Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou a presença de cocaína, antibióticos, sedativos e outros contaminantes na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O estudo, publicado em uma revista científica internacional, encontrou uma das maiores concentrações de cocaína já registradas no mundo, levantando preocupações sobre os impactos ambientais na região.
Substâncias afetam fauna e flora
A pesquisa identificou 35 contaminantes emergentes na lagoa, incluindo:
- Antibióticos e anti-inflamatórios, que podem causar resistência bacteriana;
- Antidepressivos e sedativos, que afetam a fauna aquática;
- Cafeína e outras substâncias de uso diário, descartadas pela população.
Os pesquisadores alertam que, mesmo em pequenas concentrações, a exposição contínua desses elementos pode comprometer a biodiversidade local.
Como os contaminantes chegaram na lagoa?
Os resíduos chegam à lagoa principalmente pelo esgoto não tratado e pelo descarte inadequado de dejetos. Outras possíveis fontes incluem o uso de embarcações e o crescimento populacional da região.
Riscos para a saúde e monitoramento contínuo
Apesar da contaminação, o estudo não identificou riscos diretos ao consumo de peixes da lagoa. No entanto, os pesquisadores defendem um monitoramento contínuo para avaliar os impactos a longo prazo. A prefeitura de Florianópolis e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) prometeram analisar os dados e reforçar medidas de proteção ambiental.