terça-feira, 22 julho , 2025
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Homem morre ao cair de prancha

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Imbituba

O que seria alguns dias de descanso e lazer acabou de forma trágica para o gaúcho Dagoberto de Oliveira Machado, de 52 anos. Ele saiu de Porto Alegre para passar o Carnaval na cidade de Imbituba e morreu nesta sexta-feira por volta do meio-dia. 
 
Dagoberto praticava stand up, na Barra de Ibiraquera. Um amigo estava junto, percebeu quando o seu corpo boiava de barriga para baixo e o retirou da água. 
 
Quando os bombeiros militares de Imbituba chegaram ao local, a vítima estava na areia com grau de afogamento de nível alto com parada cardíaca. Os procedimentos foram realizados no trajeto para o Hospital São Camilo, quando os socorristas tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu.
 
A causa da morte ainda não está esclarecida. A suspeita dos profissionais que o atenderam é de que Dagoberto possa ter sofrido um mal súbito e caído na água. 
 
Seu corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). 

Vem para a rua, o Carnaval já começou…

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Maycon Vianna 
Laguna
 
É hora de vestir a fantasia, customizar o abadá, convocar os amigos e seguir o ritmo dos trios elétricos. Você é o convidado desta festa, vem para a rua, porque já é Carnaval! Na última matéria especial da Série Folia na Região, o Notisul traz a programação, os detalhes e os principais agitos deste fim de semana.
 
Em Laguna, o Carnaval começou nesta quinta-feira. E não é para menos. É grande a tradição da maior festa popular do país nas ruas da cidade. “Os primeiros dias já deram uma amostra do que vai ser o restante. O clima ferve mesmo é neste sábado, com os blocos e muito som na avenida Beira-Mar”, confirma o prefeito Everaldo dos Santos (PMDB).
 
Um show de performance arrancou aplausos e gargalhadas do público na largada oficial da Festa do Momo. O Baile das Bonecas e da Musa ocorreu na Praça Souza França, no bairro Magalhães. No palco, os mais irreverentes artistas desfilaram com trajes femininos, interpretando desde cantoras internacionais aos personagens de novela. 
 
Já a história sobre um curandeiro venceu o concurso de marchinhas realizado também nesta quinta-feira. O personagem principal da música foi o Pirata, que costumava transmitir simpatia às crianças e adultos para melhorar os problemas de saúde. Quem criou a letra e a melodia foi o compositor Edécio Costa. 
 
O homenageado deste ano foi o carnavalesco José Alves Fernandes, o Mala. O fim da noite foi embalado pela banda PH7 com Juízo, ao som de muito axé e marchinhas carnavalescas.
 
Carnazimba: no clima de festa!
A cidade de Imbituba já vive o clima de Carnaval. A preparação para o Carnazimba movimenta os profissionais das secretarias de turismo e cultura para que a festa seja bem organizada. Neste ano, com a volta da competição entre as escolas de samba, a folia iniciou mais cedo, nesta quinta-feira, com o ensaio geral para o desfile de blocos e escolas.
O secretário de turismo da prefeitura, Adilson Silvestre, afirma que espera o bom engajamento do público. “Preparamos mais um grande evento que movimenta o município e contamos com o prestígio da população para assistir e torcer pelas suas comunidades preferidas. Os sambas-enredos já tocam nas rádios. Com a competição entre as escolas podemos esperar desfiles incríveis”, convida Adilson.
A abertura oficial do Carnazimba será no baile municipal, tradicional evento do Imbituba Atlético Clube, com a entrega da chave da cidade pelo prefeito Jaison Cardoso (PSDB), ao Rei Momo, Henrique Machado e à rainha do Carnaval, Eloisa Sagave. O evento será realizado neste sábado, antes dos desfiles na avenida Doutor João Rimsa, dia em que se apresentam os blocos – sem disputa. Na terça-feira é o dia das da apresentação das escolas de samba.
 
