sexta-feira, 8 agosto , 2025
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Unisul aposta na força da torcida

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Tubarão

A situação da Hipper Freios/Unisul na Liga Nacional é preocupante. No entanto, a equipe terá pela frente quatro jogos consecutivos em casa, o que poderá fazer a diferença para uma possível classificação à próxima fase. E a árdua tarefa de vencer os 4 compromissos começa neste domingo, às 17 horas, contra o Praia Clube/Pepsi/Velox, no Salgadão.

O time mineiro ocupa a décima sétima colocação com dois pontos à frente e com o mesmo número de jogos da equipe tubaronense. Em seguida, a Unisul enfrentará o AnápolisFutsal/SuperBolla, Assoeva/Unisc/ALM e MacaéSports, equipes em situação e campanha parecidas.

Para o supervisor do futsal da Hipper Freios/Unisul, Michel Guedes, a chance de classificação existe e vai depender do desempenho do time em casa.
“Um diferencial é a nossa torcida, que está sempre nos apoiando. Os dois últimos jogos comprovaram isso. Vamos, mais uma vez, precisar dos torcedores para conseguir a nossa classificação em casa. Precisamos lotar o Salgadão no domingo”, convida Guedes.

O treinador Jarico também está confiante na classificação. “Ninguém gosta de perder e nossos jogadores estão tristes, indignados e com uma vontade muito forte de reverter esta situação. Sei que a torcida vai comparecer e empurrar o time para conseguir as vitórias”, prevê o técnico.
Os ingressos para o jogo contra o Praia Clube/Pepsi/Velox podem ser adquiridos na Ativa Sport ou na bilheteria do Salgadão por R$ 10,00.

Capivari vai a Siderópolis em busca da recuperação

Em sexto na classificação da Divisão Especial do Catarinense, o time da Acesc/Capivari enfrenta neste domingo, às 20h30min, no Ginásio 19 de Novembro, em Siderópolis, a equipe do Siderópolis/Unesc.
Com apenas seis pontos, dos 18 disputados, só a vitória interessa ao time de Capivari de Baixo. E, para evitar um novo tropeço, o técnico Juninho aposta na força do elenco e no trabalho de motivação dos atletas. Fatores esses que ele considera importante para dar confiança.

O comandante destaca que o trabalho fundamental é dentro da quadra, organizar a equipe taticamente e à disposição dos jogadores de cumprir essa atividade.
“Na última disputa, jogamos abaixo da expectativa, tanto nas finalizações quanto na defesa. Porém, acredito que, com a reunião que tivemos essa semana, entre a diretoria e jogadores, além dos treinos, obtivemos resultados favoráveis para a equipe. Isso será essencial para o time buscar reação no jogo contra Siderópolis”, declara.

Contudo, um desfalque continua a tirar o sono do treinador. O goleiro Tainha continua com uma luxação no dedão do pé esquerdo e desfalca a equipe em mais esta partida. Em compensação, Juninho poderá contar com a volta de Pakito. Recuperado de uma contusão, o fixo/ala conseguiu ter uma sequência de trabalho nos últimos dias.
A partida em Siderópolis será a última do Turno da Divisão Especial do Campeonato Catarinense.

Tigre estreia em casa

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Criciúma

O Tigre está de volta à Série B do Campeonato Brasileiro. Após dois anos em que disputou a Série C, em 2009 e 2010, o Criciúma reestreia na neste sábado, às 16h20min, no Heriberto Hülse, contra o Guarani.

O Tricolor tentará repetir o feito de 2002, quando foi campeão da Série B. E, para isso, conta com um personagem daquela conquista. O treinador Edson Gaúcho, que era desconhecido na época, mas em uma aposta da direção foi contratado. E deu tão certo que Gaúcho adotou a cidade do sul catarinense para morar com a sua família após entrar para a história do clube.

Até o momento, o clube contratou oito atletas para a disputa: o goleiro Fábio, o lateral Marinho Donizete, o volante Jackson, o meia Mariano Rubbo e os atacantes Nicolas, Zé Carlos, o meia atacante Aloísio e o volante Diogo Kachuba.

