As incertezas diante da pandemia da Covid-19 que levou, praticamente, a população mundial ao isolamento social, acende agora o alerta da área de saúde para a chegada do frio e com ela a incidência de aumento do estado gripal provocados pela Influenza A. Uma das principais formas de se prevenir e/ou atenuar os sintomas é por meio da vacinação. Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da campanha, que começou em março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra Influenza não tem eficácia contra o coronavírus, mas auxilia na exclusão do diagnóstico.
O pneumologista Lars Escobar, do Centro Médico Unimed, lembra que as vacinas são extremamente importantes no leque de proteção a grupos de riscos, pacientes com 60 anos ou mais, cardiopatas graves, enfartados, portadores de arritmia revascularizados, diabéticos, inumes deprimidos, todos os pacientes com insuficiência renal, gestantes de alto risco e portadores de doenças pulmonares graves ou descompensados, dependentes de oxigênio e efizema pulmonar, entre outras doenças pulmonares graves.
Estes pacientes, segundo o médico, tendem a ficar mais propensos a desenvolverem complicações de infecções agudas a partir de algumas doenças preveníveis por vacinações. “Estas complicações incluem piora do estado funcional de doenças crônicas, hospitalizações e até a morte”, acentua.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia recomenda que se faça a vacina todos os anos para se proteger contra a gripe sazonal e tem também a vacina antipneumocócica para reduzir a possibilidade de se desenvolver uma doença pneumocócica invasiva. Além da pneumonia se tem a meningite que pode ser pela pneumococo.
A vacina contra Influenza, que é uma infecção viral com manifestações sistêmicas causa dados por vírus da família ortomixiviridae, são classificadas em subdivisões em três tipos distintos: A, B e C. “Temos assim a Influenza A associada as pandemias e doenças de maior gravidade e temos, também, a Influenza B associadas as pandemias regionais e a “C” ligada a pequenos surtos isolados com pouca relevância clínica”, ressalta Dr. Lars Escobar.
O pneumologista do Centro Médico Unimed pontua que a Influenza A é uma doença altamente transmissível, tanto diretamente por secreções respiratórias, como tosse e espirros, quanto por via indireta no contato das mãos em superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias seguidas em contato direto com boca, olhos e nariz.
Este quadro, segundo ele, esta associado a febre alta, encefalia, mal estar, dor muscular e sintomas respiratórios como tosse e coriza. Pode ocorrer conjuntivite e sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas e vômitos. Normalmente, diz Dr. Lars, pode haver, também, complicações como ortite média aguda, pneumonia viral ou bacteriana.
“A pneumonia é a complicação mais grave em alguns pacientes, apresentando maior risco para idosos, crianças com menos de dois anos, obesos, gestantes e indivíduos com doenças respiratórias ou cardíacas crônicas e metabólicas”, salienta.
Prevenção
O pneumologista lembra que, além da vacina é necessário se incorporar outras medidas de prevenção. Orienta que se deve evitar locais muito fechados com aglomerações de pessoas, contato com indivíduos gripados que podem passar mais facilmente a quem tem a imunidade baixa e que até aquele momento mantinha sua situação de saúde controlada.
“Não há necessidade de se ter este isolamento social da Covid, mas se deve evitar o contato direto por um quadro gripal e descompensando em uma pessoa que estava até aquele momento muito bem de saúde”, diz.
É importante, orienta, se manter os hábitos de lavar as mãos, evitar espirros e tosses direto nas pessoas. “São cuidados universais na prevenção de vias áreas superiores e que nunca devem ser abandonados”, acentua.
Quem não deve tomar este tipo de vacina são pacientes com histórico de hipersensibilidade a proteína do ovo ou outros componentes de vacinas. Se a opção for de vacinar esta pessoa, ela deverá acontecer em ambiente hospitalar. Já os pacientes com doença aguda moderada-grave descompensada naquele momento, devem esperar a recuperação.