O laudo preliminar do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox) não encontrou nenhuma substância suspeita no refrigerante consumido por 12 funcionários de uma unidade de pronto-atendimento em Santa Cecília, no Oeste catarinense. O grupo passou mal durante o café da tarde no último dia 21 de outubro.
As investigações continuam sob responsabilidade da Polícia Científica, que realiza exames complementares nas amostras do produto. Além disso, sangue e urina das vítimas foram enviados para análise em laboratórios de São Paulo.
Exames e sintomas das vítimas
De acordo com o CIATox, foram realizados testes para drogas de abuso, e nenhuma substância pesquisada foi detectada. O órgão destacou que a análise de bebidas não faz parte de sua competência direta, limitando-se à investigação de amostras biológicas.
Os servidores apresentaram sintomas como lapso de memória, tontura e sonolência intensa. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, todas as 12 vítimas receberam alta hospitalar no último sábado (25).
Um dos relatos chamou a atenção dos investigadores: “Onde eu me encosto, eu durmo”, contou uma das pessoas intoxicadas. Outros funcionários disseram não se lembrar do que aconteceu durante o episódio.
Prisões e investigação
A Polícia Civil prendeu uma mulher e o sobrinho dela, suspeitos de envolvimento na intoxicação. Segundo a investigação, o refrigerante foi levado ao local pela mulher, tia de um dos funcionários da unidade.
O sobrinho, que também trabalha no pronto-atendimento, havia sido afastado após denúncias de assédio sexual contra colegas. Ambos seguem presos preventivamente enquanto a polícia analisa as provas e aguarda o laudo definitivo da Polícia Científica.
A Prefeitura de Santa Cecília informou, em nota, que colabora com as investigações e reforçou que o atendimento à população segue normalizado.

