O empresário Elon Musk, CEO da Tesla, pode se tornar o primeiro trilionário do mundo após a aprovação de um novo e ambicioso pacote de remuneração. O plano, avaliado em US$ 878 bilhões, foi aprovado por 75% dos acionistas durante a assembleia anual da companhia, realizada nesta quinta-feira (6), em Austin, nos Estados Unidos.
O acordo prevê que Musk alcance a fortuna de US$ 1 trilhão se cumprir metas relacionadas à valorização de mercado da Tesla e à execução de projetos estratégicos, como o desenvolvimento de veículos autônomos e robôs industriais.
Pacote recorde e metas bilionárias
Para receber o valor integral, Musk precisa elevar o valor de mercado da Tesla de US$ 1,4 trilhão para US$ 8,5 trilhões nos próximos dez anos, além de colocar um milhão de robotáxis autônomos em operação comercial.
A magnitude do plano gerou críticas de analistas e investidores, mas o conselho da Tesla defende que o pacote é necessário para manter Musk no comando da empresa. Segundo a diretoria, o risco de perdê-lo justificaria o valor histórico.
Durante o evento, Musk celebrou com entusiasmo a aprovação, dizendo que a Tesla “está prestes a escrever um novo livro do futuro” e dançou no palco em meio a aplausos.
Foco em robótica e inteligência artificial
Apesar das expectativas do mercado em torno dos veículos elétricos, Musk destacou o robô humanoide Optimus como peça central da próxima fase da Tesla. O equipamento é projetado para executar tarefas repetitivas e, segundo ele, “todo mundo vai querer um robô Optimus em casa”.
O empresário também comentou os avanços da tecnologia FSD (Full Self-Driving), sistema de direção autônoma que está sob investigação nos Estados Unidos por acidentes envolvendo carros da marca.
Desafios jurídicos e resistência de investidores
A trajetória do pacote não é livre de polêmicas. Um plano anterior de remuneração bilionária havia sido bloqueado por um tribunal de Delaware, sob alegação de que o conselho da Tesla era “excessivamente próximo” de Musk. A Suprema Corte do estado ainda analisa o caso.
Mesmo com o novo plano aprovado, grandes investidores institucionais, como o fundo soberano da Noruega e o sistema de aposentadoria da Califórnia (CalPERS), votaram contra a proposta, alegando desequilíbrio entre risco e retorno.
Ainda assim, Musk contou com o apoio da forte base de investidores individuais da Tesla, que representaram uma parcela significativa dos votos favoráveis.
As ações da empresa acumularam alta de mais de 60% nos últimos seis meses, impulsionadas pela expectativa de novos projetos ligados à inteligência artificial e robótica.
