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Atendimento ao contribuinte: Centro é inaugurado em Tubarão

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Amanda Menger
Tubarão

Com as crises ambiental e econômica, o estado deixou de arrecadar R$ 400 milhões nos últimos quatro meses. Além de enxugar os gastos, a secretaria estadual da fazenda determinou que a fiscalização dos tributos seja ainda mais rigorosa. Para isso, há uma semana, foram sancionadas pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) três leis do chamado pacote de gestão por resultados.

“A intenção não é caçar bruxas. Temos que melhorar a arrecadação do estado e, para isso, os funcionários da secretaria estadual da fazenda receberão um percentual pelas metas alcançadas. Além de apertar o cerco contra os sonegadores, temos que melhorar o atendimento ao cliente. Tubarão saiu na frente ao inaugurar o primeiro Centro de Atendimento ao Contribuinte”, afirma o secretário estadual da fazenda, Antonio Gavazzoni.

Há quase dez anos, um levantamento diagnosticou problemas no atendimento aos contribuintes da gerência regional de Tubarão. “Desde 2006, vínhamos pensando em como sanar as deficiências. Com ajuda dos funcionários da gerência, foram realizadas pesquisas, o projeto foi elaborado e agora conseguimos tirar do papel”, afirma o gerente regional da fazenda, Pedro Hermínio Maria.
Com a Central de Atendimento ao Contribuinte, os serviços serão centralizados, e o objetivo é que os problemas sejam solucionados sem ter que passar o caso para outro servidor da fazenda. Além de facilitar o acesso às informações, com computadores ligados à internet.

Ainda ontem, Gavazzoni ministrou uma palestra com os empresários sobre a crise mundial, na Associação Empresarial (Acit). O secretário estadual da fazenda assinou ainda um convênio de cooperação técnica com a prefeitura para a emissão da nota fiscal de produtor.

Sabe o que os astros guardam para você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
Lua, Vênus e Marte estão em seu signo, caracterizando um dia de muita energia. Franqueza, ações e motivações apaixonadas, força da individualidade. Mas atenção para não levar somente em conta as suas vontades.

Touro (20/04 a 20/05)
Dia de intensa reflexão e ações nos bastidores. Muita energia interior, mas que talvez você tenha dificuldade de exteriorizar. Percepção dos fatores inconscientes que regem os atos.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Ímpeto para ações em grupo e na sociedade. Tendência a fazer um papel de pioneiro ou líder. Motivação de iniciar, de agir por um primeiro impulso. Fortes sentimentos envolvendo amigos. Algo pode começar hoje e desenvolver-se nas próximas semanas.

Câncer (22/06 a 22/07)
Forte energia envolvendo o trabalho, onde você está assumindo uma posição de pioneiro, iniciador de algo, canceriano. É a paixão com que faz as coisas que determina boa parte de suas realizações.

Leão (23/07 a 22/08)
Disposição para lutar pelos sonhos e atingir metas. Você sintoniza-se com uma nova visão da vida e ela se traduzirá em atitudes idealistas. Defenda os seus interesses, mas evite impor-se sobre os outros. Contato com pessoas distantes favorecido.

Virgem (23/08 a 22/09)
Tudo o que está ocorrendo com os virginianos se traduzirá numa nova atitude diante da vida. Pois agora é o momento da transformação e da percepção de realidades antes inimagináveis. É também o momento de resolver questões emocionais e financeiras.

Libra (23/09 a 22/10)
Vênus, Marte e Lua estão se movimentando no signo de Áries, que representa a energia oposta de Libra. São posicionamentos astrológicos que traduzem a necessidade de uma nova atitude nos relacionamentos.

Escorpião (23/10 a 21/11)
Dia que favorece o trabalho, com ações dinâmicas e pioneiras. É também um momento importante para aprimorar a conduta emocional, os relacionamentos e os valores.

Sagitário (22/11 a 21/12)
A energia emocional predomina no céu astrológico e simboliza uma atitude assertiva, franca e direta. Você quer demonstrar sentimentos sem restrições. Mas não deve confundir assertividade com agressividade.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
O momento atual inspira os capricornianos a um maior conhecimento de suas emoções e atos. E também à consciência sobre a individualidade e sobre o que significa estar firme sobre os próprios pés, sem dependências.

Aquário (20/01 a 18/02)
Pensamento e ação se coordenam, criando dinamismo. Mas deve haver cuidado com a tendência à agressividade, a impor suas idéias ou agir impetuosamente, desconsiderando os outros.

