A livre iniciativa é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de uma nação. No Brasil, a intervenção estatal excessiva – nós brasileiros pagamos mais de 90 impostos taxas e contribuições – , manifestada por uma elevada carga tributária e burocracia complexa, tem sido um obstáculo significativo ao crescimento sustentável e à competitividade dos produtos nacionais. Para reverter esse cenário, é imperativo reduzir o tamanho e o peso do Estado na economia, ao mesmo tempo em que se busca aprimorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.
O impacto da carga tributária nos produtos brasileiros
A carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo, incidindo diretamente sobre bens, serviços e a produção. Um exemplo prático desse impacto pode ser observado no setor automotivo. Um automóvel SUV médio, que chega ao consumidor por R$ 109.990,00, teria um valor real de R$ 51.133,00 caso não houvesse a incidência de impostos como PIS, Cofins, IPI e ICMS. Isso significa que mais da metade do preço do veículo (54,13%) é composta por tributação escorchante.
Esse é apenas um dos exemplos da carga excessiva de impostos no Brasil. Produtos eletrônicos, por exemplo, podem ter tributação acumulada de até 142,98%, enquanto brinquedos chegam a 128% e itens de beleza alcançam 130%. Essa realidade afasta investimentos, dificulta o acesso dos consumidores a bens e encarece o custo de vida no país.
Defesa da livre iniciativa como motor do desenvolvimento
Para fomentar a livre iniciativa, é necessário criar um ambiente de negócios mais favorável, o que inclui a simplificação do sistema tributário e a redução da burocracia. A recente aprovação de uma reforma tributária pelo Congresso Nacional, que visa consolidar cinco tributos em um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA), é um passo nessa direção. No entanto, ainda há preocupações sobre a possibilidade de aumento da carga tributária total, o que reforça a necessidade de uma fiscalização rigorosa e ajustes que favoreçam a produtividade.
A necessidade de um Estado mais eficiente e focado
Reduzir o tamanho do Estado não significa negligenciar suas funções essenciais. Pelo contrário, é necessário que o governo concentre seus esforços em áreas fundamentais como saúde, educação, segurança e infraestrutura. A adoção de práticas de gestão que aumentem a eficiência e a transparência dos serviços públicos é vital. Parcerias público-privadas podem ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade e a abrangência desses serviços, aliviando o peso financeiro sobre o Estado e permitindo que a iniciativa privada contribua com investimentos e expertise.
A defesa da livre iniciativa e a redução do peso do Estado na economia são medidas cruciais para impulsionar o desenvolvimento do Brasil. Ao criar um ambiente mais propício aos negócios e focar na eficiência dos serviços públicos, o país poderá alcançar um crescimento sustentável, melhorar a qualidade de vida da população e se posicionar de forma mais competitiva no cenário global.