Cleber Latrônico
Tubarão
No alojamento do Peixe, no Domingos Gonzáles, o visual de alguns atletas, e até mesmo de membros da comissão técnica, passa pelas mãos do zagueiro Léo Breno. O jogador faz um curso profissionalizante de cabeleireiro, em Tubarão, e aproveita os colegas de clube para exercitar o ofício que pretende seguir, após pendurar as chuteiras.
“Minha mãe tinha um salão lá em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Então eu cresci vendo ela fazer escovas, cortes. Estou aprendendo para ajudá-la no futuro. Além disso é uma coisa que gosto de fazer”, revelou Léo.
A profissão paralela, garante o atleta de apenas 25 anos, é para garantir o futuro: “A gente tem que pensar em fazer outra coisa além do futebol. É uma carreira curta”, ensina.
No alojamento dos jogadores atleticanos, Léo Breno improvisa um salão de beleza e faz sucesso. Colegas dizem que marcar hora com o mais novo cabeleireiro não é fácil.
“Já cortei os cabelos do Douglas, do Lessa, do Leandro Branco. O mais difícil foi o corte do Adriano Camilo, porque ele é um pouco calvo”, entrega o zagueiro.
Léo não cobra pelos serviços, mas os amigos sempre deixam uma gorjeta para ajudar a financiar seu curso. Perguntado se o técnico Grizzo já teria pedido para cortar o cabelo, Léo Breno não contém os risos.
“Tá na fila, tá na fila. Para o chefe é de graça, até porque depois que conquistarmos o acesso, ele nos levará a uma churrascaria, como bom gaúcho que é”, brinca Léo.
Licão garante Grizzo
O dia de ontem no Domingos Gonzáles parecia dentro da normalidade. Mas, um boato sobre uma possível troca de técnico fez com que os telefones dos dirigentes não parassem de tocar. As especulações eram de que, por causa dos resultados negativos em jogos-treinos e por Grizzo ter sido convidado para trabalhar no Criciúma, uma reunião poderia definir sua saída.
Porém, o presidente do Peixe, Dorli Rufino, o Licão, tratou logo de desmentir o boato. “Ele nem estreou e já querem derrubá-lo? Não tem nada de reunião”, garantiu Licão. Grizzo realizou poucos treinos coletivos, por conta dos campos de Tubarão estarem alagados.
As constantes lesões de jogadores, também atrapalharam o técnico. “Nos jogos-treinos tive muitos desfalques e poupei atletas no segundo tempo dos jogos. O que acabou por influenciar no placar destes testes”, justifica Grizzo.