Peixes (19/02 a 20/03)
Dia que favorece resoluções materiais, condução de negócios e expressão de talentos. Você quer manifestar os seus potenciais, sem se sentir restringido pelas pessoas.

As faces da violência

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No dia 20 de abril de 2009, os apresentadores do Jornal Nacional, Willian Bonner e Fátima Bernardes, precisaram mais do que um minuto e pouco para anunciar as manchetes, cujo foco era a violência, deixando mais rastros por todo o Brasil. Caro leitor, sem sombra de dúvidas, a ciência contribui muito para o avanço tecnológico, e o desenvolvimento de uma nação. Dentre os inúmeros inventos do homem, encontramos a televisão, que está neste universo há mais de meio século. É exatamente sobre ela, ou melhor, sobre certos tipos de programação, que julgamos não estar bem relacionada com a moral dos bons costumes e que está gerando um grande desentendimento nas famílias e trazendo sérias consequências para uma sociedade já em pânico.

Para assistir a um filme, você tem hoje duas opções: ou você pega o seu carro e vai até a um cinema, ou corre para a sua locadora mais próxima e escolhe o seu filme predileto e assiste em sua própria casa com mais comodidade. Quando comecei os meus estudos investigativos sobre a violência, além de procurar as autoridades judiciais e militares, acrescentei em minha agenda os pastores das igrejas evangélicas, por algum tipo de curiosidade. Eu não estava errado sobre as minhas suspeitas.

Mas, no próximo artigo, quero acrescentar um dado interessante, sobre o papel das igrejas no combate à criminalidade. Observe o que me disse um pastor de certa igreja: “Na minha casa, não temos televisão. Pois, além de não oferecer nada de educativo para as nossas crianças, ela então só mostra os fatos ruins e filmes de violência e pornografia. Na minha igreja, consideramos a televisão como o bezerro de ouro de século 21”. Aceitei suas considerações. Muito embora tenha achado que o pastor tenha exagerado muito em suas conotações. Tenho um amigo que atualmente é procurador público do estado. Mas, em meados do ano 2000, ele era promotor da vara da infância e da juventude.

Naquele mesmo ano, ambos participamos de alguns encontros promovidos pelo: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) em Florianópolis. Naquela época, tínhamos na pauta a redução da lei penal para os menores infratores. Esperei dar um intervalo para trocarmos alguma ideia. Foi então que eu comentei com ele o que o pastor havia me revelado. Notei pelo seu semblante que aquele comentário não tinha deixado-o muito preocupado. Pois, para a minha surpresa maior, ele veio fortalecer mais ainda o que aquele pastor havia me dito.

Então, disse-me ele: “Na minha casa, não permito que meus filhos assistam a qualquer tipo de programação que não seja sócioeducativo. Portanto, filmes de violência, até mesmo nas séries de desenho animado, estão proibidos lá em minha casa. De lá para cá, não tivemos mais nenhum encontro. Mas, como pai que também sou, e repousa sobre cada um de nós a responsabilidade e a chama sagrada de guardião dos filhos, espero que ele tenha obtido êxito na sua missão de salvaguardar os seus filhos dos ardis que muitos programas de televisão estão oferecendo hoje em dia.

De fato: se o aparelho de televisão possa ser comparado ao tal bezerro de ouro em nosso século, eu ainda não posso afirmar. Agora, concordo com o meu amigo promotor. Deve partir dos pais a iniciativa de fiscalizar o que os filhos estão assistindo diante do espelho ilusório, principalmente os jovens, e não importando o sexo. Não tenha dúvidas. Os canais de televisão estão contribuindo muito para o aumento da criminalidade em nossos dias. E o que falar então das locadoras de vídeos? Filmes com cenas obscenas, e de violência, que podem causar transtornos emocionais e neurológicos em certos indivíduos ou crianças, estão sendo exibidos em horário não permitido por lei.

Então, o que é isso? São algumas das faces da violência. O mundo tornou-se uma tela real e natural da cinematografia a favor da violência. Onde o cinema imita a vida e a vida imita o cinema. Colaboração de José Ortega Gasset (1883 – 1955), A violência é a retórica de nosso tempo.

