correios não têm a intenção de atrapalhar o desenvolvimento local”, reiterou o coordenador de negócios dos Correios, José Aparecido Canassa.

O coordenador olhou com atenção o dossiê organizado pela comitiva e admitiu a necessidade de remover rapidamente o paredão. Como se trata de uma empresa estatal, a obra precisa estar com o projeto feito, orçado e aprovado para que os recursos estejam inclusos no orçamento da União do próximo ano. Neste ano, não será mais possível executar a obra, mas Canassa informa que a calçada será arrumada para minimizar o transtorno dos pedestres. “Isto será feito em breve”, anunciou.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tubarão, Walmor Jung Júnior, confessa que saiu um tanto surpreso da reunião. “Não imaginava que seríamos tão bem recebidos e que a diretoria nos reservava esta surpresa. Canassa prometeu que o esgoto da calçada será retirado rapidamente. Ele também nos esboçou como pretende deixar o local sem o paredão”, comemora.

O muro dos Correios faz fundos à área da agência central da estatal. Ao todo, são 30 metros de extensão de pedra. O paredão foi construído, com autorização do poder executivo, antes mesmo de existir a avenida Marcolino Martins Cabral, hoje principal ponto do comércio tubaronense.

A comitiva
A comitiva é formada pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tubarão, Walmor Jung Júnior; pelo presidente do Sindilojas, Alberto Botega; pelo presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Eduardo Silvério Nunes; secretário da indústria e comércio da prefeitura, Estener Sorato da Silva Júnior; pela presidenta da Associação das Donas de Casa e Consumidores (Adocon) de Tubarão, Reneuza Marinho Borba; e pelo presidente da Federação das CDLs, Sérgio Alexandre Medeiros.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Retornam situações relativas às finanças e aos negócios, para que você tenha outro olhar sobre elas e resolva pendências. É também um período de reconhecimento do que é valioso. Da preciosidade do afeto e da criatidade.

Touro (20/04 a 20/05)
Mercúrio em movimento retrógrado retorna ao seu signo, indicando que você repensará muitas questões que considerava estabelecidas. É preciso ser flexível, reconsiderar certezas e ouvir a voz interior.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Agora que Mercúrio volta a atuar no signo anterior ao seu você tende a ficar mais introspectivo. Deve avaliar suas atitudes e rever idéias, considerando outras possibilidades. Reflexões sobre afeto, finanças e valores.

Câncer (22/06 a 22/07)
Inicia agora um período de revisão de recentes projetos junto a grupos ou instituições. Coisas que precisam ser reavaliadas e corrigidas, para um melhor resultado. Outros valores são colocados como essenciais.

Leão (23/07 a 22/08)
Reflexão sobre trabalho e finanças se faz necessária. Como também sobre os valores emocionais, que são importantes. Deve ser flexível, evitando a teimosia, porque o que deu certo no passado ou foi valioso pode ter perdido a importância.

Virgem (23/08 a 22/09)
Leve com você as lições do atual período, pois elas promoverão uma mudança profunda de valores e ideais. As coisas tendem à lentidão; é preciso paciência para lidar com os fatores atuais e reconhecer que são ensinamentos duradouros.

Libra (23/09 a 22/10)
Não há resistência a mudanças que as impeça de acontecer, libriano. Então, melhor é seguir o fluxo da vida, que pede a você desapego e compreensão das dimensões além da matéria.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Deverá conversar novamente sobre pontos que julgava esclarecidos em seus relacionamentos. Algumas pessoas ou situações retornam, porque há algo a ser reavaliado com elas.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Suas ideias serão testadas na prática, para ver seu valor e aplicabilidade. Tendência a se acomodar em antigas situações. Entretanto, uma força evolucionária o leva a se aprimorar em novas habilidades e valores.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Inicia hoje e se estende até o final do mês um período em que você terá de rever questões afetivas. É imprescindível que tenha uma postura flexível, pois a teimosia levará a conflitos.

Aquário (20/01 a 18/02)
Os aquarianos terão de rever, até o final de maio, questões relativas à família, imóveis e à privacidade. Tendência introspectiva com preocupações relacionadas à estabilidade e segurança. Deve utilizar a energia atual para desenvolver a sensibilidade.

Peixes (19/02 a 20/03)
A reconsideração de idéias e valores caracteriza o atual momento. Bom período para rever trabalhos criativos e estudos, buscando o aprimoramento.

Profecia e ignorância

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O ser humano é tão complexo que mesmo estando errado não admite jamais o próprio erro. Não é novidade ver ou ouvir alguém opinando e dizendo-se ter a fórmula ideal para melhorar o mundo. Pior que isto é a artimanha execrável do grupo de manipuladores que agem como se tivessem absoluto poder de autoridade máxima. Os que se “autointitulam” donos da razão acabam provocando atrocidades contra a própria ignorância humana.

Conta-nos a história que, desde a era inicial, mesmo sendo número pequeno de pessoas na época, já havia fortes tendências de discussões em torno de como agir e seguir a verdadeira lei divina. Com o passar dos tempos e com a natural transformação sócio-cultural, as mudanças teológicas também avançaram rapidamente em todo o universo e, com elas, surgiram milhares de religiões e seitas espalhadas por todo mundo. Hoje, as doutrinas estão em todas as partes – são bilhões de pessoas com diferenças ideológicas e que se concentram nos templos, igrejas e nos mais diversos locais considerados sagrados para o fortalecimento da fé através de cultos prestados a sua divindade.

