Após um fim de semana de negociações intensas em Genebra, nos dias 10 e 11 de maio, os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) um acordo para reduzir drasticamente as tarifas aplicadas sobre produtos importados entre os dois países. A decisão entra em vigor até o dia 14 de maio e valerá por um período inicial de 90 dias. O anúncio foi feito em um comunicado conjunto, considerado um avanço importante para reequilibrar as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Pelo acordo, os Estados Unidos vão reduzir temporariamente suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá as taxas sobre produtos americanos de 125% para 10%. A decisão, classificada como um “progresso substancial” pelas autoridades envolvidas, visa interromper momentaneamente os efeitos da guerra comercial que há anos impacta mercados e cadeias de suprimento ao redor do mundo.
O pacto também prevê a criação de um mecanismo permanente de diálogo sobre comércio, liderado pelo vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo representante comercial norte-americano, Jamieson Greer. As futuras reuniões poderão ocorrer em solo americano, chinês ou até mesmo em um terceiro país, dependendo do que for acordado.
A resposta dos mercados foi imediata e positiva. Os futuros das bolsas americanas subiram com força: o Dow Jones avançou mais de 2%, o S&P 500 quase 3%, e o Nasdaq Composite – com forte peso de ações de tecnologia – teve alta superior a 3,5%. Na Ásia, o índice Hang Seng, de Hong Kong, também reagiu bem, subindo mais de 3%.
Para analistas, o acordo representa uma trégua importante e momentânea na guerra tarifária que ganhou força durante o governo de Donald Trump, marcada por cobranças elevadas e impacto direto no comércio global.