Os foliões invadem as ruas da cidade histórica…
Opções não faltam para quem se interessar em cair na folia de rua em Laguna. A alegria iniciou com a escolha da musa e o Baile das Bonecas, nesta quinta-feira, e encerra nesta terça-feira, com o show dos pagodeiros do Jeito Moleque, no trio elétrico da Skol Folia, na avenida Beira-Mar. 
Ao todo, são treze blocos de Carnaval e o camarote da Skol para divertir o público. O Skol Folia ficará em ponto fixo, próximo à Praça do Vila.
Os blocos se concentrarão em uma estrutura na Praça do Iró e farão o percurso com trio elétrico até a Praça do Vila. Logo após, será reservado um espaço para praça de alimentação. No meio do trajeto, antes da dispersão, será montado no calçadão da orla e primeira pista da avenida, a estrutura do camarote Skol Laguna.
O único bloco com trajeto diferente será o da Pracinha, que continua com o itinerário tradicional, saindo da Praça Souza França, no Magalhães.
 
6 mil
É o número estimado de foliões que devem participar do Bloko Rosa, neste sábado, em Laguna. Milhares de pessoas de vários estados devem participar da festa que já virou tradição na Cidade Juliana.

 
Horários do feriado  de Carnaval na região
Bancos
As agências bancárias não terão atendimento na segunda e terça-feira, voltando a abrir na quarta-feira, ao meio-dia.
 
Correios
Neste sábado, haverá atendimento normal. Na segunda e terça-feira estarão fechados. Retomam os trabalhos ao meio-dia de quarta-feira.
 
Prefeituras
Tubarão: atendimento normal na quarta-feira. Na segunda e terça-feira estará fechado.
Capivari de Baixo: fechado na segunda, terça e quarta-feira. Retorna ao atendimento normal na quinta-feira.
Laguna: ponto facultativo na segunda-feira, fechado na terça e retorna aos trabalhos na quarta-feira, a partir das 13 horas.
 
O que vai funcionar?
Saúde
Os atendimentos nos hospitais públicos serão mantidos em esquema de plantão durante os dias de Carnaval. Somente a rede do Hemosc não funcionará na segunda e terça-feira. As atividades voltam ao normal na quarta-feira, a partir das 13 horas.
 
Casan
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) não terá expediente interno na segunda e terça-feira. Nestes dias, será mantido o atendimento de emergência 24 horas pelo número 0800-643-0195.
 
Celesc
As Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) não terão expediente interno na segunda e terça-feira. O atendimento retorna na quarta-feira, a partir das 13 horas.
Para atendimento nestes dias, o consumidor da Celesc poderá dispor do call center pela discagem gratuita: 0800-480196 (emergências) ou 0800-480120 (comercial). Além do call center, casos de falta de luz poderão ser informados por meio de SMS (mensagens de texto de celular) para o número 48196, com a mensagem "sem luz" e CPF do titular ou número da unidade consumidora. A direção da empresa comunica também que promoverá melhorias na agência web. Durante o feriado, a Celesc terá 55 equipes extras para responder a possíveis ocorrências na rede de distribuição com 2,6 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina. O objetivo é providenciar o pronto restabelecimento do sistema elétrico e abastecimento de energia nos 263 municípios atendidos pela concessionária.
 
Escolas
Os alunos das escolas estaduais não terão aulas na segunda e terça-feira e na manhã de quarta-feira. As aulas serão retomadas ainda na quarta-feira, mas somente no período da tarde.
 
Segurança
As delegacias, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e órgãos como o Instituto Geral de Perícias (IGP) e o Instituto Médico Legal (IML) funcionarão todos os dias em esquema de plantão. A direção do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) informa que o órgão e as Ciretrans não terão expediente na segunda e terça-feira. O atendimento ao público retorna na quarta-feira, das 13 às 19 horas.
 