Ministério Público: Empresários buscam orientação contra fábrica de fosfato

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Representantes da Associação Empresarial do Vale (Acivale) de Braço do Norte discutem a possibilidade de entrar com ação contra a Indústria Fosfateira Catarinense (IFC), autorizada para explorar, em Anitápolis, uma jazida de fosfato. Segundo eles, a atividade poderá trazer prejuízos ambientais incalculáveis à região do Rio Braço do Norte. O fosfato é utilizado para a produção de superfosfato simples granulado (SSP-G), o que gera uma reação entre o fosfato e o ácido sulfúrico.

Preocupados com os danos que a produção destes materiais oferecem ao meio ambiente e a saúde, o ex-presidente da Acivale, o ambientalista Elton Heidemann, e o empresário Woimer José Back reuniram-se com o Ministério Público (MP) em busca de orientações a fim de intervir no funcionamento da indústria.

Para Heidemann, o município ganhará com impostos e empregos com o funcionamento da empresa, mas os danos causados pelo rejeito deste material poderão colocar em risco toda a produção e a saúde dos cidadãos dos municípios que margeiam o Rio Braço do Norte. “Nenhuma explanação ou consulta pública sobre o projeto foi realizada. A primeira nascente do Rio Braço do Norte está localizada em Anitápolis e o funcionamento da IFC será uma ameaça permanente”, argumenta o ambientalista.

Back é também investidor na geração de energia hídrica na região e questiona os riscos que a operação de exploração pode causar aos equipamentos das usinas instaladas ao longo do Rio Braço do Norte. “Temos receio quanto à qualidade da água. Os rejeitos da atividade que a IFC propõe são corrosivos e podem inviabilizar outras atividades que também trazem divisas para as cidades do Vale”, lamenta Back.

Ministério Público
A promotora do MP Caroline Cristine Eller disse aos empresários que não possui autonomia para agir no caso da instalação da Indústria Fosfateira Catarinense (IFC). “É algo sério e preocupante, mas não compete a mim propor uma ação. Isto deve ser tratado pela comarca de Anitápolis”, explicou.

Empresa possui licenciamento na Fatma

Conforme o ex-presidente da Associação Empresarial do Vale (Acivale) de Braço do Norte, o ambientalista Elton Heidemann, e o empresário Woimer José Back, a Indústria Fosfateira Catarinense (IFC) está sob controle de duas multinacionais: a americana Bunge e a norueguesa Yara.
O projeto de implantação da IFC tem a Licença Ambiental Previa (LAP), remetido pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O prazo de exploração da jazida de fosfato em Anitápolis é de 33 anos. Somente para a construção da indústria, cerca de 1,25 mil empregos seriam gerados.

A fábrica ocupará uma área de 1,8 mil hectares (18 milhões de metros quadrados de terra) em meio a um bioma – região com o mesmo tipo de clima e vegetação – às margens do Rio Pinheiro em uma Área de Proteção Permanente (APP). A área corresponde a 10% da reserva de fosfato no Brasil e receberá, através do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 550 milhões em investimentos privados para viabilização.

O governador do estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), assinou um protocolo de intenção para liberação dos valores, como forma de apoio às empresas exploradoras. Por outro lado, o grupo contrário à instalação da empresa argumenta que os prejuízos serão sentidos com o tempo. “Depois do dano e com o fim da exploração, quem irá pagar a conta? Com certeza, seremos nós e as futuras gerações”, aponta Heidemann.

Todos os municípios do Vale são contra a IFC

No Fórum de Desenvolvimento dos Municípios das Encostas da Serra Geral, ocorrido no início deste mês, em Santa Rosa de Lima, apenas o prefeito de Anitápolis, Saulo Weiss (PMDB), apoiou a instalação da Indústria Fosfateira Catarinense (IFC) na cidade. O presidente do grupo, o prefeito de Santa Rosa de Lima, Celso Heidemann (PP), também diz ter dúvidas sobre a instalação da empresa.

Ele adianta que solicitará uma audiência com o presidente da Fatma, Murilo Xavier Flores, para debater a questão. “Não há o que discutir em relação aos benefícios. O debate gira em torno dos riscos que a exploração do fosfato poderá oferecer a todos os municípios margeados pelo Rio Braço do Norte”, explica Heidemann.

Tentativa de homicídio: Agressor segue desaparecido

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Maycon Vianna
Tubarão

Os investigadores da Polícia Civil de Tubarão iniciaram os trabalhos para descobrir quem tentou matar o jovem Jefferson Cabral, 25 anos, por volta das 21h45min da última terça-feira, em frente ao Colégio São Bernardo, em Tubarão.
Segundo informações dos policiais, a discussão pode ter sido causada por uma dívida. Jefferson foi atingido com uma facada pelas costas. A arma não chegou a perfurar um órgão, mas deixou a viatura da equipe do Corpo de Bombeiros de Tubarão completamente ensanguentada.

