A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) manifestou grande preocupação com a suspensão da dragagem do canal de acesso ao Complexo Portuário de Itajaí. A paralisação foi anunciada pela empresa holandesa Van Oord, responsável pelo serviço, que interrompeu as atividades devido à falta de pagamento de R$ 35 milhões pelos serviços já prestados. A draga, que estava em manutenção, deveria ter retomado os trabalhos na semana passada, mas a dívida levou à interrupção das operações.
Impacto na economia e na indústria catarinense
A suspensão da dragagem pode trazer graves consequências para a atividade portuária e industrial da região, uma vez que o Complexo Portuário de Itajaí movimenta cerca de 11% das cargas em contêineres do Brasil. A FIESC enviou um ofício à Presidência da República e outras autoridades, solicitando uma solução urgente para o problema.
- Prejuízos significativos para a indústria e logística
- Complexo Portuário de Itajaí responsável por 11% das cargas em contêineres do país
- FIESC cobra ação imediata do governo federal
Problemas na gestão e falta de investimentos
Para a FIESC, a suspensão da dragagem revela problemas maiores na gestão e na transição das operações do porto. A falta de investimento em infraestrutura, como a adequação do canal de acesso e obras na bacia de evolução, dificulta a atracação de navios maiores e compromete o futuro do porto.
- Problemas na gestão da transição do porto
- Falta de investimentos em infraestrutura crítica
- Necessidade urgente de adequação do canal de acesso
Repercussões socioeconômicas da paralisação
A paralisação da dragagem e a consequente queda na movimentação de contêineres, que passou de 537,2 mil TEUs para zero, geraram impactos negativos não apenas em Itajaí, mas em toda a cadeia logística do país. Desde o fim do contrato da APM Terminals em dezembro de 2022, a SPI enfrenta dificuldades para manter a dragagem em dia, apesar de repasses anunciados em maio.
- Queda significativa na movimentação de contêineres
- Impactos negativos para a economia regional e nacional
- Dificuldades financeiras da SPI para honrar contratos