Primeira etapa de Corrida ocorre em Tubarão

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Jailson Vieira 
Tubarão
 
O circuito de Corridas de Rua Pedro Vieira Prudêncio terá, neste ano, cinco etapas para os amantes de esporte amador. Comemorando os 50 anos do Clube Cerâmica, a Corrida Rústica do Cortuba premiará os atletas ranqueados com medalhas especiais por etapa, porém, a premiação final já tem data definida, 15 de novembro, no Estádio Anibal Torres Costa, do Hercílio Luz.
 
O evento inicia no próximo dia 14 e prossegue até 16 de março. De manhã, às 8 horas, a corrida que sairá do Clube Cerâmica terá um percurso de cinco quilômetros, logo após competições de futebol dos quarentões, e também de titulares e aspirantes inscritos no Cortuba, como salienta Luiz Machado, um dos representantes da organização do evento.
 
As inscrições podem ser feitas pelo site www.cortuba.com.br, ou ainda em pontos credenciados em Capivari de Baixo, Laguna e Tubarão.

Transporte de casas em via pública: legalidade ou benevolência

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Lamentavelmente, nos últimos dias, a sociedade criciumense viu mais um óbito provocado por transporte de casa em via pública. Essa equivocada prática, muito recorrente nesta região traz a baila um questionamento ao qual não podemos nos afastar:  quantas pessoas ainda devem morrer para que o poder público adote as medidas que a lei determina em detrimento da postura “politicamente correta”. 
 
Quando no comando do 9º BPM questionei o Cetran sobre tais práticas e qual não foi minha surpresa por considerarem legal essa atividade (Parecer 98/2010/Cetran).
 
Na minha concepção, essa prática passa longe da legalidade, mas sabemos que ha interesses outros, sejam políticos para atender possível interesses ou econômicos, tanto das empresas transportadoras, como do próprio interessado que não mensura os riscos e vislumbra nesta a forma mais prática e econômica, mas esquecem da segurança viária, pois representa iminente risco à integridade física dos demais usuários da via, além de, independente do parecer (que não tem força de lei) equivocado do Cetran, representa flagrante ilegalidade, porquanto as vítimas e familiares devem se socorrer ao Poder Judiciário para buscar uma possível reparação.
 
Toda questão está centrada se a carga (casa a ser transportada) é divisível ou não, sendo divisível a lei determina sua desmontagem para ser transportada, sendo indivisível ela pode ser transportada em um único bloco com os cuidados necessários. Ora senhores, uma casa de madeira construída com tábuas considerada indivisível é uma interpretação tendenciosa e equivocada, porquanto em nada deteriora sua desmontagem e montagem novamente, exceto, lógico, alguns casos específicos e raros, o que não é o caso das casas que vemos transportadas em nosso trânsito, prática que tem tirado a vida de alguns usuários.
 
A administração pública tem o dever de tomar as medidas que a lei determina e não buscar subterfúgios para atender os anseios da parte interessada, mormente se a atividade é prejudicial e representa risco e transtorno aos usuários da via pública.

Da sapatilha ao distintivo

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Madge Branco, de 57 anos, nasceu na capital paulista, onde cresceu e cursou três faculdades: engenharia química, educação física e direito. Foi professora de balé clássico, com formação no Teatro Municipal de São Paulo, onde atuou 20 anos. É formada em piano clássico, trabalhou como produtora de eventos e coreógrafa no SBT e na TV Bandeirantes. Na área de segurança, atuou na Delegacia de Homicídios, em São Paulo, como investigadora. É delegada em Santa Catarina há 21 anos. Ela possui três filhos e dois netos.