Os soldados do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) da Polícia Militar de Tubarão atenderam a ocorrência. Logo após a vítima ser atingida, a PM ainda fez rondas pelas ruas próximas ao local do crime.
O autor da tentativa de homicídio não foi encontrado, e a agência de inteligência da PM continua as investigações para descobrir o autor. Jefferson segue internado no Hospital Nossa Senhora da Conceição. O seu quadro clínico é estável.

Arena Multiuso: Verba do estado será confirmada hoje

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Zahyra Mattar
Tubarão

Está confirmado o repasse de R$ 6 milhões para a construção da Arena Multiuso de Tubarão. A informação, repassada ontem ao Notisul com exclusividade, será oficializada hoje, quando o governador Luiz Henrique da Silveira participa de um almoço na cidade para, também, confirmar várias licitações para a construção de prédios escolares na região (leia mais na página 5 desta edição).

O prefeito de Tubarão, Manoel Bertoncini (PSDB), e o assessor de desenvolvimento institucional e inovação da Unisul, Valter Alves Schmitz Neto, aproveitarão a ocasião para mostrar ao governador a readequação do projeto da arena. Esta diminuição na estrutura física do empreendimento foi uma condição imposta por Luiz Henrique, em fevereiro deste ano, para a liberação da verba.

O primeiro projeto tinha orçamento estimado em R$ 15 milhões para a construção de 20 mil metros quadrados de área. Agora, serão R$ 10 milhões para concretar um espaço de 11,5 mil metros quadrados. O restante da verba necessária à obra (R$ 4 milhões) deve ser dividido entre o município e a União. “Com a resposta do governador, nós iremos em busca de recursos federais, nos ministérios da cultura e dos esportes, e o município complementará o que for necessário”, adiantou o prefeito Manoel Bertoncini, no dia 30 de abril, quando a readequação do projeto foi apresentada na secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão.

A diminuição física da Arena Multiuso de Tubarão não comprometeu a ideia inicial. “O conceito de uma área com múltiplos usos, com espaço para cultura, esporte e eventos, continua. A diferença é a capacidade, mas não a ponto de impedir que recebamos peças de teatro ou jogos nacionais”, garantiu Valter, à época (Confira detalhes no quadro ao lado).

O que será apresentado hoje

• O projeto antes incluía três etapas: ginásio de esportes, teatro e espaço para eventos. Agora, é apenas uma fase, contemplando os três espaços propostos anteriormente, além de uma concha acústica, praça de alimentação e estacionamento.
• O ginásio de esportes previa antes 3,6 mil lugares. Com a readequação, passou para 3,5 mil. “A preocupação era que o ginásio pudesse abrigar jogos de campeonatos nacionais de futsal. Para isso, era necessário que as arquibancadas tivessem no mínimo três mil lugares. Assim, ainda teremos uma ‘sobra’ de espaço”, afirma o assessor de desenvolvimento institucional e inovação da Unisul, Valter Alves Schmitz Neto.

• O teatro tinha previsão para 1,2 mil espectadores. Com a readequação, passou para mil lugares. O espaço para outros eventos foi mantido, com a construção de salas para exposições e oficinas culturais.
• Um dos diferenciais do novo projeto é a concha acústica retrátil. Poderá ser utilizada para eventos internos, usando o espaço da quadra esportiva e as arquibancadas. Poderá ser também externo, para shows maiores, com o uso do estacionamento para acomodação do público.

“Tubarão precisa ser projetada e planejada para o futuro”

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Zahyra Mattar
Tubarão

Notisul – Desde janeiro deste ano, a cidade tem sofrido com muitos alagamentos. O que houve?
Nilton
– No começo deste ano, logo no segundo dia de janeiro, tivemos aquela chuva torrencial, inclusive, foi decretado estado de emergência na cidade. Logo em seguida, tivemos mais três eventos como aquele. Não houve tempo de recuperar nada. Foi o suficiente para destruir parte da malha viária e da rede de drenagem principalmente. Nem me lembre. Foi horrível para o cidadão e para nós também. Na época, decidimos rapidamente algumas ações prioritárias, a curto prazo e outras obras que precisam ser executadas a médio e longo prazo.

