O professor Filipe Borges Barbosa, da Escola Municipal Fausta Rath, em Lages, foi selecionado para participar da Escola de Professores no CERN, o maior centro de pesquisas em física de partículas do mundo. O curso acontece entre agosto e setembro de 2025, e Filipe será o único representante de Santa Catarina entre os 19 brasileiros escolhidos.
Conhecimento que atravessa fronteiras
Entre os dias 28 e 30 de agosto, Filipe iniciará sua jornada no Laboratório Internacional de Partículas (LIP), em Lisboa, Portugal. Depois, embarca para Genebra, onde participa das atividades oficiais no CERN entre 31 de agosto e 6 de setembro. A agenda se encerra no dia 7, com visita à capital Berna.
A Escola de Professores no CERN tem como objetivo capacitar docentes do Ensino Médio a abordar a física de partículas de forma acessível aos alunos, fortalecendo o ensino científico em sala de aula.
Professor que inspira pela dedicação e humildade
Natural de Campo Belo do Sul e ex-aluno da rede pública, Filipe tem 30 anos e uma formação impressionante: é bacharel em Engenharia Ambiental, licenciado em Educação Física, graduado em Física e Matemática, e atualmente cursa Mestrado em Ensino de Física na UFSC.
Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Física e leciona tanto na rede estadual quanto municipal. Ele se define como apaixonado pelas ciências exatas e atribui à influência de professoras sua escolha pela carreira.
“Hoje me sinto realizado em relação a esta profissão”, conta Filipe.
Reconhecimento de alunos e colegas da escola
Na Emeb Fausta Rath, Filipe é admirado por alunos e colegas. Os estudantes destacam seu jeito prático de ensinar matemática e a inspiração que representa.
“O professor é um orgulho para nós. Com bastante estudo chegamos lá também”, diz Paulo Henrique, aluno do 6º ano.
A diretora da escola, Cassia Cevey, também ressalta o orgulho da equipe:
“O Filipe só teve progresso desde que começou conosco. Ele é um exemplo de dedicação.”
A viagem conta com apoio da Prefeitura de Lages, que está auxiliando com ajuda de custo. A participação brasileira na Escola CERN tem suporte da Renafe e do SPRACE, da Unesp.

