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Abrasel defende desoneração da folha para reduzir a informalidade

Abrasel propõe desoneração da folha para reduzir informalidade em bares e restaurantes e estimular empregos formais a partir de 2026.
FOTO Natália Viana Abrasel Divulgação Notisul

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel SC) apresentou em Brasília um plano de reestruturação para o setor de alimentação fora do lar. O documento, elaborado a partir de um estudo inédito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), propõe a desoneração da folha de pagamento como forma de estimular a formalização de empregos, aumentar a produtividade e garantir crescimento às empresas.

Setor representa milhões de empregos e forte impacto econômico

O setor de bares e restaurantes tem grande peso na economia nacional:

  • Gera 4,9 milhões de empregos, o que representa 7,9% do total no país.

  • Responde por 5,3% do PIB brasileiro.

  • A cada R$ 1.000 gastos no setor, R$ 3.650 retornam para a economia.

Para Juliana Débastiani, presidente da Abrasel SC, a relevância é também social. “Trata-se de um setor pujante, com grande impacto na economia e também um berço do primeiro emprego para muitos brasileiros”, destacou.

Endividamento ainda preocupa bares e restaurantes

Mesmo com sua importância, o setor ainda lida com as consequências da pandemia. Segundo o levantamento da FGV:

  • 30% das empresas estão endividadas.

  • 75% dos negócios endividados não conseguem honrar parcelamentos.

Diante desse cenário, a proposta da Abrasel prevê a isenção de encargos sobre o primeiro salário mínimo em novas contratações, a partir de 2026. A medida ajudaria a transição do Simples Nacional para o novo modelo tributário.

Proposta busca reduzir a informalidade no setor

Atualmente, 41% dos trabalhadores do setor estão na informalidade. Para Juliana, a desoneração é essencial para mudar esse quadro. “Poderíamos reduzir em até 10% a informalidade já nos dois primeiros anos, com baixo custo para o governo e preservando a competitividade das empresas”, reforçou.

A expectativa é que, com apoio dos parlamentares, o plano avance no Congresso e se transforme em política pública capaz de fortalecer o setor, gerar empregos formais e contribuir para a economia do país.

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