Para o primeiro desafio pela segundona, a novidade será a entrada de Marinho Donizete na lateral-esquerda. Com isso, Pirão atuará como volante, ao lado de Carlinhos Santos, e Mika vai para o banco de reservas.

Golpes estão frequentes na região

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Braço do Norte

Uma onda de golpes de diversos tipos tem ocorrido, há quatro meses, em Braço do Norte. Muitas pessoas acabam lesadas porque caem na armadilha. Outras conseguem identificar em tempo que se trata de má fé e não dão conversa aos golpistas. Ainda existem aquelas que sofrem o prejuízo, mas, por vergonha, não vão à polícia denunciar.

Esta semana, uma senhora de 65 anos, moradora do bairro São Basílio, perdeu R$ 1 mil por meio do ‘golpe do parente próximo’. Segundo a Polícia Civil do município, a ligação para a idosa foi realizada do estado de Goiás. O criminoso disse à vítima ser um parente próximo que estava para chegar. Sem que ele se identificasse, ela supôs quem era o familiar e falou o nome da pessoa. O golpista aproveitou-se da situação e depois voltou a ligar, disse que teve um problema mecânico com o carro e estava sem dinheiro naquele momento. Então, solicitou ajuda financeira para consertá-lo. A senhora prontamente efetuou o depósito.

Segundo o chefe de investigação da comarca de Braço do Norte, Alexandre Martimiano, várias pessoas foram à delegacia nos últimos dias e relataram que sofreram o mesmo tipo de tentativa, mas não ‘caíram’. “Estamos fazendo um alerta por meio dos veículos de comunicação para que não entrem nestas conversas”, orienta o investigador.

No mesmo dia que a idosa foi enganada, outro cidadão recebeu uma ligação de alguém com o mesmo papo. “Muitas das vítimas, por vergonha, perdem dinheiro e não vão à polícia denunciar. É muito importante que nos procurem para que possamos investigar e identificar os autores”, orienta o investigador.

Conheça os outros tipos de golpes e previna-se!
Golpes de outros moldes também são aplicados na região. Segundo o chefe de investigação da comarca de Braço do Norte, Alexandre Martimiano, um outro que ocorre constantemente é o do ‘falso sequestro’. O golpista telefona e diz que um parente da vítima foi sequestrado. Ao lado, fica um comparsa que chora e grita, em uma simulação como se fosse o familiar. O policial revela que a maioria destas ligações é a cobrar e proveniente de presídios do Ceará e Pernambuco. “São práticas repetidas de detentos para extorquir dinheiro. A vítima, muitas vezes amedrontada, faz o depósito.

Outro golpe é o da casa própria. A vítima recebe uma mensagem pelo aparelho de celular. O texto diz que a pessoa ganhou uma casa ou um carro. Depois, recebe a ligação do criminoso com a condição de um depósito ser efetuado para efetivar o prêmio. Duas pessoas de Braço do Norte perderam cada uma, este ano, R$ 2 mil. Em Imbituba, uma outra teve um prejuízo de R$ 3 mil. Ainda entra na lista o golpe do bilhete premiado, o mais comum, que já lesou muitas pessoas. Ano passado, uma mulher perdeu R$ 15 mil.

Mais 3 assaltos e 2 furtos em Tubarão

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Tubarão

Os lojistas e empresários de Tubarão não param de ter prejuízos provocados por ladrões. A Padaria Jane, no bairro Santo Antônio de Pádua, foi assaltada nesta sexta-feira, por volta das 17h30min. Um homem armado entrou no estabelecimento, rendeu o proprietário e roubou R$ 100,00. Depois, fugiu com outro bandido, que o aguardava em uma motocicleta.

O Mercado Paulinho, no bairro Vila Moema, foi alvo de um assalto na quinta-feira à noite, às 19 horas. Dois homens entraram no estabelecimento e um deles, armado, anunciou o crime. Eles levaram R$ 200,00 e fugiram a pé. Cerca de uma hora depois, um caminhão Ford Cargo, de Palhoça, foi furtado do pátio do Posto Presidente, na BR-101. A loja Reis Esportes, no Centro, foi arrombada no mesmo dia, na madrugada. Foram levados 12 pares de chuteiras, dez bolsas e dez bolas de futebol. Às 6h30min, policiais militares foram à Relojoaria e Ótica São João, que estava com a vitrine quebrada. Três óculos de sol haviam sido levados.