 
 
Mirna Graciela
Laguna
 
Notisul – Como surgiu o trabalho na área de segurança para uma mulher que tinha a sua vida voltada à arte? 
Madge Branco – Eu era professora de balé clássico, em São Paulo. Um amigo assumiu a secretaria de esportes e me convidou para ser assessora técnica. Na época, eu já tinha as faculdades de educação física e de engenharia. Na secretaria, trabalhava com processos, pois cuidava dos eventos artísticos que ocorriam no Autódromo de Interlagos, no Estádio do Pacaembu e outros locais. Eu fazia a produção da Xuxa quando ela chegava de Papai Noel. O que ocorria de eventos era de minha responsabilidade. Um chefe de gabinete sempre falava que eu deveria fazer direito e pensava: Imagina, sou bailarina, não tem nada a ver. Mas me inscrevi, nem estudei, já tinha duas faculdades e experiência de vida. Em todos os vestibulares e concursos que prestei, passei. E me perguntei onde encaixaria na minha vida essa nova área? Fui fazer direito e naquela época mudou o governo em São Paulo. A Erundina assumiu e, quando eu estava no terceiro ano de curso, ela fechou o ginásio municipal para reformá-lo. Tínhamos um tempo livre, fiz o concurso para a polícia e assumi como investigadora. Primeiro, no gabinete do secretário e, depois, na Delegacia de Homicídios. Quando terminaram as obras no municipal, tive que encaixar meu horário. Eu era investigadora, professora de balé, dirigia minha academia e um grupo de dança, e era coreógrafa no SBT. Já tinha três filhos e dormia duas horas por noite. Foi entre os meus 33 e 38 anos. Quando terminei direito, cheguei à conclusão de que não via meus filhos. Em umas férias aqui no sul, quando chegamos à Lagoa da Conceição, eles falaram: Mãe, vamos morar aqui? Respondi que sim. Prestei concurso e passei na segunda colocação. Então, começou minha trajetória em Santa Catarina. Vim para dar uma condição de vida melhor para os meus filhos. Eles passaram a adolescência em Florianópolis. 
 
Notisul – E essa mudança de estado, foi difícil?
Madge – Cheguei em 1993 em Santa Catarina e assumi como delegada. Minha primeira comarca foi Araranguá. Mas fiquei pouco tempo, pois fui nomeada delegada da mulher em Florianópolis, onde passei 90% da minha carreira. Fui titular em oito delegacias da capital. Quando cheguei, ainda existiam muitas mulheres vítimas, submissas. Tinha vindo de uma realidade diferente. A mulher tomava a dianteira em São Paulo. Lógico, a violência doméstica existe em qualquer lugar, mas o posicionamento de uma mulher diante de uma sociedade paulistana e da de Florianópolis, na época, era muito diferente. Foi um choque, havia as que apanhavam porque a comida estava salgada. Fiquei espantada. Mas tirei de letra. Sou a primeira mulher paulista delegada em Santa Catarina. E também tem a questão no ambiente de trabalho, quando você chega para mandar. Na cabeça dos homens isso era complicado, mas eu sempre soube administrar. Você tem que se posicionar. Se estou no comando, independente do sexo, terão que cumprir, mas, graças a Deus, sempre tive um ótimo relacionamento com meus comandados. E sempre valorizei o trabalho dos bons policiais. Sou profissionalmente realizada e na vida pessoal também, consegui criar meus filhos, adoro o que faço, estou aqui por prazer, porque me aposentei e voltei.
 
Notisul – Como foi esse processo?
Madge – Em 2006, pedi minha aposentadoria porque já tinha 36 anos de serviço. Foi quando entrou em vigor uma lei onde poderíamos nos aposentar com 25 anos de trabalho e todas as vantagens. Um dos meus filhos morava na Europa e pensei. Quer saber, já fiz minha parcela, contribui com a sociedade e me aposentei em 2007. Viajei pela Europa, África, conheci muitas coisas, mas não deixei de estudar. Adoro trabalhar na área de crimes sexuais, violência doméstica e pedofilia. Pesquisei muito por onde passei, as situações culturais sobre o posicionamento da mulher, da pedofilia e tudo mais. Quando voltei, meu destino seria São Paulo para atuar na parte artística que ainda sinto falta, assim como também ocorreria de estar em uma delegacia. Mas, minha filha teve dois filhos e pedi a reversão da minha aposentadoria para não ficar longe deles. Como preenchia todos os requisitos para isso, retornei e assumi em Tijucas. Depois vim para Laguna para ficar mais próxima dos meus netos.
 
