O governo de Santa Catarina lançou uma campanha para combater a proliferação da espécie exótica africana espatódea (Spathodea campanulata), conhecida popularmente como bisnagueira ou tulipeira-do-gabão. A árvore é tóxica e letal para abelhas, e o plantio está proibido no estado desde 2019. Quem descumprir a norma está sujeito a multa de R$ 1 mil por planta ou muda produzida, valor que dobra em caso de reincidência.
Espatódea ameaça polinizadores
De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), a árvore — que pode atingir até 25 metros de altura — contém toxinas presentes no pólen, néctar e mucilagem das flores, capazes de matar insetos e comprometer a polinização natural.
A iniciativa faz parte da campanha “Flora Exótica Tóxica para Fauna – espatódea”, que busca alertar sobre os riscos ambientais da espécie. O IMA está divulgando informações nas redes sociais e em espaços públicos, além de planejar novas ações educativas em todo o estado.
Pesquisadores e apicultores reforçam que a árvore representa uma ameaça especialmente para abelhas nativas brasileiras e até mesmo para a espécie exótica Apis mellifera, amplamente usada na produção de mel.
O que diz a Lei Estadual nº 17.694/2019
A legislação catarinense, em vigor desde 2019, determina:
❌ Proibição da produção de mudas da espatódea;
⛔ Proibição do plantio de novas árvores da espécie;
✂️ Corte obrigatório das árvores já existentes;
Substituição por espécies nativas em áreas públicas e urbanas;
Multa de R$ 1 mil por planta ou muda produzida, com valor dobrado em caso de reincidência.
Espécies nativas indicadas para substituição
O IMA recomenda o plantio de espécies nativas regionais adequadas aos biomas de Santa Catarina, garantindo melhor adaptação ao clima e equilíbrio ecológico. A medida também visa proteger a fauna polinizadora, essencial para a agricultura e manutenção dos ecossistemas.