Conforme o Notisul divulgou com exclusividade nesta sexta-feira, nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 48 assaltos a estabelecimentos comerciais, contra 39 no mesmo período do ano passado. O aumento também é verificado nos furtos – 91 neste primeiro quadrimestre e 75 em 2010.

Incêndio atinge indústria de molduras

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Mirna Graciela
São Ludgero

Um incêndio de grandes proporções destruiu nesta sexta-feira a indústria de molduras Effting, que pertence ao grupo Moldurart, em São Ludgero. As chamas iniciaram por volta das 18h25min e até o fechamento desta página, às 22 horas, o fogo ainda não tinha sido controlado.

O desafio dos bombeiros militares, assim que chegaram ao local, foi evitar que as labaredas atingissem as empresas próximas, especialmente a Copobrás e a Incoplast Embalagens, onde há materiais inflamáveis, o que poderia ocasionar fortes explosões. Aproximadamente 150 funcionários destas empresas ajudaram no trabalho de contenção das chamas, além de aproximadamente 130 bombeiros, entre voluntários e militares, das cidades de Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Orleans e Urussanga. Quatro pavilhões já haviam sido totalmente destruídos. Suspeita-se que o incêndio tenha iniciado em uma caldeira.

Os bombeiros de Florianópolis também foram acionados para que ajudassem a conter o fogo com o helicóptero esquilo. O clarão provocado pelas chamas podia ser observado da cidade de Braço do Norte.

Centro de Convivência inaugura dia 13 de junho

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Tubarão

 

A transformação do campus da Unisul  de Tubarão continua. Um dos mais expressivos prédios, o Centro de Convivência, já tem data para ser inaugurado: próximo dia 13.
 
Desde o início, a ideia do projeto era centralizar informações e setores da instituição. Inúmeros estabelecimentos já iniciaram a montagem de seus negócios.
 
A comunidade terá à disposição serviços variados, como papelaria, casa lotérica, salão de beleza, restaurantes, agência bancária e lojas variadas, entre outros atrativos.
 
Além disso, parte da administração da Unisul também estará alocada no Centro de Convivências – coordenações, reitoria, departamento de comunicação e marketing, diretoria de campus, gerências e o Serviço de Atenção Integral ao Acadêmico (Saiac) estão de mudança para a nova sede.

Lote do Laguna Internacional é desmembrado

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Laguna

 

Em duas oportunidades, a prefeitura de Laguna tentou leiloar a área do Laguna Internacional, recebida em pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), devido desde 2003. O motivo é o tamanho do espaço (são cerca de 44 mil metros quadrados) e o valor: em torno de R$ 19 milhões.
 
Nesta semana, o procurador adjunto do município, Rodrigo Moraes, entregou a área do lote um do loteamento já desmembrada para o prefeito Célio Antônio (PT). O espaço foi dividido em quatro áreas de dez mil metros quadrados, avaliadas em R$ 4,5 milhões cada.
 
O lote 1 será alienado para fins de obtenção de recursos para obras do Programa de Desenvolvimento Comunitário e Sustentável. Parte destas terras, antecipa o procurador Rodrigo Moraes, será leiloada e o restante vai para o processo de permuta. 
 
Conforme consulta no Tribunal de Contas, o município poderá realizar a permuta desde que realize uma licitação da obra que será trocada. A terceira tentativa de leilão deverá ocorrer em aproximadamente 45 dias.
 
As demais áreas recebidas do Laguna Internacional, avaliadas em mais de R$ 30 milhões, está na fase final dos novos registros de matrículas.

Vencedores participarão de exposição na semana cultural

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Karen Novochadlo
Laguna
 
Os jurados do concurso Laguna em Três Clics devem ter tido um trabalho imenso ao selecionar as imagens vencedoras. Mais de 102 fotografias foram inscritas. A ideia da organização era premiar as quatro melhores imagens capturadas da cidade. Em primeiro lugar, ficou a fotografia de Ronaldo Amboni.
 
