Por causa dos problemas que as pessoas estão enfrentando atualmente, a espiritualidade é uma forma de acalmar o coração e criar mais intimidade com Deus. Neste período, a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro Passagem, em Tubarão, prepara mais uma edição do Cerco de Jericó, que ocorrerá desta quinta-feira (4), até quinta-feira (11), da semana que vem.
O pároco, Edison de Souza Müller, conta que há três anos, além da festa do Sagrado Coração de Jesus, o Cerco de Jericó é realizado na igreja do bairro Passagem. No entanto, devido ao isolamento social, uma nova maneira de realizar o evento se fez necessário. “Não faremos a festa social, não haverá movimentação de barracas com alimentos e bebidas, mas faremos as manifestações litúrgicas de forma online, na paróquia virtual. As pessoas podem acompanhar de casa”, explica.
Ele destaca que o evento terá início nesta quinta-feira e se encerrará no próximo dia 11. As missas ocorrerão de maneira online todos os dias às 19h30, com a adoração e benção ao Santíssimo Sacramento. “Em tempos de coronavírus temos que tomar essas medidas de muitos cuidados. Não podemos ter público presente, somente a equipe necessária para a celebração ser transmitida e assim seguimos. Vamos rezar pelas famílias que estão em casa, sobretudo, desta vez vamos rezar para derrubar esta muralha do coronavírus que se colocou a nossa frente. Rezar para que Deus inspire a ciência para que tão logo se descubra a vacina”, pontua.
O Cerco de Jericó tem dois momentos dentro da história humana, existindo o fato bíblico e o fato religioso. O fato bíblico ocorreu durante a morte de Moisés e a delegação da liderança do povo de Israel a Josué. Neste período, os Hebreus ficaram anos vagando pelo deserto, em busca da terra prometida. No entanto, para chegar a esta terra, o povo de Israel teve que passar pela cidade de Jericó, que era cercada por muralhas.
E para vencer este obstáculo, os israelitas foram fiéis a Deus. Conforme o ritual repassado pelo Criador a Josué, os Hebreus fizeram um cerco ao redor das muralhas e deram uma volta, a cada dia, com a arca da aliança. No sétimo dia foram sete voltas, sendo que na última, as muralhas vieram ao chão, podendo assim, os Hebreus chegarem finalmente à Terra Prometida.