Santa Catarina mantém a menor taxa de desemprego do Brasil, conforme os dados do Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação no estado ficou em 2,5%, menos da metade da média nacional, que é de 5,67%.
Além do desempenho no emprego, o levantamento também aponta que Santa Catarina possui a segunda maior renda média domiciliar per capita do país, com R$ 2.220, ficando atrás apenas do Distrito Federal (R$ 2.999) e à frente de São Paulo (R$ 2.093).
SC lidera indicadores de trabalho e renda
De acordo com o Secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, os resultados confirmam o equilíbrio entre crescimento econômico e oportunidades de trabalho no estado.
“Os bons resultados refletem o compromisso do Estado com políticas que promovem o desenvolvimento humano, a inovação e a qualificação profissional. Temos um ciclo virtuoso de investimento e prosperidade”, destacou.
O estudo também revela que sete municípios catarinenses registraram taxa zero de desemprego — todos os moradores com 14 anos ou mais e que buscavam trabalho estavam empregados. São eles: Barra Bonita, Celso Ramos, Coronel Martins, Ibiam, Lajeado Grande, Santa Rosa de Lima e Xavantina.
Municípios com pleno emprego
O levantamento mostra que 41% dos municípios de Santa Catarina têm taxa de desemprego igual ou inferior a 1%. No total, 121 dos 295 municípios estão nesse patamar.
Quando o recorte considera até 2%, o número de cidades sobe para 216 municípios.
Entre os destaques de renda, Florianópolis e Balneário Camboriú estão entre as quatro cidades com maior rendimento domiciliar per capita do Brasil — R$ 3.636 e R$ 3.584, respectivamente.
Rendimento e evolução econômica
Segundo o IBGE, o rendimento médio nominal em Santa Catarina alcançou R$ 3.389,43, cerca de 19% acima da média nacional. Em 2010, o valor era de R$ 1.355,13. Considerando a inflação pelo INPC, o crescimento real foi de quase 20%, o dobro da média brasileira no período.
O estado também se destaca pela alta formalização do mercado de trabalho: 81% dos trabalhadores têm vínculo formal, a maior taxa do país.
Perfil do trabalhador catarinense
O levantamento mostra que 55,1% dos trabalhadores são homens e 44,8% mulheres.
Em relação à escolaridade, 40,2% têm ensino médio completo ou superior incompleto e 23,7% possuem ensino superior completo.
Quanto à cor ou raça, 75,6% se autodeclararam brancos, 19,4% pardos, 4,6% pretos e 0,4% amarelos ou indígenas.
Os setores que mais empregam no estado são:
Indústria de transformação (18,5%), maior participação entre todas as unidades da federação;
Comércio e reparação de veículos (17%);
Construção civil (7,75%);
Agropecuária (6,58%).
O que é o Censo Demográfico
O Censo Demográfico do IBGE é realizado a cada dez anos e traça um retrato detalhado da população brasileira. A edição de 2022 apresenta informações sobre trabalho, renda e condições de vida, fundamentais para a formulação de políticas públicas e estratégias de investimento.
Os resultados completos estão disponíveis nas plataformas SIDRA e Panorama do Censo, mantidas pelo IBGE.