O fotógrafo registrou os botos no canal da barra de Laguna. Ronaldo também ficou na terceira posição, com foto de uma baleia. Com a primeira e terceira colocações, conquistou, respectivamente, um netbook e um óculos de sol. O participante também venceu a enquete virtual realizada pela internet.
 
Ele ganhou um fim de semana no Laguna Tourist Hotel. Em segundo lugar, está a foto da Festa de Santo Antônio, feita por Rômulo Camilo. Ele foi premiado com uma bicicleta. Em quarto, ficou Alexandre Brandl, que registrou uma cena de pesca. Como prêmio, recebeu uma impressora multifuncional. 
 
As 20 melhores fotos foram expostas junto às 20 imagens finalistas do último ano, no Tourist. Haverá uma nova exposição no hotel no domingo da próxima semana. Em junho, durante a Semana Cultural da Cidade, serão expostas no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos.
Como fazia parte da inscrição a doação de alimentos, foram arrecadados 180 quilos. Destes, 60 foram destinados à associação beneficente Maranata, 60 à Fundação Hermon e 60 ao Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus Passos. 
 
Cerca de 100 peças de roupas, arrecadadas durante a exposição, também foram entregues à Casa Lar. Conforme o organizador do evento, Peterson Crippa, o número de inscritos dobrou este ano e já preparado um novo concurso para  2012.

“Educação é a solução”

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Maurício Fernandes Pereira, 39 anos, é o atual presidente do conselho de educação do estado. Natural de Laguna, é formado em administração, tem mestrado e doutorado em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc). Também é presidente da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc), coordernador do curso de Administração na Ufsc. Estudou grande parte de sua vida em instituições públicas. Cursou parte do ensino médio em Tubarão, no colégio São José. É casado com a tubaronense Cristiane e pai de Vinicius, 3 anos.

 

Karen Novochadlo
Tubarão

Notisul – Quais são as atribuições do Conselho da Educação?
Maurício – O conselho tem como grande atribuição trabalhar na normatização e regulamentação do ensino em Santa Catarina, da educação básica até o nível superior. Nós criamos normas, regras, portarias. E a secretaria de educação do estado tem a função de executá-las. As secretarias municipais têm a responsabilidade de cuidar do ensino fundamental, de 1ª a 5ª série. De 6ª em diante, é responsabilidade do estado. Para ter uma ideia, no ensino superior, todo o sistema Acafe passa por lá. Nós autorizamos e reconhecemos cursos, credenciamos universidades. Também recebemos denúncias. Volta e meia, mandamos fechar uma escola. Nas próximas semanas, duas escolas de educação à distância do estado serão fechadas. Na educação à distância, por exemplo, podemos encontrar vários problemas, como a tecnologia inadequada, o que é picaretagem. Aprovamos um projeto e executam outro. Nós vamos lá apurar, através das gerências regionais de educação.

 
Notisul – Há algum tempo voltou-se a falar em municipalização do ensino fundamental. O que pensa a respeito?
Maurício – Há uma discussão nacional sobre esse assunto, mas nada definido. Hoje, o que está claro é que até a 5ª série é responsabilidade do município. A municipalização é no sentido da autonomia do sistema. É a própria prefeitura executar a política pública da educação, não precisa esperar o estado. Você não pode municipalizar a educação e não dar recursos. Temos no país um grande problema: a grande maioria dos impostos arrecadados em Tubarão ou qualquer município vai para o governo federal. Um percentual menor vai para o estado. E um menor ainda vai para o município. Tem algo errado neste sistema. Quer dizer, os recursos provenientes de Tubarão deveriam permanecer no município. Agora, as cidades que não geram renda, quem vai bancá-las? Tudo precisa ser discutido. 
 
