Em cidades como São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra, o frio das manhãs é recebido com lareira acesa, café forte e um ritmo de vida que valoriza o aconchego e os pequenos rituais.
Frio inspira um despertar mais lento e cheio de afeto
Quando o dia nasce sob temperaturas negativas na Serra Catarinense, não é só o gelo que toma conta da paisagem. Dentro das casas, um outro tipo de calor se espalha: o das lareiras acesas, das cobertas pesadas e do cheiro de café passado na hora.
Em muitas moradias e pousadas de São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urubici, o frio é mais que uma estação: é parte do estilo de vida. Antes mesmo do amanhecer, gravetos são empilhados com cuidado e a lareira vira o centro das atenções. O estalar das chamas embala o despertar sereno e sem pressa, típico das manhãs no alto da serra.

O café tradicional é símbolo de acolhimento
Na Serra, o café é mais que uma bebida quente — é um ritual. Em muitas propriedades rurais, ele é feito à moda antiga: grãos moídos na hora, fervidos em chaleira de ferro e coados no pano. Servido em canecas esmaltadas, o aroma invade os ambientes e aquece o corpo e o coração.
Ao lado do café, a mesa do café da manhã costuma ter:
Pão caseiro com manteiga derretendo,
Bolo de fubá recém-saído do forno,
Pinhão cozido,
Cachaça artesanal ou licor de jabuticaba para dar um toque a mais de calor.
Vidros embaçados e silêncio completam o cenário
Do lado de fora, a paisagem branca e serena forma uma moldura que contrasta com o calor interno das casas. O frio que antes poderia parecer incômodo vira pano de fundo para uma rotina desacelerada, cheia de significado e simplicidade.
A manhã fria se transforma em algo mais profundo: uma pausa no tempo, onde o silêncio, a introspecção e os pequenos prazeres são celebrados. Esse ritmo mais calmo é parte da identidade cultural da Serra Catarinense.
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