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A Associação Empresarial de Araranguá (ACIVA) formalizou um posicionamento contrário ao modelo de financiamento proposto para a obra do Morro dos Cavalos, no Norte de Santa Catarina. A entidade encaminhou ofícios a lideranças regionais alertando para possíveis impactos negativos ao Extremo Sul do Estado.
Preocupação com aumento das tarifas
Segundo a ACIVA, informações preliminares apontam que o custo da obra poderia resultar em um aumento de até duas ou três vezes no valor do pedágio cobrado no trecho sul da BR-101. Para a entidade, isso penalizaria diretamente moradores, trabalhadores e empresas da região, que não seriam beneficiados pelas melhorias previstas, mas arcariam com a maior parte do custo.
A associação lembra que, quando o sistema de pedágio foi implantado com quatro praças no Sul de SC, houve a garantia de valores reduzidos justamente para não prejudicar a economia regional e a mobilidade da população. A entidade vê o novo modelo como uma ruptura desse acordo.
Risco para a competitividade econômica
Para a ACIVA, o impacto tarifário comprometeria a competitividade do Extremo Sul ao elevar custos logísticos, de transporte e produção. A entidade afirma que o setor produtivo já enfrenta desafios significativos e que a elevação das tarifas agravaria o cenário.
Mesmo assim, reconhece a urgência da obra no Morro dos Cavalos, considerada estratégica para a mobilidade estadual. A entidade, porém, reforça que o investimento não deve ser custeado de forma desproporcional pela região sul, que não é diretamente beneficiada.
Alternativas propostas
Como solução, a ACIVA propõe ampliar o prazo de concessão da empresa responsável pela rodovia, distribuindo o investimento ao longo de um período maior e evitando aumento imediato nas tarifas.
Caso algum reajuste seja inevitável, a entidade defende que ele incida exclusivamente sobre a praça de Paulo Lopes/Palhoça, diretamente ligada ao trecho que receberá as melhorias do Morro dos Cavalos.
Acompanhamento das discussões
A associação também informou que continuará acompanhando as tratativas junto aos órgãos federais, estaduais e à concessionária, defendendo o que considera uma solução “justa, proporcional e tecnicamente adequada” para o Extremo Sul.
Ao final do posicionamento, a ACIVA enfatiza que a região não pode continuar assumindo custos que não lhe competem e cobra uma decisão que respeite os princípios de equilíbrio econômico, justiça tarifária e desenvolvimento regional.

