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Curso de extensão restaura patrimônios culturais

Entre as obras restauradas está a tela ‘O Tribunal do Júri’, de Zumblick. - Foto: Divulgação/Notisul
Entre as obras restauradas está a tela ‘O Tribunal do Júri’, de Zumblick. - Foto: Divulgação/Notisul

Tubarão

Com o passar do tempo a pintura em tela perde a cor, amarela, escurece e fica relativamente doente. Neste sentido, restaurar uma obra de arte é como cuidar de um paciente. É preciso carinho, responsabilidade e respeito para tratar dos problemas que aparecem. Afinal, assim como uma vida é insubstituível, a obra de arte também é única. O artista não pode pintá-la de novo. É nisso que acredita, e ensina aos alunos, a professora de Conservação e Restauro de Bens Culturais e Históricos, Eleni Jardim, no curso de extensão ofertado pela Unisul de Tubarão. “Nós utilizamos as mesmas nomenclaturas da medicina para fazer a restauração de bens históricos. Por exemplo, enxerto, obturação e patologia”, conta.

Durante o curso, os alunos aprendem como diagnosticar os problemas e os melhores métodos de resgate. As peças restauradas no curso são do próprio acervo da Unisul e da Casa da Cidadania. “Esse trabalho necessita de extremo cuidado. Para isso, a Unisul fornece os materiais de uso químico, luvas, tecido para reposição e pincéis. O aluno só precisa vir com paciência para aprender”, detalha Eleni.

Entre as obras restauradas no curso está a tela ‘O Tribunal do Júri’, pintada em 1974 por Willy Zumblick. Quando chegou às mãos de Eleni, estava danificada por fezes de insetos e resíduos de nicotina. Recomenda-se que uma tela assim passe por uma higienização profunda há cada sete anos. “Provavelmente essa pintura já foi restaurada outras seis ou sete vezes até agora”, comenta a professora.

Para a coordenadora do curso de extensão, Valdézia Pereira, é mais que necessário valorizar os bens culturais. “Não sei se nós, brasileiros, temos a consciência sobre a importância da cultura material e imaterial, mas se a obra não for cuidada, ela morre. Isso vale para telas, esculturas, arquitetura e documentos em geral”, relata.

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