 Notisul – Li um artigo seu, onde você fez uma citação de Darcy Ribeiro: “A escola básica não alfabetiza, a média não ensina e a superior simula ensinar”. O que quis dizer com isso?
Maurício – Eu quis dizer que se pegar qualquer indicador de educação do Brasil, Santa Catarina sempre estará entre os cinco primeiros. Mas, quando você compara com coisas ruins e está bem, não é bom. Você tem que se comparar com os melhores do mundo. É um engano pensar que Santa Catarina está bem. Se está, em relação a quem? Se for ao mundo, está uma tragédia. É uma série de problemas: escolas que não funcionam, professores que faltam, dificuldades na merenda. Na minha visão, o principal problema é que o estado brasileiro não coloca educação como prioridade. Deveria ser uma política do estado. O que tem fazer é entender que educação é prioridade. O professor tem que ser entendido como a pessoa mais importante do estado. O salário do professor tem que ser melhorado, a escola tem que ser melhorada. Na hora que começar a fazer isso, começa a resolver os problemas. 
 
Notisul – Os professores reclamam da insegurança dentro da sala de aula…
Maurício – Na hora em que um país tem que colocar seguranças na entrada de uma escola para que o aluno e o professor possam entrar, tem alguma coisa errada. O problema da educação também é social. Temos de investir, por exemplo, em tempo integral na escola. A criança não pode andar na rua. Um conhecido que estava na França, passeando com o filho, foi abordado por um policial. ‘Por que o seu filho está fora da escola? É horário de aula’. Era período de férias no Brasil e ele estava passeando. Em várias cidades do Brasil, vemos crianças que deveriam estar na escola, mas estão fora das salas de aulas por diversos motivos. Um motivo absurdo é que às vezes não tem escola à disposição.
 
Notisul – É difícil encontrar estabelecimentos que ofereçam ensino integral. Há turmas diferentes de manhã e à tarde… 
Maurício – Esse é um problema. Outro problema é que muitos pensam que tempo integral significa que a criança deve ficar à tarde na escola para brincar. A criança tem que brincar, mas dentro de um projeto pedagógico. Um coreano me falou que em seu país as crianças entram na escola às 7 horas e saem às 19 ou 20 horas. E, quando chega perto de entrar na faculdade, elas ficam na escola até de madrugada. Não estou dizendo que isso é melhor, mas é melhor que ficar três ou quatro horas na escola. Uma vez, quando eu visitava uma cidade no oeste de Santa Catarina, parei o meu carro e entrei em um bar para tomar uma água. Eu vi uma criança lá, era a filha da dona. Eu perguntei se a menina não tinha aula. A mãe me respondeu que naquele dia teria homenagem ao dia das mães à noite,  a escola não teria aula para se preparar. Olha que barbaridade. Sorte que ela tinha como deixar a folha em algum lugar, e os pais que não têm?
 
Notisul – Fala-se muito da valorização dos professores. A categoria, inclusive, está de greve porque não recebe o piso nacional…
Maurício – Na verdade, na minha visão, o estado vai pagar o piso. Não tem como não pagar. Existe um documento no estado: diagnóstico da educação em Santa Catarina, feito pela Organização de Cooperação para Desenvolvimento Econômico. É uma organização onde estão os 38 países mais desenvolvidos do mundo. O Brasil não faz parte. Na época do presidente Fernando Henrique Cardoso, a organização foi contratada para fazer um raio-x da educação em Santa Catarina. O governo não só contratou, como também publicou um livro sobre as mazelas do ensino. Entre uma delas, estava o salário baixo do professor. Se um professor iniciar a carreira ganhando R$ 560,00, está mal a coisa. O professor tem que ganhar bem e ser valorizado na sociedade. Na Coreia do Sul, o professor ganha razoavelmente bem. Mas lá é reconhecida como a profissão mais importante da sociedade. No Brasil, professor ganha mal. Temos que mudar essa lógica. Santa Catarina está caminhando bem em educação. Tenho conversado muito com o secretário de educação, Marco Tebaldi. Ele está muito bem intencionado. Vamos ter mudanças substanciais, mas o caminho é longo. Você não muda uma sociedade ou a educação da noite para o dia. Querem colocar escola em tempo integral. A pergunta do estado e dos municípios é: quem paga a conta? E as escolas que já têm dois turnos? Como vão ser contratados novos professores? Como? É uma piada total se dissermos que não podemos ter escola em tempo integral. Nós temos um município no Paraná com 100% das escolas com ensino integral. Não precisamos dizer que isso diminuiu a criminalidade. Não podemos dizer que não dá para fazer e não fazer nada. Não. Temos que começar, uma escola, duas escolas, e assim vai.
 
