
Mirna Graciela
Tubarão
As informações divulgadas com exclusividade pelo Notisul na edição de fim de semana, sobre a invasão de dois rapazes armados à Escola Estadual Alda Hulse, em Tubarão, serão tomadas como alerta para impedir que o pior ocorra. Atitudes são imprescindíveis, antes que seja tarde demais…
É preciso levar em conta que cada caso é um caso, mas investir em segurança é cada vez mais necessário. A união deve, mais do que nunca, prevalecer. Pais, educadores e sociedade em geral têm a obrigação de discutir o assunto juntos, incansavelmente.
O secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura, visitou algumas escolas na tarde de ontem para avaliar a segurança. Entre elas, a Alda Hulse. “Fui conversar com pais de alunos. Este assunto não é só de uma escola. Não é só lá. Precisamos rever nossos conceitos. Não adianta tratar violência com violência”, alerta o secretário.
Para Dura, por mais que proteja fisicamente uma instituição de ensino, há outros pontos a serem considerados. “Esta lei do menor tem que mudar. Um garoto de 13 anos foi lá e mostrou uma arma, isto é um absurdo. Temos que partir de um processo de resgatar nossos valores, como era na época de nossos pais. Tem que voltar o respeito, a compreensão e muito diálogo”, apontou Dura. E lembrou que não deve ocorrer generalização. “O que houve no Rio de Janeiro não deve ser comparado. Trata-se de um fato isolado”, analisou.
Alda Hulse e Célio Coelho Cruz são as primeiras da lista
Se por um lado é necessário trabalhar a formação educacional e psicológica, por outro é preciso também precaução. O secretário regional, Haroldo Silva, o Dura, disse que, em um primeiro instante, colocará grades de proteção na Alda Hulse e na Célio Coelho Cruz (ambas no bairro São João ME).
“Estou tomando providências no sentido de melhorar a segurança física nas escolas, medidas que não podemos deixar de fazer. Vamos trabalhar mais a questão segurança, no que se refere à proteção física, bem como na entrada, na identificação das pessoas. Mas acredito que o problema é mais abrangente. Existem outras questões a serem pensadas”, analisou.
Recorde o caso
Desde o início da semana passada, a Escola Estadual Alda Hulse, em Tubarão, foi vítima de adolescentes mais de uma vez. Em uma das ‘visitas’, eles invadiram a escola e assustaram alunos.
Um menor portava uma arma e ameaçou funcionárias. Foi pedido que se retirassem. Mas, no dia seguinte, retornaram, acompanhados de mais dois. A polícia foi acionada. Atitudes como levantar a camiseta e mostrar a arma para outras crianças, em uma postura de poder, ocorreram. Alguns são ex-alunos.