Notisul – Há quanto tempo está em Laguna e qual sua avaliação desse período?
Madge – Desde o início de abril do ano passado. Como em todos os lugares, é um trabalho de muita produtividade e união de equipe. Com isso, a gente consegue resultados satisfatórios. Não vou dizer que temos 100% porque isso não existe em nenhuma profissão. É o que falo, dependemos de sorte e empenho. Este último temos, mas, às vezes, não ocorre a sorte de atingir o resultado ideal. Mas o compromisso é fundamental e consegui unir a equipe, nosso entrosamento é muito bom. O delegado sozinho não faz nada e o policial sem o delegado também não. Isso sempre foi meu lema meu e colhi muitos frutos positivos com grandes equipes que formei. Quando cheguei aqui, por exemplo, os policiais estavam desmotivados, eram ‘fazedores de BO’, hoje são investigadores. No dia a dia, sou a primeira a chegar e a última a sair, também para dar exemplo. Sempre fui assim, continuo no ritmo alucinante de São Paulo. Esta é a minha criação. Digo que não sou chefe, sou líder. Para estar junto e na linha de frente. Até para tomar um tiro, se necessário, junto com a sua equipe. Faz parte da profissão.
 
Notisul – Então, a senhora vai muito para as ruas?
Madge – Existe um tabu em Santa Catarina, tipo ‘eu sou delegado de gabinete’, ‘eu sou delegado de campo’. Eu, Madge, sou delegada de polícia. Se não for para a rua, não há o que fazer no papel e vice-versa. Você tem que conhecer a comunidade, os bandidos, não posso ficar no gabinete trancada sem saber o que tem lá fora. É preciso conhecer as vítimas, os autores, saber onde estão os problemas maiores da criminalidade. Conheço cada bairro desse município, as pessoas, os problemas de cada lugar. Essa é a função do delegado, cuidar da segurança da comunidade em geral.  
 
Notisul – O que é da sua competência em Laguna?
Madge – O que não é de minha responsabilidade cabe à DIC. A Divisão de Investigação Criminal é especializada em homicídio de autoria desconhecida, tráfico de drogas, roubo de carga e de crime organizado. Cuido dos crimes da Lei Maria da Penha, agressão doméstica, estupro, furto, roubo, bêbado na direção. Neste último, é o que mais existe, infelizmente. Não há a conscientização de que a pior arma é o carro, tira a vida de várias pessoas e ninguém se toca. A droga que mais mata no Brasil atualmente é o álcool, conforme as estatísticas. Mais de 50% das ocorrências que chegam na delegacia é em função do uso de álcool, em inúmeros casos. 
 
Notisul – Qual o crime que mais te surpreendeu? 
Madge – Foram vários, mas teve um, de uma criança que foi vítima de estupro e depois estrangulada, em Araranguá. Tocou-me muito por vários motivos. Assim que cheguei à cidade, além de atuar como delegada, montava coreografias para crianças carentes de uma instituição. Essa menininha era uma. Quando ela desapareceu, ninguém sabia o que tinha ocorrido. Fomos procurá-la e eu estava próxima do jardineiro que encontrou o corpo. Fui a primeira a chegar e ver. Marcou demais, primeiro porque eu a conhecia, é horrível a sensação de tu ver uma criança viva e depois morta na forma que encontrei. Prendi o culpado, hoje não tenho interesse em saber se está preso, pois a gente fica frustrada às vezes, investigando um caso, vira noites, a pessoa é presa, passa um tempo e é solto. Prefiro nem saber. O caso daquela senhora que foi estuprada aqui, fizemos de tudo. Ela sabe quem é a pessoa, mas falta a prova material. Como ele estava na penumbra, o reconhecimento dela tem um valor, mas não o suficiente para mantê-lo preso. Ele foi solto, mas logo em seguida cometeu uma tentativa de latrocínio em uma pizzaria e efetuou um disparo. O criminoso já estava em condicional por roubo e violência contra a mulher. Todos os seus assaltos eram muito violentos. Às vezes o flagrante não é tão difícil, mas sim a colheita de provas, a gente vai a luta para tentar segurar esses caras. 
 
