O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 2 de setembro, às 9h, o início do julgamento da ação penal 2668, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus. A análise será conduzida pela Primeira Turma da Corte e terá oito sessões reservadas.
O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, definiu que seis dessas sessões serão extraordinárias, realizadas fora do horário habitual. Além do dia 2, o calendário prevê encontros em 3, 9, 10 e 12 de setembro, com sessões pela manhã e à tarde.
O caso, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, é o mais avançado entre os processos relacionados às denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Além de Bolsonaro, também serão julgados outros sete integrantes do chamado “núcleo crucial” das investigações.
Transmissão e composição da turma
Participam do julgamento os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Todas as sessões serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e pelo canal oficial do Supremo no YouTube.
Acusações e processo
Segundo a PGR, as investigações da Polícia Federal reuniram documentos e registros que fundamentam a denúncia, incluindo minutas e rascunhos de planos atribuídos aos acusados. As defesas entregaram suas alegações finais em 13 de agosto.
A PGR imputa aos oito réus cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Estratégia das defesas
Enquanto a defesa de Jair Bolsonaro classificou a acusação como “absurda” e “imaginada”, outros advogados buscaram desvincular seus clientes das ações narradas no processo, pedindo absolvição em todas as acusações.