Início Política Manifestações do 7 de setembro dividem o país

Manifestações do 7 de setembro dividem o país

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O feriado de 7 de setembro foi marcado por atos distintos em todo o Brasil. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, movimentos de direita e grupos religiosos organizaram manifestações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, pedindo anistia e criticando o Supremo Tribunal Federal (STF). Já em Brasília, o desfile cívico-militar destacou a soberania nacional e reuniu mais de 45 mil pessoas.

Avenida Paulista foi palco do ato “Reaja Brasil”

Na capital paulista, a manifestação reuniu apoiadores do ex-presidente sob o mote “Reaja Brasil”. Os discursos foram marcados por críticas ao STF e pedidos de anistia a Bolsonaro, atualmente réu no julgamento da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o processo contra o ex-presidente é baseado em “narrativas” e defendeu uma anistia ampla. Ele classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes como “tirania”.

O pastor Silas Malafaia também discursou, chamando Moraes de “ditador” e pedindo união da direita em torno de Bolsonaro. Ele citou ainda a apreensão de seus cadernos de oração, alvo de operação autorizada pelo STF no fim de agosto.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro encerrou os discursos, com falas religiosas e críticas às restrições impostas ao marido.

Manifestações no Rio de Janeiro

No Rio, o ato ocupou parte da praia de Copacabana e contou com a presença do governador Cláudio Castro (PL) e de deputados federais aliados de Bolsonaro. Entre eles, Alexandre Ramagem, réu no julgamento da tentativa de golpe, que defendeu “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Desfile oficial em Brasília destacou soberania

Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o desfile cívico-militar reuniu mais de 45 mil pessoas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e autoridades acompanharam o evento, cujo tema principal foi a soberania nacional.

Parte do público manifestou-se contra a anistia, com gritos de “sem anistia” e “soberania não se negocia”. O presidente Lula, em pronunciamento nacional, criticou os que atuam contra o país, chamando-os de “traidores da pátria”.

O desfile também destacou a COP30, que ocorrerá em Belém, e o Novo PAC.

Crise diplomática com os EUA

As celebrações deste ano ocorreram em meio à crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas sobre produtos brasileiros como forma de pressionar o governo brasileiro em favor de Bolsonaro.

O julgamento do ex-presidente no STF, por crimes de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito, deve ser concluído ainda nesta semana.

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