Notisul – A senhora acha que as mulheres estão mais corajosas a denunciar o agressor?
Madge – Ainda existe esse temor, infelizmente. Existem vários fatores, principalmente de classe social. Mudou, mas não muito, ainda há esse receio. São submissas por questões econômicas ou culturais. Atendo mulheres que argumentam ficar com seus maridos porque seus pais falam que casamento é para toda a vida. Na verdade, o que falta é algo chamado autoestima. Uma mulher tem que se amar acima de tudo. Há também a dependência econômica. Ela fala que o marido nunca a deixou trabalhar. Como assim? Uma mulher improdutiva na sociedade? Que exemplo vai dar para um filho? A partir do momento que decidir realmente se amar, ir à luta e que cansou de levar na cara, tudo mudará. E, fora isso, existem as que alegam estar com o homem por causa dos filhos. Que posição péssima dessa mulher! É aí que a violência se perpetua, uma criança presencia isso dentro de casa e, futuramente, poderá ser um agressor ou uma vítima. Agora, quando um filho vê a mulher admitindo que cansou de sofrer violência e vai encarar a vida, ela está dando ótimo exemplo. Os meninos pensarão: Não vou bater em uma mulher quando crescer. E as meninas que não deixarão um homem lhe agredir.
  
Notisul – E a questão da pedofilia? A senhora prendeu muitos estupradores e pedófilos desde que chegou.
Madge – Tem gente que pergunta se aumentou a quantidade de pedófilos, digo não. Quando prendemos surgem mais pessoas com coragem para denunciar. É sintomático. Com a criança não, é diferente. Tem a hora certa, ela manifesta uma mudança de comportamento quando é abusada, e isso pode ser detectado pelos professores ou pela mãe. São sinais que variam muito. Às vezes baixa o rendimento escolar, se torna agressiva e começa a chorar do nada. São vários tipos de reação. Mas, uma mãe atenta e uma educadora podem perceber. Menino é mais difícil, não é somente meninas que são abusadas. Já vi gravações de pedófilos que aliciavam garotas. Quando começava a nascer um ‘pelinho’, ele falava: “Não se esquece de tirar que o titio não gosta’. O duro é porque para o menino abrir o jogo que foi abusado, na sua cabeça, ele virou gay e não é isso. É uma vítima. Então, as meninas têm mais facilidade, apesar de não ser uma situação fácil. A gente não resolve nem 50% dos casos, pois o que ocorre entre quatro paredes para chegar ao nosso conhecimento é uma coisa difícil. 
 
Notisul – A pedofilia é uma doença? 
Madge – Nos seres humanos, quando aflora a sexualidade, cada um terá uma opção. Há os que são homossexuais, os que gostam dos pés, de ter relação com pessoas sujas. Mas existem os que sentem desejo por peles lisas, que são as crianças. Ninguém escolhe ser, a pessoa tem prazer naquilo. Os que têm tara em transar com pessoa morta cometem crime por violação de cadáver. Os que se relacionam com criança praticam um crime e não tem nada de doença. Se um pedófilo for preso com 30 anos, pode ter certeza que desde sua adolescência ele faz vítimas. É ignorância falar que é doença, é uma opção sexual. O pedófilo, geralmente, é a melhor pessoa na sociedade, o mais bonzinho para se aproximar de uma criança. Tem outro perfil do pedófilo, o molestado na infância. Quando aflorou sua sexualidade, veio com uma carga de problemas que o fez se tornar um molestador. Então, é um desvio por um trauma existente. Da mesma forma as meninas. As que sempre foram abusadas e nunca ouvidas, a maioria vai se prostituir porque perde o valor do seu corpo, começa a ter nojo de si. 
 
