Quase 50 mil pessoas que sobreviveram ou atuaram nos resgates após os ataques de 11 de setembro de 2001 foram diagnosticadas com cânceres associados às toxinas liberadas na tragédia. O número de mortes pela doença já supera as quase 3 mil vítimas fatais do atentado em Nova York.
De acordo com o Programa de Saúde do World Trade Center, 48.579 pessoas, entre bombeiros, policiais, voluntários e moradores da região, receberam diagnóstico de câncer relacionado à exposição prolongada à poeira e fumaça tóxica que tomaram Manhattan após a queda das torres gêmeas.
Mais vítimas duas décadas depois
O impacto do 11 de setembro não se restringe ao atentado em si. As nuvens formadas pelos escombros continham metais pesados, fibras de amianto e substâncias cancerígenas que permaneceram no ar por semanas. Quem respirou esse ambiente tóxico, especialmente socorristas e trabalhadores envolvidos nas buscas, acabou exposto a altos riscos de desenvolver doenças graves.
Relatórios oficiais apontam que o número de mortos em decorrência desses cânceres já supera as vítimas fatais do ataque de 2001, que deixou 2.977 mortos.
Acompanhamento de saúde
O Programa de Saúde do World Trade Center oferece acompanhamento médico, exames e tratamentos gratuitos para quem esteve na região no período e apresenta sintomas relacionados. No entanto, especialistas alertam que novos casos devem surgir nos próximos anos, já que alguns tipos de câncer têm desenvolvimento lento.