Jailson Vieira
Tubarão
Com a chegada do verão, os cuidados especiais com a saúde não devem ser apenas com as crianças, jovens, adultos ou idosos. Os animais domésticos também precisam de atenção ainda maior quando a estação mais quente do ano chega. O calor intenso e o grau de umidade do ar interferem diretamente no mecanismo de defesa dos animais.
De acordo com o médico veterinário da Agropecuária Nunes, em Tubarão, Léo Fraga, os animais têm uma dificuldade maior com a troca de calor. “Os cães devem ficar protegidos do sol, principalmente os da raça braquicefálicos (com focinho mais achatados). Eles não podem ter muito contato com o calor. A caminhada com esses animais deve ocorrer logo cedo ou mais no fim da tarde, quando a temperatura está mais adequada”, explica.
Entre as raças que mais sofrem com os efeitos estão: Bernese, Husky Siberiano, Malamute do Alasca e Chow Chow, devido à abundante pelagem. Cães com o focinho curto – como Boxer, Buldogue Inglês, Buldogue Francês e Pug – e gatos persas também são menos tolerantes ao calor.
Alguns animais sem pigmentação ou de pelagem mais clara são sensíveis aos raios solares. Neste caso, a sugestão do especialista é utilizar protetores solares específicos para pets.
Conforme o profissional, sem glândulas sudoríparas, os pets transpiram pelos coxins, as almofadinhas das pastas, e pela língua. Por isso, eles ficam com frequência com a boca aberta, para que o ar frio consiga resfriar o corpo. “Nos casos de hipertemia ou desconforto é bom dar um banho no animal com água gelada. A temperatura do cão deve estar entre 38 ou 39,2 Cº, Se as temperaturas estiverem acima do indicado e caso a coloração da língua fique cianótica (roxa) deve-se procurar um médico veterinário o mais rápido possível”, orienta.