A história dos vinhos de altitude da Serra Catarinense tem um nome importante: Vilson Borges. Desde 1995, ele tem sido um dos responsáveis por transformar o que era uma aposta incerta em um símbolo de identidade regional. Dono da Casa do Vinho, com unidades em São Joaquim, Lages e Urubici, Vilson começou sua jornada quando a região ainda nem produzia rótulos próprios, ajudando a abrir espaço para uma das bebidas mais reconhecidas da região hoje.

De “Vilson da Brahma” ao ícone do vinho serrano
Antes de se tornar referência no mundo dos vinhos, Vilson era conhecido, em toda Serra Catarinense, como “Vilson da Brahma”, por sua atuação no setor cervejeiro. Em 1995, decidiu mudar de rota e se dedicar aos vinhos. Com formação como sommelier, começou vendendo vinhos comuns. Mas foi em 2004, com os primeiros rótulos de São Joaquim, que a Casa do Vinho deu início à sua verdadeira missão: mostrar o potencial dos vinhos de altitude de Santa Catarina.
- Em 2004, começou a vender os primeiros rótulos locais.
- Enfrentou resistência inicial, mas conquistou espaço com persistência.
- Hoje, muitos restaurantes da região usam apenas vinhos catarinenses.

A produção de altitude exige paciência e técnica
Produzir vinho em altitudes acima de 900 metros, como é o caso da Serra Catarinense, demanda tempo e dedicação. O processo completo, do plantio à garrafa, leva ao menos quatro anos. Isso garante vinhos encorpados e com alto teor alcoólico — sem a necessidade de aditivos — graças à maturação lenta das uvas em clima frio.
- O clima ajuda a concentrar o açúcar nas uvas.
- Os vinhos chegam a ter até 16% de teor alcoólico.
- A maturação prolongada traz elegância e complexidade à bebida.
Enologia e criatividade elevam o vinho catarinense
Para Vilson, o papel do enólogo é essencial. Ele destaca o “Comendador”, um blend de cinco castas criado na Casa do Vinho, como exemplo do que o terroir – conjunto de fatores entre naturais e humanos que determinam o cultivo da uva e a qualidade do vinho de determinado local – serrano pode oferecer. Os vinhos da região já conquistaram prêmios dentro e fora do Brasil, reforçando sua reputação de excelência.
- O blend “Comendador” representa a identidade local.
- Vinhos potentes e elegantes nascem da combinação entre solo, clima e técnica.
Sustentabilidade e experiência sensorial marcam a Casa do Vinho
A Casa do Vinho recebeu em 2025 o selo “Serra Catarinense Sustentável Verde”, da Prefeitura de São Joaquim, reconhecendo o compromisso ambiental e o atendimento diferenciado da loja. Para Vilson, a experiência sensorial é prioridade. Ele afirma que quem entra triste na loja precisa sair feliz — filosofia que traduz o espírito acolhedor e apaixonado do empreendimento.
- Selo ambiental reconhece boas práticas sustentáveis.
- Atendimento próximo e humanizado é parte do diferencial da loja.
- Redução de impostos sobre vinhos é uma das bandeiras defendidas por Vilson.