Notisul – Pode citar algo?
Nilton
– Vão achar que não deveríamos ter gasto tempo com isso, mas, ainda no começo do ano, logo após a segunda grande chuva (em janeiro), fizemos um mapeamento de todos os pontos críticos da cidade e o que estava causando tal problema e tal rua ou comunidade. E foi justamente por conta deste documento que hoje conseguimos dar uma resposta mais rápida para a população. Ainda não está tudo em ordem. Quando o cidadão reclama, tem razão. Mas não posso atender 100 mil pessoas ao mesmo tempo, infelizmente.

Notisul – Quais são os pontos críticos?
Nilton
– Há vários. Os mais preocupantes são as comunidades estabelecidas em áreas de risco ou em bairros muito baixos. A região do São Clemente (Andrino), por exemplo, fica completamente abaixo no nível do Rio Tubarão. Passo do gado, Campestre, Madre, Pantanal. Todas são exemplos de localidades onde a solução é bastante complexa e cara. Isso não significa que nada será feito. Às vezes, quando falamos em caro, entendem que não faremos a obra. Há planos, projetos, mas não são coisas que se fazem do dia para a noite.

Notisul – Você acha que o foco nas obras de asfaltamento, no fim do ano passado, contribuíram para o reflexo tão acentuado da chuva agora?
Nilton
– Não diria isso. O que ocorre é que nunca tivemos tanta chuva concentrada em tão pouco espaço de tempo. Concentrou tudo. O que choveria em dez ou 12 horas caiu em dez minutos. Como temos uma rede de drenagem completamente comprometida, não poderia dar em outra coisa: Tubarão ficou literalmente embaixo d’água. Para minimizar tantos problemas, intensificamos, neste primeiro trimestre, o trabalho de desassoreamento das mais de 20 quilômetros de valas que recebem toda esta água da chuva. Em alguns locais, há rede de esgoto para estas valas também, o que é outro problema, porque entope com mais frequência. Este trabalho de desobstrução é feito ao longo do ano, e desta vez precisou ser feito em três meses, senão ficaríamos mesmo embaixo da água e do esgoto. O problema é que temos uma draga para fazer o serviço.

Notisul – Então, a falta de estrutura em máquinas é o problema?
Nilton
– Se é para ficar reclamando, prefiro colocar a cadeira à disposição do prefeito. Tenho que trabalhar com o que tenho, ser criativo, buscar alternativas. Não adianta ficar com os cotovelos na mesa se lamentando. Falta maquinário, é verdade, mas isso não é de hoje, de ontem, é uma defasagem de 30, 40 anos atrás. Há três patrolas e três retroescavadeira para atender toda a cidade. Não dá. Isso sem contar os caminhões com 30 anos de uso. Mas é o que tenho, é com o que trabalho. Ruim com isso? Pior sem. Mas hoje discutimos muito esta questão: vale mais a pena ter uma estrutura grande ou o mínimo indispensável e contratar serviços. Este debate não é feito somente em Tubarão, mas em todo o país. Em muitos casos, contratar os serviços é muito mais ágil e barato do que manter uma frota.

Notisul – Mas então como vocês fizeram para limpar as valas?
Nilton
– Contratamos uma empresa em fevereiro. O trabalho está em fase final agora. Depois de tudo pronto, é só manter com o velho e conhecido serviço de manutenção. A coitada da draga não para o ano todo (risos). Além das valas, também temos em Tubarão cerca de cinco mil caixas coletoras e bocas-de-lobo. Este trabalho também foi intensificado. Contratamos, em fevereiro, um caminhão hidrojato para desobstruir tudo.

Notisul – Você falou que a rede de drenagem está comprometida no município todo. O que é feito para resolver este problema?
Nilton
– A qualidade do sistema de rede de drenagem é precária realmente. Ao longo dos anos, não houve investimento, não foram tomados os cuidados necessários. Há 40 anos, projetava-se uma rede de drenagem para cinco ou seis casas, hoje temos dez prédios e 20 casas em uma mesma rua e a rede de drenagem continua a mesma, feita para apenas seis casinhas. Não houve preocupação, projeção para o futuro. Hoje, é totalmente diferente. Na (avenida) Pedro Zapellini, por exemplo, a rede é nova e projetada. Deixamos as esperas (pré-ligação na tubulação) para futuramente trocar toda a rede ao redor da avenida. Isso um dia tem que ser feito, porque toda a rede de drenagem (do bairro) de Oficinas não tem mais condições.