Bom, como fiel cristão que sou, é indigno, no meu modo de entender, atitudes e exageros cometidos por um conjunto de indivíduos que se dizem preparados a professar fundamentos filosóficos, no mínimo, estranhos e comprometedores à raça humana, especialmente as camadas mais humildes e desprovidas de conhecimentos culturais e religiosos. Quem conhece um pouco a Bíblia está bem explícita (em Jo 2,15 s) a cena da expulsão dos vendilhões do templo. Jesus, quando caminhava com a multidão, ao longo de sua missão, refletia profundamente sobre a serenidade interior para a misericórdia aos pecadores e sofredores. Para não pairar nenhuma dúvida entre seus seguidores, dizia que toda a área que circunda o centro do Templo, denominado “o santo dos santos” é também santa.

Significativas eram suas palavras aos que vendiam ovelhas e bois: Tirai tudo isto daqui, não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio. Sejamos purificados interiormente pela presença amorosa de Jesus e nossa vida seja toda ela voltada para Deus no serviço “despretensioso” aos nossos irmãos e irmãs. Faço essa observação para mostrar e alertar as autoridades corretas (se é que ainda existem) que, vergonhosamente, não há sentido algum de respeito sobre o princípio básico e sublime da lei de Deus. Já que vem ao caso: quem poderia dar um basta nisto tudo!? É necessário banir de vez os falsos, oportunistas e pseudo-profetas que usam aleatoriamente o nome de Jesus e de Deus para manipular, exorcizar e extorquir dinheiro da massa desinformada e extasiada.

Em qualquer situação da vida cotidiana, devemos, sim, pormenorizar as atitudes destes supostos líderes que existem aos montes na heterogênea sociedade. A maneira clássica que eles utilizam para argumentar não quer dizer curar, tampouco salvar ninguém. Outro ponto que curiosamente alimenta muita dúvida entre os seres humanos diz respeito ao dinheiro e à felicidade. Essa é uma pergunta que muitos pensam que sabem a resposta exata, mas, na realidade, não. É óbvio que se trata de um assunto bastante confuso, até porque pode-se analisar o fato em questão de diversos ângulos. O que para alguns pode parecer importante, para muitos não é o suficiente. O dinheiro, em tese, consegue equilibrar situações financeiras, porém, não equaciona o entendimento sentimental das pessoas. Quem tem em abundância, às vezes, não reconhece o real valor. Já os que possuem pouco, lamentam a falta de sorte para o que classificam de complemento da felicidade.

Embora com tanta fortuna, boa parte dos ricos sofre na mesma proporção da classe oprimida, os (chamados) pobres. Felicidade não se compra, no entanto, ameniza pelo menos o sofrimento e angústia de milhares criaturas que vivem abaixo da linha da pobreza. Se o capitalismo selvagem proporciona tranquilidade para poucos, ao contrário, atormenta a grande maioria da humanidade. Quero aqui afirmar que não se trata de nenhuma crítica a quem quer que seja, é apenas uma forma de avaliação coerente, compreensiva e com discernimento em defesa de todos aqueles se esforçam para sobreviver neste espaço disputadíssimo e misterioso que é o planeta Terra. Poder e ignorância caracterizam suposições meramente subjetivas.

Feagro 2009: Leilão é a novidade neste ano

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Como em todas as feiras, o objetivo principal é expor novidades e tecnologias inéditas a respeito de alguma atividade desenvolvida na cidade ou na região onde o evento é realizado. Consolidada como uma das maiores feiras do agronegócio do estado, a organização da edição deste ano da Feagro Vale (que ocorre de 3 a 7 de junho) também tem esta meta. Tanto é que este ano a feira-festa terá várias inovações.

Uma delas será a promoção de um leilão de elite do gado leiteiro. A inclusão na programação é oficializada pelo presidente da feira, Edésio Volpato. O leilão ocorrerá no terceiro dia da Feagro Vale, dia 5, sexta-feira. Apenas animais premiados participarão do evento. Até o momento, 30 bovinos estão cotados para serem leiloados, entre os quais 25 são da raça Jersey e cinco holandês.
Além desta novidade, os organizadores preparam um pavilhão apenas para a exposição de suínos, outro apenas para gado de corte e um terceiro para o restante dos animais (equinos e ovinos, entre outros). A parceria da Feagro com o CTG também rendeu frutos neste ano.

Um acordo com o patrão geral, Bertilo Borba, fez com que parte de um córrego que passava ao lado do parque da feira fosse canalizado e coberto. Isto fez com que a oferta de espaço para estacionamento fosse aumentado. Outras atrações como palestras, dois tribailes (quando três bandas animam a festa durante a noite), os shows, como os dos sertanejos Elipe e Elon e dos comediantes Fiofó e Farofinha, também integram a programação.

Aposta na feira
A edição deste ano da Feagro Vale também mostra o trabalho sério desenvolvido pelos organizadores. Isto pode ser observado na quantidade de órgãos e entidades que apostam no sucesso da feira e patrocinaram o evento. Entre os destaques, estão a prefeitura de Braço do Norte, governos estadual e federal, deputado Júlio Garcia (DEM), Casan, Cerbranorte, laticínio Da Rolt, CooperAlfa, CRV Lagoa, Tractebel Energia e Senar.

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