Notisul – Uma criança ou uma mulher que sofre um estupro, o atendimento psicológico depois é primordial, ajuda?
Madge – É um trauma que nunca vai passar, tenho o treinamento para atender em um primeiro momento. Existe uma grande dificuldade de profissionais especializados nisso. Minha função é a segurança, a partir do momento que prendo o pedófilo. Gosto de trabalhar nessa área. Quando prendo, sinto o resultado de imediato. A criança já faz um ‘ufa’, perde o medo, mas o trauma não. Uma vítima de patrimônio, por exemplo, pode resgatar a parte material. Agora, agora a tua integridade emocional, no caso de estupro,  você não recupera nunca. O que se fez é dar um alento para aquela vítima, com a prisão da pessoa que a machucou.
 
Notisul – A senhora já ficou ferida em uma ação policial?
Notisul – Fui esfaqueada por um pedófilo em uma delegacia, em Florianópolis. Ele abusava de meninos embaixo da ponte Colombo Salles. O sujeito estava com algema de cintura. Eu dava uma entrevista para o Hélio Costa, o iluminador o viu pegar uma faca em uma mochila e me avisou. Dei a volta na mesa, o peguei por trás, ele ameaçou se matar. Coloquei a mão na frente e ele me cortou, foram 12 pontos na mão.
 
Madge por Madge
Deus – Tenho o meu
Família – Tenho a minha
Trabalho – Paixão, se não for assim vira obrigação
Passado – De orgulho
Presente – Meus netos
Futuro – Tudo pelos meus netos
 
“É difícil a mulher tomar uma posição, melhorar a sua autoestima e assumir o desafio de cuidar de uma família sozinha. Isso me preocupa. Tem mulher que chega aqui e fala: ‘Ele disse que vai mudar e me amar’. Então, pergunto quantas vezes ele a ameaçou nesses 20 anos que estão juntos. E o que ouço é que são todos os dias. E pergunto quantas vezes ele a matou. O homem que faz isso é um covarde, e se a mulher não se ama e não tomar uma posição, ouvirá isso para o resto da vida. Tomar ‘porrada’ na cara. Então, ela tem que pensar nos filhos. Não, é melhor sozinha do que eu vitimizada sem condições de criar um filho".
 
"Os pais têm que estar atentos com os filhos na internet"
 
"Aqui, todos os mandados que representei estou tendo um respaldo".

Pagamentos são parcelados

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Sangão

“As contas do município já foram desbloqueadas”, informa o prefeito de Sangão, Castilho Silvano Vieira (PP), sobre a liberação financeira para pagamento dos precatórios.
 
“Vamos quitar, na próxima semana, a segunda prestação, no valor de R$ 98 mil, valor que acertamos liquidar em cinco vezes”, explica Castilho.
 
Os precatórios da cidade da cerâmica vermelha, conforme o gestor executivo, fazem parte de administrações antigas. Fator responsável pela dívida do município, que chega próxima a R$ 1 milhão.
 
“Foi preciso negociar a nossa dívida. Para se ter uma ideia, a arrecadação mensal da cidade é de R$ 1,3 milhão”, completa o prefeito, motivo também de preocupação para os servidores públicos municipais.
 
As contas estavam bloqueadas desde o início de janeiro, fator que impedia a realização de qualquer pagamento ou trabalho a ser executado pelo poder público.
 
Para o prefeito Castilho foram pagos, no ano passado, R$ 144 mil de outro precatório, decorrente de acidente de trânsito em que o município foi condenado a pagar as vítimas. Ainda há mais R$ 529.840,45 de precatórios vencidos em 2012, o maior deles no valor de R$ 490.935,56 da compra de duas retroescavadeiras, que não foram pagas em 2002.

Obra chega a 90%

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Rio Fortuna

Moradores de Rio Fortuna e região aguardam, desde maio do ano passado, a conclusão do Centro de Educação Profissionalizante (Cedup). A obra já está em 90%. A assinatura da ordem de serviço ocorreu em novembro de 2011, que previa uma nova instituição de ensino com capacidade para atender 500 alunos por turno.
 