Notisul – Quais as obras necessárias para resolver completamente este problema?
Nilton
– Para praticamente resolver, precisamos projetar um sistema de macrodrenagem, desassoreamento de toda a bacia do Rio Tubarão, a construção de uma série de estações elevatórias (máquinas que bombeiam a água da chuva e jogam para o rio). São obras a serem feita para frente. Não adianta, posso parecer repetitivo, mas a questão dos alagamentos está ligada completamente à questão da rede de drenagem. Este é o principal ponto a ser atacado, e na cidade toda, porque está tudo horrível. Também não adianta mais tubular. A cidade cresceu demais. Temos que fazer galerias. É um projeto arrojado, mas que precisa ser feito.

Notisul – E a curto prazo?
Nilton
– A curto prazo, conseguimos resolver uma série de problemas de alagamentos. Um exemplo é o Pantanal, a obra de drenagem que fizemos lá vai resolver o problema por completo. Foi tudo refeito. A região do Morro do Bem-Bom também está com tudo em dia. Podem parecer ações pequenas, mas é isso que vai garantir para que a população não fique embaixo d’água por qualquer chuvinha. Além disso, as obras nestes pontos refletem em outros. Quando fazemos uma obra em um bairro, pode ter certeza que outro também será beneficiado.

Notisul – Quanto foi gasto neste primeiro trimestre para recuperar tantos estragos?
Nilton
– Deve ter sido muito. Não sei números, porque tivemos uma destruição muito profunda na malha viária. Hoje, graças a Deus, conseguimos dar a volta. Mas achei que não daria conta.

Notisul – Como ficará a avenida Padre Geraldo Spettmann? O local será a nova entrada da cidade, mas a estrada é péssima…
Nilton
– Ali é um problema mesmo. Na verdade, o problema é tudo. A avenida terá que ser completamente refeita. Quanto aos alagamentos, fizemos algumas caixas coletoras e projetamos a construção de mais dez para diminuir o acúmulo de água. O alagamento grande só vai ser resolvido depois que a rua for refeita. A estrada ficou muito baixa. Mas isso só será mexido mais para frente, com o andamento das obras da BR-101. Paralelamente, também buscamos recursos para a construção da estação elevatória na cabeceira da ponte Nereu Ramos (centro). Isto vai resolver as cheias em todo o Dehon, Humaitá e mais um pedaço do Morrotes. A estação em frente à secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão também será remodelada. Hoje, ela funciona, mas não tem a capacidade que deveria.

Notisul – E a avenida Pedro Zapellini? A obra já não era para estar pronta?
Nilton
– Era sim. Mas houve uma série de contratempos. Começou tudo com aquele aguaceiro de novembro. Além disso, a região de Oficinas é complicadíssima para efetuar qualquer tipo de obras. Se chove um dia, tem que esperar cinco ou seis para secar tudo. Mas o grande problema não foi a chuva em si, e sim a rede de drenagem. Em janeiro, estava quase tudo pronto. Aí choveu (em janeiro) e destruiu tudo. O prefeito Manoel (Bertoncini) mandou parar tudo e ordenou que todo o trabalho fosse feito desde o começo, sem remendos. Acredito que é preferível sofrer um pouco mais do que passar trabalho lá na frente.

Notisul – Por que tem tanta rua asfaltada que precisa ser picada para resolver problemas de água? Não pensaram nisso antes de asfaltar?
Nilton
– Eu penso. Agora, os outros… O problema em Tubarão é que se asfaltava um monte de rua e não se fazia a rede de drenagem. Aí, tudo sempre acaba na bendita rede de drenagem. Parece desculpa, mas não é. Além disso, colocavam material de qualidade péssima. Um exemplo é a rua São José (dos Correios – Centro), a Prudente de Morais (Morro do Canudo – Centro). Neste caso, a pedra está aparente. Os maiores problemas em asfalto estão nas ruas pavimentadas há dez, 15 anos.

Notisul – Qual a obra mais pedida hoje?
Nilton
– Pavimentação (risos). Mas estamos investindo mais no sistema de drenagem. O prefeito disse que não quer saber de rua pavimentada (seja asfalto, pedra ou lajota) sem rede de drenagem nova e projetada para o futuro. Também temos uma demanda enorme na manutenção de ruas. A quantidade de buracos nas ruas é reflexo da rede de drenagem, a maioria causado pelo rompimento da tubulação.

