Carta aberta do Unicef destaca prioridades para candidatos às eleições municipais de 2024
O Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) divulgou nesta quarta-feira (21) uma carta aberta aos candidatos das eleições municipais de 2024. O objetivo é que os postulantes aos cargos públicos assumam compromissos para garantir os direitos de crianças e adolescentes, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A carta enfatiza que o foco nas crianças e adolescentes é uma oportunidade para transformar a agenda política e promover mudanças significativas para a população atual e futuras gerações.
Prioridades do Unicef para a infância e adolescência
A carta aberta do Unicef destaca cinco prioridades principais:
- Proteção contra violências: Entre 2021 e 2023, mais de 15 mil crianças e adolescentes morreram de forma violenta no Brasil. O Unicef solicita ações concretas para prevenir, identificar e tratar casos de violência.
- Resiliência climática: Ondas de calor, enchentes e secas afetam 40 milhões de crianças e adolescentes no país. O Unicef pede medidas de antecipação das mudanças climáticas e parcerias com comunidades para proteger o desenvolvimento infantil.
- Saúde e nutrição: Em 2023, mais de 100 mil crianças não haviam recebido vacinas essenciais. O foco deve ser na universalização da imunização e combate à má nutrição desde a primeira infância.
- Educação: Com 44% das crianças brasileiras não alfabetizadas na faixa etária esperada em 2023, são necessários investimentos para garantir o acesso universal à educação e melhorar a qualidade do ensino.
- Proteção social: A pobreza multidimensional afeta 60,3% das crianças no país. O Unicef pede políticas municipais que priorizem a proteção social dos mais vulneráveis.
Medidas recomendadas para cada prioridade
O Unicef orienta os candidatos sobre como se posicionar em relação a essas prioridades. Em proteção contra violências, são sugeridas ações multissetoriais para prevenir e tratar casos de violência. Para resiliência climática, recomenda-se antecipação das mudanças e parcerias com comunidades para mitigar riscos. No campo da educação, o foco deve ser em combater a evasão escolar e promover a alfabetização. Em saúde, a prioridade é garantir a imunização universal e combater a má nutrição. E, para proteção social, a instituição sugere políticas que atendam aos mais vulneráveis e combatam a pobreza multidimensional.
Fonte: Agência Brasil
