O ex-prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn Souza, foi solto após mais de um ano em prisão preventiva. Ele havia sido condenado em primeira instância a 64 anos de prisão por organização criminosa e corrupção no âmbito da Operação Mensageiro, que investiga fraudes em contratos de coleta e destinação de lixo em diversas cidades de Santa Catarina.
Ex-prefeito era o último ainda preso
Deyvisonn era o último dos 17 prefeitos que chegaram a ser detidos durante a operação a permanecer no sistema prisional. A decisão que revogou a prisão preventiva foi assinada pela desembargadora Cinthia Schaefer na última sexta-feira (26).
A magistrada levou em conta o longo período já cumprido em prisão preventiva e a ausência de previsão para o julgamento do recurso apresentado pela defesa.
Medidas cautelares impostas
Embora solto, o ex-prefeito terá que cumprir restrições determinadas pela Justiça:
-
Uso de tornozeleira eletrônica.
-
Manter endereço atualizado junto ao Judiciário.
-
Comparecimento a todos os atos processuais.
-
Proibição de sair da região de Laguna por mais de sete dias sem autorização judicial.
-
Proibição de deixar o país.
Histórico da prisão
Deyvisonn foi preso pela primeira vez em dezembro de 2022. Em julho de 2023, renunciou ao cargo de prefeito de Pescaria Brava e, em setembro do mesmo ano, chegou a ser libertado. Porém, em julho de 2024, voltou à prisão por decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e foi condenado dois meses depois.
A Operação Mensageiro em números
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação, iniciada em 2022, já teve seis fases e alcançou os seguintes números:
-
45 pessoas presas preventivamente.
-
17 prefeitos em exercício chegaram a ser detidos.
-
316 mandados de busca e apreensão cumpridos.
-
66 pessoas respondem a processos criminais.
O município de Pescaria Brava, no Sul catarinense, tem pouco mais de 10 mil habitantes e foi fundado em 2012.