A empresa responsável, USS Construção Civil, de Braço do Norte, orçou a construção em R$ 6.250.064,12, para 5.529,50 metros quadrados, valor atualizado em R$ 7,8 milhões, para uma área de 5.577,39 metros quadrados.
 
Conforme o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Roberto Kuerten Marcelino, a obra chega à fase final e deverá ser inaugurada até setembro.
 
“Toda parte de estrutura, alvenaria e contrapiso estão finalizadas. O bloco pedagógico e o auditório recebem os últimos ajustes, assim como a colocação de grama no pátio”, informa Roberto.
 
A previsão do gerente de educação do município, Ademar Rohling, é abrir dois cursos voltados à agricultura familiar. “O setor é forte na nossa região, então pensamos em cursos voltados à produção de alimentos e de leite, para depois evoluir para outras áreas”, informa Ademar.
 
A construção da unidade de ensino faz parte do Programa Brasil Profissionalizado do governo federal, que contará com a ajuda do estado, no compromisso de arcar com a manutenção da escola e o pagamento dos professores.
 
Estrutura
O projeto arquitetônico do Cedup foi desenvolvido pela equipe da coordenação de desenvolvimento de Projeto do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que prevê a construção de 12 salas de aula, seis laboratórios básicos, um auditório, uma biblioteca, teatro de arena, refeitório, área de vivência e também uma quadra esportiva.

Queda de automóvel mobiliza guarnições da Polícia Militar

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Um veículo caído em um buraco em um terreno onde um prédio é construído mobilizou ontem a Polícia Militar de Tubarão. As guarnições foram até o bairro Vila Moema para os procedimentos, por volta das 19 horas. No local não havia ninguém e as providências foram tomadas para a retirada do automóvel. 

Golpista é identificada e responderá inquérito por estelionato

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Uma mulher que se passava por uma funcionária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para arrecadar doações para a instituição foi identificada ontem pela Polícia Civil. As investigações da Divisão de Combate a Furtos e Roubos (DCFR) de Tubarão apontaram que a acusada usava o dinheiro para o seu proveito próprio. Ela foi encaminhada para a Central de Plantão Policial (CPP), onde foi interrogada e responderá em liberdade pelo crime de estelionato. 

Aumenta efetivo e barreiras no Carnaval

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Laguna

Para proporcionar segurança aos foliões neste Carnaval, a Polícia Militar de Santa Catarina promove a partir de hoje a Operação Alegria. Laguna, uma das principais cidades turísticas do sul do Brasil, chega a concentrar 250 mil pessoas. 
 
Ações estratégicas foram definidas. O aumento do efetivo nas ruas até a próxima terça-feira é uma delas, pois neste período as ocorrências de roubo, furto e agressões aumentam. “Barreiras policiais serão montadas em vários pontos da cidade, com abordagens e revistas nos veículos e em pessoas, caso ocorra alguma suspeita”, avisa o comandante da Guarnição Especial de Laguna, tenente-coronel Flávio Knabben. 
 
A Polícia Militar também faz um alerta sobre o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir. Conforme ele, a fiscalização será intensificada neste sentido para garantir um Carnaval seguro. Uma unidade móvel de comando e controle estará em locais estratégicos. 
 
Algumas dicas
• Mantenha sempre seus objetos à frente de seu corpo e fique atento às pessoas ao seu redor
• Atenção especial com as crianças. Uma boa alternativa é Identificá-las com etiquetas
• Marque locais para reencontros, caso ocorra separações no grupo;
• Evite carregar cartões de crédito e talão de cheque
• Nunca deixe de registrar uma ocorrência se testemunhar delito. Informe rapidamente à Polícia Militar por meio do 190
• Não deixe objetos de valor expostos no veículo
• Ao observar tumultos de pessoas não se aproxime
 
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