Notisul – Se a drenagem é o maior problema, a implantação do Plano Municipal de Água e Esgoto (Pmae) é a solução?
Nilton
– Uma delas. A quantidade de investimento previsto no Pmae dará tranquilidade para todo este problema. Vamos ter uma rede de esgoto e uma rede de água pluvial. Só isso vai reduzir em mais da metade estes problemas de entupimento de rede, de bueiros. Acho que eu espero mais por isso que Afonso (Furghestti, gestor do Águas de Tubarão).

Notisul – Quais os projetos da secretaria para o próximo trimestre?
Nilton
– Realizar o pedido do povo: pavimentar, pavimentar, pavimentar (risos). Neste primeiro trimestre, conseguimos terminar 15 ruas. Outras nove estão em obras. Uma parte feita com pedras e outra com lajotas. Todos os bairros receberão este “mutirão do calçamento” (risos). Neste momento, estamos mais concentrados no bairro Oficinas. Poderíamos fazer muito mais, mas falta material, mão-de-obra. Não é tão fácil como se imagina.

Notisul – O crescimento da cidade te preocupa?
Nilton
– Não tanto, porque há um controle muito maior, tanto na prefeitura quanto no Ministério Público. Não teremos mais aqueles loteamentos sem a mínima infraestrutura. Hoje, temos muitos problemas com áreas assim. São comunidades que compraram lotes irregulares, dentro de áreas verdes ou de proteção ambiental. Isto nem deveria ser resolvido pela prefeitura, mas vai deixar a família do cidadão passar trabalho por causa de um caminhão de areão? Não, né!? Com o tempo, acredito que estas áreas serão regularizadas e este tipo de problema deixará de existir. Temos que nos preocupar com o futuro. A região tem uma tendência muito grande ao desenvolvimento muito rápido. Tubarão ainda é privilegiado, porque está bem no “meio” da Amurel. Se não cuidarmos e planejarmos o crescimento, vamos criar um bolsão de pobreza. Aí sim quero ver dar jeito.

Notisul – Você foi o candidato a vereador mais votado em Tubarão, no geral. Foi o primeiro do partido, o PSDB. Você não se arrepende de ter largado a vaga na câmara?
Nilton
– Ser vereador de uma cidade de 100 mil habitantes é super importante e uma honra. Mas não é que eu tenha largado, mas foi tudo muito atropelado. No início do governo, não tinha intenção nenhuma de assumir secretaria. Fui eleito para a câmara. Mas aí deu aquela chuvarada, em janeiro. Foi no segundo dia de governo, não tinha nenhum secretário nomeado. Aí o prefeito Manoel perguntou se eu podia dar uma mão, já que eu tinha sido secretário no governo do (Carlos) Stüpp, tinha experiência por conta de outros temporais (risos). Eu vim e fui ficando a pedido dele. Quando eu soube, já tinha sido nomeado secretário, não fui avisado, só comunicado (gargalhadas). Fui nomeado dia 5 de janeiro. No dia 12 que fiquei sabendo. Mas foi uma honra, especialmente por ter a oportunidade ímpar de trabalhar com um ser humano fantástico como o doutor Manoel.

Notisul – Você não pretende voltar para o legislativo?
Nilton
– Não sou secretário, estou secretário até o dia que o prefeito decidir que não precisa mais dos meus serviços.

Notisul – Surgiram boatos de que você queria deixar o cargo por conta do excesso de trabalho. É verdade?
Nilton
– Não (gargalhadas). Sai cada coisa né!? O dia que o prefeito não quiser mais meus serviços, eu saio.

Blog do Leão: Hercílio entra na era digital

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Maycon Vianna
Tubarão

A diretoria do Hercílio Luz FC utilizará o blog vamossubir-leao.blogspot.com para apresentar à imprensa e aos torcedores as suas notícias oficiais. “O espaço na internet é muito importante para que aqueles que gostam do colorado saibam o que ocorre com o clube. Agora, teremos um contato direto eletronicamente com os torcedores e a mídia de uma maneira geral”, afirma o supervisor de futebol André Mattos Barcelos.

O site do clube está em construção e não se sabe ao certo quanto tempo ainda será preciso para a finalização dos trabalhos.
As notícias sobre os departamentos de futebol profissional e não profissional, além de detalhes sobre os atletas e os treinamentos diários, estão disponíveis no blog. “Acreditamos que este elo de ligação eletrônico entre o Hercílio, a torcida e a imprensa ficará ainda mais estreito quando finalizarmos o nosso site. Muitas pessoas reivindicavam um canal que fosse interessante para saber as informações atualizadas do clube”, destaca André.
No blog do Hercílio Luz, o torcedor também poderá conferir o elenco, a ficha técnica dos atletas e dos jogos.

