Elisangela de Santana Barbosa Martins foi condenada a 21 anos e quatro meses em regime inicial fechado. Ela foi julgada nesta sexta-feira (27) pelo crime ocorrido em Sombrio no dia 28 de julho de 2014, quando após o parto, enrolou o bebê recém-nascido em sacolas plásticas e colocou no freezer.
A acusação defendeu a linha de homicídio triplamente qualificado, enquanto a defesa defendia a tese de infanticídio.
O júri presidido pelo juiz Evandro Volmar Rizzo iniciou às 10 horas, no Fórum da Comarca de Sombrio.
Se o caso fosse julgado nos moldes levantado pela defesa, a pena seria de dois a seis anos, a serem cumpridos em regime aberto. Com a condenação em homicídio triplamente qualificado – como reconhecido pelo conselho de sentença, a pena sobe de 12 a 30 anos, em regime inicial fechado.
Elisangela aguardará o julgamento do recurso – já apresentado pela defesa – em liberdade. Caso seja mantida a condenação, a acusada terá que cumprir 2/5 da pena em regime fechado antes da progressão de regime.
O caso
Na madrugada do dia 28 de julho de 2014, Elisangela deu a luz a um bebê no banheiro de sua casa. Após o parto, colocou a criança em sacolas plásticas, cortou o cordão umbilical e a pôs no freezer. A criança era uma menina, que nasceu com 33 semanas, conforme os laudos periciais deram conta, embora não tenham conseguido atestar a causa da morte. Por causa da hemorragia, Elisangela precisou ir até o hospital.
Com suspeita de aborto, o corpo clínico comunicou as autoridades, que deram início à investigação. Após alguns dias de buscas, a ré confessou a gravidez e levou os policiais até o corpo da criança.
O exame de DNA apontou que o pai do bebê era um adolescente, amigo do filho mais velho de Elisangela.