Maurício por Maurício
Deus: Força. 
Família: Razão da minha existência.
Trabalho: Dedicação.
Passado: É uma experiência que deve ser entendida.
Presente: Momento mais importante da nossa vida. É uma dádiva.
Futuro: Nós construímos o nosso próprio futuro.
 
Professor deveria ser a profissão mais valorizada do país. Existem professores que se envergonham da profissão. 
Quando você pergunta onde trabalham, respondem em tal empresa. A empresa, que é o bico, transforma-se em emprego prioritário, isto em decorrência do salário, das condições de trabalho.

Uma cidade gelada

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Toda nossa região sul é conhecida por ser uma área gelada e fria no inverno, características da região. Isto ocorre por estarmos próximo dos polos. É normal então ser fria no inverno. O que não é normal é a frieza de seu povo e seu exagero de formalidade. Uma cidade com aspectos arrogantes em que as pessoas vivem apenas em seu mundinho social. É claro que a insegurança é um problema, contudo, esta insegurança não é maior do que em cidades que tem um povo mais hospitaleiro. Como em algumas capitais.
 
Há pouco tempo, em uma viagem de estudo, estive em Curitiba. Por não conhecer o lugar, foram necessárias várias paradas para pedir informação. O que percebi foi: a informalidade, o respeito e a cordialidade do povo daquela cidade. Conversei horas com um senhor, que me falou sobre a cidade. Parecíamos amigos de longa data. Em outra ocasião, estive em algumas cidades do Rio Grande do Sul e percebi os mesmo gestos de hospitalidade. As pessoas param na rua, nos terminais de ônibus e cumprimentam-se, conversam e relacionam-se com mais naturalidade, até com quem não conhecem. Tais gestos você percebe em nossa região?
 
Somos um povo educado, porém, a coletividade está apenas no nome. É normal você chegar a uma parada de ônibus e perceber pessoas no mesmo local e nem conversar. Fazem de conta que não há ninguém ali. Isto ocorre nas salas de espera de médicos e dentistas. Parece que você está em um tribunal para ser julgado e condenado. Nos elevadores de nossa região: sejam em shopping, edifícios, a mesma prática acontece. As pessoas olham para tudo e qualquer canto, menos para os que estão ali ao seu redor. Quanto mais próximo do centro, encontra-se não apenas muros cercados e cercas elétricas, mas uma população amedrontada, grossa e áspera no convívio social. As suas ruas parecem ser um lugar inabitado. No trânsito, por qualquer motivo, se faz uma guerra. Nas universidades, nos corredores: percebe-se apenas conversas com alunos do próprio curso, alunos de outros cursos parecem ser seres alienígenas de tanta falta de coletividade. Na sala de aula, os que tentam conversar, falar, quebrar o gelo, são literalmente tachados de chato e papudo. Que cidade é esta? E ainda escuto pessoas falar em socialismo! Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimos de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum.
 
É claro que cada um no seu quadrado é bom para todos, todavia, um pouco de calor humano e cordialidade não faz mal a ninguém. É fato que, as “Marias fifis” que vão em casa em casa fofocar (falar da vida alheia) é uma prática condenável, convém dizer que viver em uma sociedade gelada e grosseira também não dá. Eis que é preciso viver nossos conceitos de: harmonia, cordialidade e sociabilidade. É triste ouvir pessoas que vêm de fora para fazer uma palestra e reclamar de nossa forma de tratar os visitantes e a nós mesmos. Não é legal escutar também que somos xucros, frios e nada hospitaleiros. Afinal vale a pena ou não ser e fazer feliz? Ser hospitaleiro é o caminho, contudo, é preciso perceber que somos seres humanos de uma mesma espécie. Somos ricos em razão e emoção, basta apenas cultivar e respeitar cada um indiferente de sua: cor, língua, religião e social. “Todos os homens do mundo na medida em que se unem entre si em sociedade, trabalham, lutam e melhoram a si mesmos”.
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