O diretor do Hercílio Luz, Claudio Lopes, acredita que, após a vitória no jogo amistoso da última segunda-feira, sobre o Criciúma, deu ao clube tubaronense um grande espaço na mídia estadual. “Jornais, televisão, emissoras de rádio e sites enalteceram a vitória do Leão do Sul sobre o Tigre. Ainda outras boas notícias serão publicadas na imprensa sobre as glórias do clube”, prevê.

Nova lei dos bares ficará pronta em um mês

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Amanda Menger
Tubarão

Em mais um mês, deve ser encaminha à câmara de vereadores a redação final do projeto de lei que disciplina o horário de funcionamento de bares, restaurantes e similares em Tubarão. As discussões da lei de Maurício da Silva foram retomadas há algumas semanas. Ontem, em uma reunião realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Tubarão (CDL), outros aspectos da lei foram debatidos.

“O encontro foi muito produtivo, o delegado-geral da polícia civil, Maurício José Eskudlark, sanou nossas dúvidas a respeito da legislação estadual e federal sobre jogos e diversão e isso irá nortear o nosso trabalho. Não adianta sairmos dizendo que o horário será um ou outro e no fim não ser possível devido à legislação maior“, pondera o vereador Maurício (PMDB).

Uma das ‘evoluções’ é que integrantes das polícias Militar e Civil afinaram a sintonia. “É que a PM recebe as queixas de perturbação do silêncio, de bagunça em postos de gasolina, mas quem tem o poder de cassar o alvará de funcionamento é a Civil. Assim, as reclamações de perturbação do sossego serão repassadas à Civil, que, na hora de renovar o alvará, irá levar isso em consideração”, exemplifica Maurício.

A Comissão Municipal de Segurança estará novamente reunida hoje, na CDL, a partir das 8 horas. Os integrantes discutirão a urbanização da cidade, do ponto de vista da segurança. “A PM nos apresentará um relatório com dados sobre os locais críticos da cidade, onde há dificuldade de acesso devido aos problemas de infraestrutura”, afirma Maurício.

Na próxima terça-feira, será realizada uma outra reunião. O foco será a fiscalização. O próximo passo é uma reunião com os vereadores. “Temos que falar a mesma língua. Esse encontro será para discutirmos a proposta de lei, que será submetida ainda a audiências públicas com representantes dos estabelecimentos comerciais e segmentos da sociedade”, adianta o vereador.

Contagem populacional do IBGE: Prefeitura ainda “briga” por revisão

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Zahyra Mattar
Tubarão

A persistência poderá render benefícios econômicos para a prefeitura de Tubarão. Inconformado com o resultado da contagem populacional feita pelo IBGE em 2007, o secretário de planejamento, Edvan Nunes, articula, há um ano, um levantamento mais que completo para provar o que considera um equívoco do órgão. Segundo o instituto, a cidade tem hoje 90.639 habitantes. Desde a divulgação deste número, Edvan “bate o pé”.

Para ele, a cidade já chegou aos 100 mil habitantes. “Se for levada em conta a quantidade de ligações de energia elétrica, já passamos de 103 mil pessoas na cidade. Treze mil pessoas não desaparecem do dia para a noite. Levantamos dados das décadas de 80, 90 e 2000, comparamos e fizemos as projeções. Nosso número, atesto, é muito mais condizente com a nossa realidade”, dispara o secretário.

Ele contesta a maneira como a contagem foi feita – houve uma infinidade de reclamações, especialmente da população, a maioria relacionada ao fato de não terem participado da entrevista. O número de alunos matriculados em cursos de período integral da Unisul também não foi levado em consideração pelo instituto. Em 2007, 1.156 viviam na cidade por conta do estudo.

O IBGE também considerou que a taxa de crescimento da cidade foi negativa (-4,93%). Além disso, a área da cidade, para o órgão, era de 300,30 quilômetros quadrados enquanto, de acordo com a Lei estadual 13.993/2007, o correto seria 331 quilômetros quadrados. “A quantidade de pessoas reflete no valor do Fundo de Participação dos Municípios e na vinda de recursos para educação e saúde também. A contagem está errada e vamos provar isso”, afirma Edvan.

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